Uma carta aberta ao futuro: Horizontes de expectativa e Revolução em “Carta aberta aos operários” de Vladimir Maiakóvski (1918)
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2318-8855.v6i6p225-241Palavras-chave:
Vladimir Maiakóvski, Tempo, Futuro, Revolução, Revolução RussaResumo
Tendo em vista as transformações na relação dos homens com o tempo a partir dos séculos XVII e XVIII, este breve artigo pretende compreender as concepções de revolução e de futuro presentes na Carta Aberta aos Operários, uma das cartas escritas pelo poeta russo Vladimir Maiakóvski pouco após a Revolução de Outubro. A inauguração de um tempo novo, em aberto, bem como a crença na atuação consciente dos homens sobre a história e a ruptura com o passado caracterizam a compreensão moderna de revolução, como pontuam, dentre outros, Reinhart Koselleck e Hannah Arendt. Elementos dessa nova percepção da temporalidade histórica aparecem na carta de Maiakóvski através de sua esperança em um futuro melhor, projetado na continuidade da revolução. Após a análise da carta, pretendeu-se, por fim, comparar as expectativas de Maiakóvski no início do processo revolucionário com sua desilusão diante das experiências concretas do Estado Soviético. Realizando um breve panorama sobre a situação de outros poetas, concluiu-se que, se o futuro esteve em aberto desde o século XVIII, o processo da Revolução Russa no século XX demonstrou que os homens, a exemplo de Maiakóvski, não conseguem prever esse futuro e nem construí-lo por completo.
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