Por uma concepção filosófica da educação
DOI:
https://doi.org/10.1590/s1678-4634201945205293Palavras-chave:
Filosofia, Educação, Experiência, Transformação, SingularidadeResumo
O tema geral deste ensaio é a pergunta: o que é filosofia da educação? Seu propósito específico consiste em se contrapor ao que pode ser considerado uma concepção escolar de educação. Segundo tal concepção, a educação seria, basicamente, o exercício de uma profissão em que caberia ao professor ensinar alguma coisa ao(s) estudante(s). Ao concebê-la assim, restaria à filosofia da educação a tarefa de mediar um debate entre teorias pedagógicas cuja finalidade seria orientar a prática docente. Portanto, ela própria, a filosofia da educação, não se ocuparia diretamente da educação enquanto um problema filosófico. Este ensaio, por sua vez, se propõe a defender outra perspectiva. A filosofia da educação deve ser compreendida como filosofia, ao invés de ser reduzida à mediação de um debate entre outras teorias. Para tanto, é fundamental resgatar aquilo que caracteriza uma atividade filosófica para, somente então, definir o que deve caracterizar a filosofia da educação. Como consequência, ela pode reassumir sua posição para elaborar, enfim, uma concepção filosófica de educação e, finalmente, fazer jus à sua condição de filosofia. Por fim, este ensaio apresentará a educação como uma experiência universal em que o ser humano procura desenvolver as possibilidades de sua humanidade. E a característica fundamental dessa experiência é a transformação interminável do ser mesmo de quem a realiza, no intuito de afirmar a sua singularidade. A hermenêutica fenomenológica, compreendida, em particular, a partir da perspectiva de Heidegger e Gadamer, é o método pelo qual este ensaio realizará seu propósito.
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