Determinantes da cifra oculta do crime no Brasil: uma análise utilizando os dados da PNAD 2009

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/0101-41615043lyfc

Palavras-chave:

cifra oculta do crime, regressão probit, análise econômica do direito

Resumo

Este artigo estima a cifra oculta para os crimes de furto, roubo e agressão física (lesão corporal) no Brasil com dados da PNAD de 2009. As taxas de cifra oculta são estimadas para diversos grupos demográficos, econômicos e sociais. Posteriormente, estima-se um modelo de regressão probit a fim de identificar os principais determinantes da cifra oculta para cada crime especificado. Os resultados encontrados demonstram que em média 62,55% das ocorrências de roubo, furto e agressão física não chegam aos registros polícias e pessoas com menor grau escolaridade e faixa etária contribuem de maneira geral para o aumento da cifra oculta. Estes e os demais resultados obtidos contribuem diretamente nas políticas de segurança pública, bem como para obtenção de estatísticas do crime e contribuem para a pesquisa em análise econômica do direito.

 

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Australian Institute of Criminology. “Estimates of the Costs of Crime in Australia in 1996” Trends & Issues in crime and criminal justice, No. 72 (August 1997).
Biderman, Albert D., and Albert J. Reiss Jr. "On exploring the" dark figure" of crime." The Annals of the American Academy of Political and Social Science 374, no. 1 (1967): 1-15.
Bug, Mathias, Martin Kroh, and Kristina Meier. "Regional crime rates and fear of crime: WISIND findings." DIW Economic Bulletin 5, no. 12 (2015): 167-176.
Deaton, Angus et al. “Panel data from time-series of cross-sections”. Econometric Research Program, Princeton University, 1985.
MacDonald, Ziggy. “Revisiting the dark figure: A microeconometric analysis of the under-reporting of property crime and its implications.” British Journal of Criminology 41, no. 1 (2001): 127-149.
Messner, Steven F. "The “dark figure” and composite indexes of crime: Some empirical explorations of alternative data sources."Journal of Criminal Justice” 12, no. 5 (1984): 435-444.
Penteado Filho, N. S.. Manual Esquemático de Criminologia. São Paulo, Saraiva, 2017.
Quinteros, Daniel. "Delitos del espacio público y el problema de la" cifra negra": una aproximación a la no-denuncia en Chile.” Política criminal 9, no. 18 (2014): 691-712
Sheu, Chuen-Jim, and Shu-Pin Chiu. “Determinants of property crime victims to report to the police in Taiwan.” International Review of Victimology 18, no. 3 (2012): 251-267
Skogan, Wesley G. “Dimensions of the dark figure of unreported crime.” Crime & Delinquency 23, no. 1 (1977): 41-50.
Soares, R. R. (2004). Development, crime and punishment: accounting for the international differences in crime rates. Journal of development Economics, 73(1), 155-184.
U.S. Department of Justice, Office of Justice Programs, Bureau of Justice Statistics. “Victimization Not Reported to the Police, 2006-2010”, National Crime Victimization Survey, NCJ 238536 (August, 2012).

Downloads

Publicado

09-12-2020

Edição

Seção

Artigo

Como Citar

Caetano, F. M. ., Ribeiro, F. G. ., Yeung, L., & Ghiggi, M. P. . (2020). Determinantes da cifra oculta do crime no Brasil: uma análise utilizando os dados da PNAD 2009. Estudos Econômicos (São Paulo), 50(4), 647-670. https://doi.org/10.1590/0101-41615043lyfc