Exu como trickster: tresvaloração dos juízos morais no rap de Baco Exu do Blues

Autores

  • Hector Rodrigues Feltrin Universidade Federal de Ouro Preto

DOI:

https://doi.org/10.11606/extraprensa2019.162862

Palavras-chave:

Juízos Morais, Identidade, Exu, Trickster, Rap

Resumo

A partir da problematização acerca das origens dos juízos morais e suas implicações na realidade social, veremos como os paradigmas ético-políticos determinam o modus operandi da cultura hegemônica. Esta, por sua vez, subsidia certa ideologia em desfavor de outros grupos étnico-raciais por meio da subalternização e da marginalização, sobretudo no que diz respeito à identidade, à memória e às tradições afrodescendentes. Tomaremos como exemplo a figura do orixá Exu e do gênero musical rap no intuito de evidenciarmos como o artista Diogo Moncorvo compreende a cultura afro-brasileira a partir da música, utilizando-a como instrumento para tresvalorar as opressões ocidentais. A estética do rapper no disco Esú (2017) evidencia identidades bastante heterogêneas e pulsantes, tendo em vista sua articulação com a cultura midiática e sua produção de sentidos na realidade.

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Biografia do Autor

  • Hector Rodrigues Feltrin, Universidade Federal de Ouro Preto

    Mestrando em Letras, na linha de pesquisa em Linguagem e Memória Cultural, pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Recentemente, publicou um artigo na Revista Mulemba (UFRJ), cujo título é: “Raízes do micondó: construções identitárias para além da estabilização”.

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Publicado

2019-12-30

Como Citar

Exu como trickster: tresvaloração dos juízos morais no rap de Baco Exu do Blues. (2019). Revista Extraprensa, 13(1), 26-39. https://doi.org/10.11606/extraprensa2019.162862