Os determinantes do impacto da crise financeira internacional sobre a taxa de crescimento do PIB
DOI:
https://doi.org/10.1590/0101-416145472tgfPalavras-chave:
Taxa de Crescimento do PIB, Crise Financeira Internacional, Países avançados e economias emergentes (e em desenvolvimento)Resumo
Este artigo tem como objetivo avaliar os impactos da crise financeira internacional sobre a mudança na taxa de crescimento do PIB (2009-2008) para 118 países utilizando dados de corte transversal e estimações por MQO. Os resultados econométricos para os modelos estimados tendo como variável dependente a diferença entre a taxa de crescimento do PIB real em 2009 e o projetado em 2008 para 2009 indicam que a mudança na taxa de câmbio real efetiva, o nível de reservas internacionais, a situação orçamentária do governo e a mudança na percepção dos investidores são estatisticamente significativas. Apreciações cambiais e uma piora na percepção dos investidores estão associadas a uma maior diferença entre a taxa de crescimento do PIB real de 2009 em relação à taxa de crescimento projetada em 2008 para 2009. Além disso, um aumento no nível de reservas internacionais e uma melhora na situação orçamentária do governo estão associados a uma diminuição na diferença entre a taxa de crescimento do PIB real de 2009 em relação à taxa de crescimento projetada em 2008 para 2009. Os resultados das estimações para os modelos com a variável dependente dada pela diferença entre a taxa de crescimento de 2009 e 2008 revelam que o nível de reservas internacionais, a medida do grau de flexibilidade do regime cambial (classificação de regime cambial) e o PIB per capita são estatisticamente significativos e países com maior montante de reservas internacionais, PIB per capita e grau de flexibilidade cambial estão associados a uma menor variação na taxa de crescimento entre 2009 e 2008.
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