Criação e destruição de emprego na indústria e os efeitos do câmbio e da abertura comercial: o caso da indústria gaúcha nos anos 1990

Autores

  • Eduardo Pontual Ribeiro IE/UFRJ; PPGE/UFRGS; CNPq
  • Filipe Keuper Rodrigues Pereira UFRGS; PPGE; University of Illinois

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1413-80502006000300002

Palavras-chave:

emprego industrial, criação e destruição de emprego, abertura comercial, câmbio

Resumo

A compreensão da dinâmica do emprego é um ponto importante na agenda de pesquisa e política econômica. Este artigo busca trazer maiores evidências sobre o seu comportamento, estudando, primeiro, os fluxos de emprego na indústria, tomando o caso do Rio Grande do Sul nos anos 1990; e, segundo, o efeito do câmbio e da abertura comercial sobre estes fluxos. Quanto aos fluxos, identificamos uma significativa heterogeneidade entre as empresas estudadas, em que, dentro de cada setor, há criação e destruição simultânea de postos de trabalho, mesmo quando de forte retração do emprego setorial e agregado. Quanto ao efeito do câmbio e da abertura, depreciações reduzem a destruição e aumentam a criação de emprego de modo simétrico, levando a uma criação líquida de emprego, sem influenciar a realocação de postos de trabalho. Uma maior abertura leva à expansão do emprego, por efeito de redução da destruição. O efeito da abertura é menor que o efeito do câmbio e de choques de demanda, sugerindo que a abertura em si não foi a grande responsável pela redução do emprego industrial na década de 1990, em nossa amostra.

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Publicado

2006-09-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Criação e destruição de emprego na indústria e os efeitos do câmbio e da abertura comercial: o caso da indústria gaúcha nos anos 1990. (2006). Economia Aplicada, 10(3), 325-348. https://doi.org/10.1590/S1413-80502006000300002