Inconsciente, linguagem e pensamento

Autores

  • Cristovão Giovani Burgarelli Universidade Federal de Goiás
  • Dayanna Pereira Santos Universidade Federal de Goiás

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v23i3p655-669

Palavras-chave:

Inconsciente, linguagem, pensamento

Resumo

Este artigo pretende, a partir da elaboração freudiana a respeito do aparelho psíquico, discutir a noção de pensamento. Fundamentando-se na concepção de inconsciente que se faz presente desde os textos iniciais de Freud, ele tomará como questão tanto a capacidade racional, atribuída ao ser humano, depreendida do “eu penso” cartesiano, quanto o pensamento teórico. Após explicitar que o aparelho psíquico, para Freud, se constitui como aparelho de linguagem e de memória, buscará situar o que costumamos denominar como razão, capacidade cognoscente ou domínio científico de um pensamento como efeitos do inconsciente. Sob esse prisma, destaca-se o fato de Freud, ao desenvolver sua elaboração sobre o “inconsciente”, ter como objetivo apresentar uma estrutura particular que precede, abrange e justifica tais capacidades, e não indicar a ausência de consciência e de fenômenos psíquicos. Para tanto, parte-se do pressuposto de que o aparelho de linguagem não coincide com a ideia de um aparelho feito para a linguagem, mas um construído por linguagem – ele não existe sem linguagem e sem ser falante.

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Biografia do Autor

  • Cristovão Giovani Burgarelli, Universidade Federal de Goiás

    Professor da Faculdade de Educação e dos Programas de Pós-Graduação em Educação e em Psicologia da Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, GO, Brasil.

  • Dayanna Pereira Santos, Universidade Federal de Goiás

    Doutoranda em Educação pela Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, GO, Brasil.

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Publicado

2018-12-31

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