Livro didático e cultura da impressão
DOI:
https://doi.org/10.1590/s1678-4634201844xxxxPalavras-chave:
Livro didático, Design do livro didático, História da educaçãoResumo
O presente trabalho aborda as transformações ocorridas na organização textual-editorial e na configuração gráfico-visual do livro didático na passagem entre dois momentos iniciais de sua história: o da reprodução manuscrita para o do advento da impressão com tipos móveis. A observação de características relativas a esses aspectos em obras canônicas de uso escolar vai revelar diferenças substanciais entre aquelas criadas no período da cultura manuscrita – mesmo considerando as modificações introduzidas em suas edições tipográficas – e aquelas criadas sob a cultura da impressão, incidindo na necessidade de uma primeira precisão e ampliação do conceito de livro didático para além daquele estabelecido pelo mero reconhecimento do uso no espaço da escola como sua característica determinante. O livro didático produzido a partir do século XVI será reconhecido como resultado da interação das primeiras formulações da didática moderna com a disseminação de novos processos de reprodução de texto e imagem, trazendo como novidades a subordinação de seu conteúdo a um programa do que deve ser ensinado e à forma como fazê-lo, novas configurações textuais além da simples sequência linear (prosa contínua), o uso de recursos gráficos e a relação entre texto e imagem determinada pela finalidade didática intrínseca a esse artefato impresso. Como consequência, o trabalho aponta para a possibilidade de uma nova precisão da definição do livro didático que também considere as características materiais e de linguagem que o constituem como gênero editorial diferenciado.
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