A centralidade do trabalho que interessa

Autores

  • Gláucia Angélica Campregher Universidade Federal de Uberlândia - UFU Autor

Palavras-chave:

trabalho, emprego, crise, fordismo, sindicalismo, propriedade

Resumo

O objetivo deste artigo é resgatar a centralidade do trabalho em Marx, demonstrando que a mesma comporta, ao lado de sua dimensão positiva, uma dimensão estritamente negativa. Do nosso ponto de vista, o resgate desta ambivalência é essencial para a crítica de duas perspectivas formalmente antagônicas - a catastrofista e a ufanista - do processo contemporâneo de negação do trabalho. A despeito da aprovação que estas duas perspectivas vêm recebendo de distintos públicos, elas são igualmente equivocadas e simplistas. Em particular, ambas mostram não entender que se o padrão contemporâneo de absorção e controle do trabalho debilita a organização operária, ele simultaneamente aprofunda a crise capitalista de sociabilidade. E ao subestimar este aspecto, o que ambas as perspectivas deixam de perceber é que a crise contemporânea está reatualizando a discussão em torno da possibilidade de superação da propriedade privada.

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Publicado

01-12-1996

Edição

Seção

Artigo

Como Citar

Campregher, G. A. (1996). A centralidade do trabalho que interessa. Estudos Econômicos (São Paulo), 26(4), 165-180. https://revistas.usp.br/ee/article/view/116841