TIC na educação: ambientes pessoais de aprendizagem nas perspectivas e práticas de jovens
DOI:
https://doi.org/10.1590/s1678-4634201702153673Palavras-chave:
TIC na educação, Ambientes pessoais de aprendizagem, Jovens, Nativos digitais, Semiótica social visualResumo
Este artigo examina concepções, práticas e perspectivas de um grupo de jovens do ensino médio (EM) sobre como aprendem com as tecnologias de informação e comunicação (TIC). Apresenta uma discussão fundamentada em empiria, constituída por dezenove desenhos e catorze entrevistas, parte do corpo de dados coletado em uma pesquisa mais ampla que objetivou explorar possibilidades abertas pela integração da ideia de ambientes pessoais de aprendizagem (APA) no EM integrado. Baseia-se em uma análise semiótica social que tomou como ferramental teórico-metodológico a gramática de Gunther Kress e Theo van Leeuwen. A discussão sugere que, nas representações de seus respectivos APA, as quais apontam para os usos que fazem das TIC em suas práticas de aprendizagem, incluindo plataformas de redes sociais, já legitimamente aceitas em seu repertório de recursos de apoio ao trabalho escolar, os jovens não parecem apresentar usos surpreendentes de artefatos digitais. De fato, os desenhos aparentam ser caracterizados pela ausência de ações criativas e formas de engajamento produtivo com seu entorno imediato e com o mundo: os jovens parecem posicionar-se, predominantemente, como receptores, sugerindo que suas apropriações dessas tecnologias na aprendizagem são fortemente mediadas por elementos de uma cultura escolar tradicional e hierarquizada. Ao sugerir um cenário que parece marcado pela reprodução de relações usuais da educação bancária, fundamentada na pedagogia da transmissão, a discussão aponta para limites da utilidade da categoria nativos digitais, desafiando expectativas prometeicas e descontextualizadas do potencial transformador das TIC.Downloads
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Publicado
2018-01-01
Edição
Seção
Artigos
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Como Citar
TIC na educação: ambientes pessoais de aprendizagem nas perspectivas e práticas de jovens. (2018). Educação E Pesquisa, 44, e153673. https://doi.org/10.1590/s1678-4634201702153673