Democracia, inteligência e (boa) educação, na perspectiva de John Dewey

Autores

  • José Pedro Matos Fernandes Instituto Politécnico de Beja
  • Alberto Filipe Araújo Universidade do Minho; Instituto de Educação
  • Ángel García del Dujo Universidad de Salamanca; Facultad de Educación

DOI:

https://doi.org/10.1590/s1678-463420170916925

Palavras-chave:

Democracia, Inteligência, Educação, Pragmatismo, John Dewey

Resumo

Neste artigo, que aproveita a oportunidade de se incluir numa celebração dos cem anos da publicação de Democracy and Education, pretendemos fazer uma reflexão sobre os fundamentos de três noções nucleares e transversais a toda a obra de John Dewey, em especial a referida acima. Reportamo-nos às noções de d emocracia, inteligência e educação, numa relação que nos parece estrutural. O título da obra original de John Dewey não inclui o termo inteligência. No entanto, parece-nos decisivo fazer ancorar a teoria da educação, que se explana no âmbito de uma concepção democrática, nessa ideia estrutural na teoria do autor. Com efeito, na filosofia de Dewey, a educação assume o papel de teste da validade do ideal de uma sociedade democrática e é sobre ela que recai a responsabilidade de criar as condições para a implementação desta sociedade. Na concepção de Dewey a democracia é bem mais do que uma forma de governo. É a oportunidade de realização plena das potencialidades maiores da natureza humana. Nesse contexto, só uma capacidade como a inteligência pode servir para agir num mundo contingente, em evolução permanente e com a vocação de uma melhoria constante. Mas, para isso, torna-se necessário clarificar a concepção de inteligência que permite realizar esse ideal.

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Publicado

2018-01-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Democracia, inteligência e (boa) educação, na perspectiva de John Dewey. (2018). Educação E Pesquisa, 44, e169625. https://doi.org/10.1590/s1678-463420170916925