Os deveres do erudito: filosofia e oratória em Fichte

Autores

  • Ulisses Razzante Vaccari Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v20i2p87-103

Palavras-chave:

oratória, preleção, ação, espírito, letra.

Resumo

O artigo procura investigar o papel da oratória na filosofia de Fichte, principalmente nas Preleções sobre o destino do erudito e em Sobre o espírito e a letra na filosofia. Para isso, procura mostrar, num primeiro momento, que a concepção de erudito [Gelehrter] de Fichte é devedora do conceito kantiano de gênio e ao mesmo tempo da concepção de Cícero segundo a qual é dever do erudito, na qualidade de educador, unir às suas qualidades filosóficas também as da oratória. Num segundo momento, o artigo refaz a distinção entre espírito e letra e procura mostrar como a oratória pode ser pensada como uma forma de despertar o espírito do ouvinte por meio de uma teoria da imaginação produtiva.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

CÍCERO, M. T. Dos deveres (De officiis). Tradução de Carlos Humberto Gomes. Lisboa: Edições 70, 2000.

___________. Do sumo bem e do sumo mal. Tradução de Carlos Ancêde Nougué. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

FICHTE, J. G. A doutrina-da-ciência de 1794. Tradução de Rubens Rodrigues Torres Filho. São Paulo: Abril Editorial, 1988.

___________. Fichte im Gespräch. Stuttgart – Bad Cannstatt: Friedrich Frommann Verlag (Günther Holzbog), 1981, vol.I.

___________. O conceito da doutrina-da-ciência. Tradução de Rubens Rodrigues Torres Filho. São Paulo: Abril Editorial 1988.

___________. O destino do erudito. Tradução de Ricardo Barbosa. São Paulo: Editora Hedra, 2014.

___________. O programa da doutrina-da-ciência. Tradução de Rubens Rodrigues Torres Filho. São Paulo: Abril Editorial 1988.

___________. Sobre o espírito e a letra na filosofia. Tradução de Ulisses Razzante Vaccari. São Paulo: Humanitas/Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2015.

___________. Von den Pflichten der Gelehrten. Hamburg: Felix MeinerVerlag, 1971.

HEGEL, G.W.F. Briefe von und an Hegel. HOFFMEISTER, J.(org.). Hamburg: Felix Meiner Verlag, 1952.

KANT, I. Crítica da Faculdade do Juízo. Tradução de António Marques e Valério Rohden. Lisboa: Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 1998.

PHILONENKO, A. L´oeuvre de Fichte. Paris: Vrin, 1984.

ROSALES, J. R. “Limite e realidade. Os primeiros passos no Sistema do idealismo transcendental”. In: REY PUENTE, F. e ALVES VIEIRA, L. (orgs.) As filosofias de Schelling. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2005, pp.113-52.

SCHMIDT, J.Die Geschichte des Genie-Gedankens in der deutschenLiteratur, Philosophie und Politik 1750-1945. Darmstadt: Wissenschafltiche Buchgesellschaft, 1985.

SUZUKI, M.O gênio romântico. Crítica e história da filosofia em Friedrich Schlegel. São Paulo: Iluminuras/Fapesp, 1998.

TORRES FILHO, R. R. O espírito e a letra: crítica da imaginação radical em Fichte. São Paulo: Ática, 1975.

Downloads

Publicado

2015-12-11

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Os deveres do erudito: filosofia e oratória em Fichte. (2015). Cadernos De Filosofia Alemã: Crítica E Modernidade, 20(2), 87-103. https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v20i2p87-103