AS ASTÚCIAS DA CUMPLICIDADE: SOBRE A SUPOSTA INFLUÊNCIA DE SPINOZA SOBRE MARX

Autores

  • Bernardo Bianchi

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2014.83776

Palavras-chave:

Marx, Spinoza, materialismo, liberdade, democracia

Resumo

No presente artigo, debatemos a hipótese relativa à suposta influência de Spinoza na obra de Marx. Partindo de uma frase escrita por Althusser – “[Spinoza] é o único ancestral direto de Marx” –, buscamos demonstrar que a relação entre Spinoza e Marx não tem fundamento no nível historiográfico, mas, sobretudo, no nível das afinidades teóricas. Este argumento é confirmado através da leitura que Marx fez de Spinoza em 1841 com a refutação de Spinoza elaborada por ele em A Sagrada Família. Contrariamente ao que poderíamos esperar, quando Marx abandona sua fase mais pronunciadamente idealista, denominada kantiana-fichteana por Althusser, ele se insurge, simultaneamente, contra Spinoza. Assim, contra o spinozismo, Marx mobiliza, contudo, um arsenal de reflexões teóricas que poderia ser atribuído a Spinoza. Por uma astúcia dos encontros, é negando Spinoza que Marx se torna seu cúmplice intelectual.

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Como Citar

Bianchi, B. (2014). AS ASTÚCIAS DA CUMPLICIDADE: SOBRE A SUPOSTA INFLUÊNCIA DE SPINOZA SOBRE MARX. Cadernos Espinosanos, 1(30). https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2014.83776