CÉSAR SONHA COM UM MUNDO EM QUE NÃO ATRAVESSOU O RUBICÃO?

Autores

  • Raquel de Azevedo Doutoranda, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2016.116954

Palavras-chave:

Philip Dick, mundos possíveis, indiferença da vontade, perspectiva, dimensão geométrica

Resumo

Em Androides sonham com ovelhas elétricas?, Philip Dick recria a visão divina dos infinitos mundo possíveis (dos quais o Deus leibniziano só levará à existência aquele que contenha a maior quantidade de essência possível) a partir da perspectiva das criaturas, isto é, a partir da visão dos mundos extintos que lhe aparecem no momento de hesitação garantido pelo livre arbítrio. Minha hipótese é que a passagem dos mundos possíveis no intelecto divino à forma que assumem na indiferença da vontade das criaturas tem uma dimensão geométrica. Pensar a curva do mundo atual a partir da série dos mundos menos perfeitos do Deus leibniziano é pensá-la a partir de suas infinitas retas tangentes, a partir, portanto, de suas distopias, que não são uma contradição em relação a esse mundo, mas tocam-no em algum ponto, são seu máximo desvio a partir de uma mínima diferença. 

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Downloads

Publicado

2016-06-29

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

CÉSAR SONHA COM UM MUNDO EM QUE NÃO ATRAVESSOU O RUBICÃO?. (2016). Cadernos Espinosanos, 34, 213-228. https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2016.116954