Jogos de verdade no vestibular chileno na polêmica pela ocupação do território palestino por Israel
DOI:
https://doi.org/10.1590/s1678-4634201945190398Palavras-chave:
Vestibular chileno, Currículo, DiscursoResumo
Com interesse em aprofundar a compreensão das provas estandardizadas de admissão universitária e com o objetivo de discutir as relações entre o vestibular e o currículo chileno, propomo-nos, neste artigo, a analisar uma polêmica suscitada por uma pergunta de história, geografia e ciências sociais que circulou na mídia digital do país no ano 2015. Com esse escopo, a partir da análise discursiva de Maingueneau, Grillo e Possenti, sustentaremos um diálogo teórico entre Bakhtin, Bourdieu e Foucault. Desse modo, focaremos nos comentários desenvolvidos por internautas em torno da verdade ou da falsidade de uma questão desse vestibular, a qual se refere à ocupação do território da Palestina por Israel. Além disso, para melhor apresentarmos nossa perspectiva analítica, tomaremos, da mesma disciplina da prova do ano 2012, o gabarito comentado de uma questão que faz referência à resistência indígena do povo mapuche à colonização dos espanhóis. Assim, a partir desse corpus, procederemos à descrição e à comparação das regras de formação discursiva desenvolvidas no que consideraremos um campo de possibilidades estratégicas que permite interesses irreconciliáveis. Afinal, não apenas discutiremos as relações de pressão e de legitimação entre as perguntas desse exame de admissão e o currículo chileno por competências, mas também trataremos da constituição dos candidatos como efeitos de poder e de saber, isto é, a constituição dos candidatos tidos então como competentes ou incompetentes no acesso à universidade.
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