A PENÚRIA DAS PALAVRAS: SPINOZA E A LINGUAGEM

Autores

  • Carmel da Silva Ramos Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2020.172054

Palavras-chave:

Linguagem, Método, Comunicação, História da Filosofia Moderna, Spinoza, Descartes

Resumo

A radical crítica à linguagem efetuada por Spinoza, que insiste em seu necessário potencial falsificador, parece equipará-lo aos seus contemporâneos. Mais do que isso, parece introduzir um problema insolúvel para a possibilidade de comunicação unívoca da verdade – incluindo a expressão dA radical crítica à linguagem efetuada por Spinoza, que insiste em seu necessário potencial falsificador, parece equipará-lo aos seus contemporâneos. Mais do que isso, parece introduzir um problema insolúvel para a possibilidade de comunicação unívoca da verdade — incluindo a expressão de sua própria filosofia. Neste artigo, procuro refletir sobre esta crítica e propor uma alternativa ao caráter imaginativo das palavras, apostando na distinção entre linguagem e método. Esta proposta interpretativa permitirá reclassificar a posição spinozista e manter sua originalidade frente às demais concepções de seu período histórico.e sua própria filosofia. Neste artigo, procuro refletir sobre esta crítica e propor uma alternativa ao caráter imaginativo das palavras, apostando na distinção entre linguagem e método. Esta proposta interpretativa permitirá reclassificar a posição spinozista e manter sua originalidade frente às demais concepções de seu período histórico.

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Publicado

2020-12-29

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

A PENÚRIA DAS PALAVRAS: SPINOZA E A LINGUAGEM. (2020). Cadernos Espinosanos, 43, 181-210. https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2020.172054