A emergência da singularidade em uma cena didática de uma aula de geometria

Autores

  • Eveline Vieira Costa Universidade Federal Rural de Pernambuco
  • Maria C. D. P. Lyra Universidade Federal Rural de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.1590/s1517-9702201612145354

Resumo

Este artigo tem por objetivo mostrar uma recriação de uma situação em sala de aula na qual o professor distribui o poder do saber com os alunos em uma estratégia que liga os saberes espontâneos, ou prévios, aos saberes abordados, de forma a fomentar a singularidade dos sujeitos. Para tanto, usaremos as noções de Bakhtin de zona de contato, a fim de defender a ideia da comunicação criativa como possibilidade de apropriação do conhecimento pelo aluno, através do discurso interno persuasivo, oriundo desse diálogo. Mostraremos como, dessa forma, o aluno se torna o que Lave e Wenger chamam membro periférico legítimo de uma comunidade de prática, aqui considerada a sala de aula. Em seguida, passaremos a considerar a dinâmica da sala de aula através do que Costa chama de problematização, subvertendo a tradição secular e/ou cultural do professor em posição central e os alunos em posições periféricas. Por fim, consideraremos essa dinâmica do ponto de vista psicológico, mostrando, a partir da ideia de Valsiner de internalização-externalização, como o conhecimento pronto e construído passa a possuir um sentido pessoal e afetivo para o aluno, a partir do uso de um exemplo ilustrativo em sala de aula sobre geometria.

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Publicado

2016-12-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

A emergência da singularidade em uma cena didática de uma aula de geometria . (2016). Educação E Pesquisa, 42(4), 1109-1124. https://doi.org/10.1590/s1517-9702201612145354