Diferenças de eficiência entre ensino público e privado no Brasil

Autores

  • Breno Sampaio University of Illinois at Urbana-Champaign; Department of Economics
  • Juliana Guimarães University of Cambridge; Faculty of Economics

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1413-80502009000100003

Palavras-chave:

análise de eficiência, ensino público e privado, Brasil

Resumo

O ensino básico do Brasil vem sendo bastante questionado quanto a sua qualidade e eficiência. Avaliações realizadas pelo INEP mostram que aproximadamente 5% dos alunos apresentam desempenho classificado em "adequado". Ainda ao longo dos últimos anos, esse desempenho vem decaindo devido exclusivamente ao desempenho dos alunos de escolas públicas. Motivado pela diferença entre as duas redes de ensino no Brasil, este artigo analisa a eficiência das escolas públicas e privadas por meio da metodologia desenvolvida por Thanassoulis (1999) e depois estendida por Portela e Thanassoulis (2001). Portela e Thanassoulis (2001) decompõem a eficiência geral em dois componentes distintos: um componente atribuído à instituição de ensino que o estudante frequentou e outro componente atribuído à eficiência somente do estudante. Os resultados obtidos mostram que há grandes diferenças de eficiência entre os colégios privados e públicos. Os colégios privados obtiveram eficiência máxima e os colégios públicos obtiveram eficiência de 0,901, com destaque para os públicos federais que ficaram com 0,910, enquanto os públicos estaduais obtiveram 0,879. Os colégios foram então analisados quanto à equidade do ensino para diferentes níveis de conhecimento dos alunos. Isso mostrou que o ensino público federal apresentou eficiência tão boa quanto o ensino privado para os melhores alunos. Já para o ensino público estadual, os melhores alunos são mais prejudicados que os alunos intermediários, cuja eficiência do ensino fica pouco acima da eficiência média.

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Publicado

2009-03-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Diferenças de eficiência entre ensino público e privado no Brasil. (2009). Economia Aplicada, 13(1), 45-68. https://doi.org/10.1590/S1413-80502009000100003