Um olhar tensivo sobre a estrutura barthesiana do fait divers

Autores

  • Conrado Moreira Mendes Pontifícia Universidade Católica e Centro Universitário de Belo Horizonte PUC e UniBH.

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1980-4016.esse.2013.69529

Palavras-chave:

tensividade, fait divers, acontecimento, Roland Barthes

Resumo

Neste artigo, propõe-se uma releitura do conceito de fait divers, cunhado por R. Barthes (1964), a partir da perspectiva da semiótica de vertente tensiva. Definido pelo semiólogo francês como “uma informação monstruosa”, Barthes foi o primeiro teórico a lançar luz sobre esse tipo de relato noticioso da ordem do inusitado, no sentido de lhe conjecturar uma estrutura. A partir do escopo teórico da semiótica tensiva, parece heurístico e econômico para semiótica aventar que o fait divers se configura como um fato semiótico de bases concessivas, em geral, à maneira do acontecimento zilberberguiano. Uma visada tensiva sobre o fait divers mostra que a teoria tensiva, além permitir um maior grau de abstração para a análise de tal categoria de notícias, põe em evidência suas próprias relações intratextuais, mantendo intacto o primado da imanência, justamente o que caracteriza a disciplina.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Downloads

Publicado

2013-12-29

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Um olhar tensivo sobre a estrutura barthesiana do fait divers. (2013). Estudos Semióticos, 9(2), 22-27. https://doi.org/10.11606/issn.1980-4016.esse.2013.69529