Sobre a tese “ser que pode ser compreendido é linguagem”: hermenêutica como teoria filosófica
Resumo
O presente artigo tem o propósito de refletir sobre a tese de Hans-Georg Gadamer (1900-2002): “ser que pode ser compreendido é linguagem”. Essencialmente, ela representa uma crítica às concepções tradicionais de linguagem e, ao mesmo tempo, uma mudança de objetivos da própria hermenêutica. Há várias interpretações sobre essa afirmação, mas alguns dos seus elementos não foram explorados. A relevância desse tipo de pesquisa é compreender em parte a teoria hermenêutica de Gadamer e a sua contribuição para a Filosofia.Downloads
Referências
APEL, K-O. Transformação da Filosofia I: Filosofia Analítica, Semiótica, Hermenêutica. Tradução de Paulo Astor Soethe. 2a ed. São Paulo: Edições Loyola, 2005.
ARISTÓTELES. “Periérmeneias”. In: Organon. Tradução de Pinharanda Gomes. Lisboa: Guimarães Editores, 1985, pp.123-128.
DILTHEY, W. “Origens da hermenêutica”. In: Textos de hermenêutica. Tradução de Alberto Reis. Lisboa: Rés, 1984, p.167.
GADAMER, H-G. Die Lektion des Jahrhunderts: ein Interview von Riccardo Dottori. Münster: Lit, 2002.
___________. Hermeneutik im Rückblick. Gesammelte Werke, Bd. 10. Tübingen: Mohr Siebeck, 1999, p.328.
___________. O problema da consciência histórica. Tradução de César Duque Estrada. Rio de Janeiro: Editora Getúlio Vargas, 1998.
___________. Vernunft im Zeitalter der Wissenschaft: Aufsätze. 3. ed. Frankfurt am Main: Suhrkamp Verlag, 1991.
___________. Wahrheit und Methode: Ergänzungen; Register. 2. ed. Gesammelte Werke, Bd. 2. Tübingen: Mohr Siebeck, 1993.
___________. Wahrheit und Methode: Grundzüge einer philosophischen Hermeneutik. 6. ed. Gesammelte Werke, Bd. 1. Tübingen: Mohr Siebeck, 1990.
GRONDIN, J. Hermeneutische Wahrheit? Zum Wahrheitsbegriff Hans-Georg Gadamers. Weinheim: Beltz Athenäum Verlag, 1994.
HABERMAS, J. Dialética e hermenêutica. Tradução de Álvaro Valls. Porto Alegre: L&PM, 1987.
___________. RORTY, R.; VATTIMO, G. (et.al.). “El ser que puede ser compreendido es lenguage”. Homenaje a Hans-Georg Gadamer. Madrid: Editora Sintesis, 2003.
HEGEL, G. W. F. Phänomenologie des Geistes. Stuttgart: Reclam, 2003.
HEIDEGGER, M. Conferências e escritos filosóficos. 2. ed. Tradução de Ernildo Stein. São Paulo: Abril Cultural, 1983
___________. Ensaios e conferências. 3.ed. Tradução de Marcia Sá Cavalcante Schuback. Petrópolis: Vozes, 2006.
___________. Sein und Zeit. Tübingen: Max Niemeyer Verlag, 1967.
HUSSERL, E. Lições para uma fenomenologia da consciência interna do tempo. Tradução de Pedro M. S. Alves. Lisboa: Imprensa Nacional, 1994.
SCHLEIERMACHER, F. D. E. Hermenêutica e crítica. Tradução de Aloísio Ruedell. Rev. Paulo R. Schneider. Ijuí: Editora Unijuí, 2005.
___________. Hermenêutica: arte e técnica da interpretação. 5.ed. Tradução de Celso Reni Braida. Bragança Paulista: Editora Universitária São Francisco, 2006.
VATTIMO, G. Histoire d’une virgule. Gadamer et le sens de l’être. Revue Internationale de Philosophie, France, v. 54, n. 213, 2000.
As informações e conceitos emitidos em artigos assinados são de absoluta responsabilidade de seus autores. A apresentação das colaborações ao corpo editorial implica a cessão da prioridade de publicação ao Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade, bem como a cessão dos direitos autorais dos textos publicados, que só poderão ser reproduzidos sob autorização expressa dos editores. Os colaboradores manterão o direito de reutilizar o material publicado em futuras coletâneas de sua obra, sem o pagamento de taxas aos Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade. A permissão para reedição ou tradução por terceiros do material publicado não será feita sem o consentimento do autor.
Para textos submetidos a partir de 5 de julho de 2018, adotaremos a licenca Creative Commons Non Commercial – Share Alike 4.0 International (CC BY-NC-SA 4.0). Para mais informações, acesse: https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/