Reconstrução e crítica imanente: Rahel Jaeggi e a recusa do método reconstrutivo na Teoria Crítica

Autores

  • Luiz Sérgio Repa Universidade de São Paulo CEBRAP

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v21i1p13-27

Palavras-chave:

reconstrução, crítica imanente, Teoria Crítica, ideologia, emancipação

Resumo

O objetivo principal do artigo consiste em discutir se o modelo habermasiano de crítica reconstrutiva é um tipo de crítica imanente. Para isso, procura-se expor e rebater a posição de Rahel Jaeggi segundo a qual a crítica reconstrutiva é antes um tipo de crítica interna que tem um aspecto mais conservador do que transformador. Em vez disso, defende-se que a crítica reconstrutiva habermasiana apresenta traços específicos que configuram um tipo novo de crítica imanente, em comparação com a crítica da ideologia, um tipo mais ligado às práticas sociais e às regras estruturantes dessas práticas.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Bannwart, C. J. (2012). “Teoria crítica da sociedade e evolução social”. In: Nobre, M., Repa, L. (Orgs.) Habermas e a reconstrução. Sobre a categoria central da Teoria Crítica habermasiana. Campinas: Papirus.

Celikates, R. (2009). Kritik als soziale Praxis: Gesellschaftliches Selbstverständigung und Kritische Theorie. Frankfurt am Main: Campus Verlag.

___________. (2012). O não-reconhecimento sistemático e a prática da crítica: Bourdieu, Boltanski e o papel da teoria crítica. Novos Estudos Cebrap, 93.

Habermas, J. (1976). Zur Rekonstruktion des Historischen Materialismus. Frankfurt am Main: Suhrkamp.

___________. (1984). Vorstudien und Ergänzungen zur Theorie des kommunikativen Handelns. Frankfurt am Main: Suhrkamp.

___________. (1987). Theorie des kommunikativen Handelns, vol.I e II. Frankfurt am Main: Suhrkamp.

___________. (1989). Consciência moral e agir comunicativo. Tradução de Guido de Almeida. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro.

___________. (1992). Faktizität und Geltung. Frankfurt am Main: Suhrkamp.

___________. (2014). Conhecimento e interesse. Tradução de Luiz Repa. São Paulo: UNESP.

Hegel, G. W. F. (2008). Fenomenologia do espírito. Petrópolis: Vozes.

Honneth, A. (2007). “Rekonstruktive Gesellschaftskritik unter genealogischen Vorbehalt”. In: Pathologien der Vernunft: Geschichte und Gegenwart der Kritischen Theorie. Frankfurt am Main: Suhrkamp.

___________. (2010). “Philosophie als Sozialforschung. Zur Gerechtigkeit von David Miller”. In: Das Ich im Wir. Frankfurt am Main: Suhrkamp.

___________. (2011). Das Recht der Freiheit. Berlin: Suhrkamp.

Horkheimer, M. (1975). “Teoria Tradicional e Teoria Crítica”. In: Benjamin, W. et alli. Textos escolhidos. São Paulo: Abril Cultural.

Iser, M. (2008). Empörung und Fortschritt: Grundlageneiner kritischen Theorie der Gesellschaft. Frankfurt am Main: Campus.

___________. (2009). “Rationale Rekonstruktion”. In: Brunkhorst, H., Kreide, R., Lafont, C. Habermas-Handbuch. Stuttgart: Metzler.

___________. (2013). Desrespeito e revolta. Sociologias, 33.

Jaeggi, R. (2008). Repensando a ideologia. Civitas, 8(1).

___________. (2014). Kritik von Lebensformen. Frankfurt am Main: Suhrkamp.

Kneer, G. (1990). Die Pathologien der Moderne. Zur Zeitdiagnose in der Theorie des kommunikativen Handelns von Jürgen Habermas. Opladen: Westdeutscher.

Nobre, M. (2004). A teoria crítica. Rio de Janeiro: Zahar.

___________. (2013). “Reconstrução em dois níveis. Um aspecto do modelo crítico de Axel Honneth”. In: Melo, R. (Org.). A teoria crítica de Axel Honneth: Reconhecimento, liberdade e justiça. São Paulo: Saraiva.

Nobre, M., Repa, L. (Orgs). (2012). Habermas e a reconstrução. Sobre a categoria central da teoria crítica habermasiana. Campinas: Papirus.

Pedersen, J. (2008). Habermas’ method: rational reconstruction. Philosophy of social sciences, 38(4).

Peters, B. (1996). “On reconstructive legal and political theory”. In: Deflem, M. Habermas, Modernity, and Law. Londres: Sage Publications.

Repa, L. (2008). “Reconstrução racional e filosofia da história”. In: Martins, C. A., Poker,J. G. O pensamento de Habermas em questão. Marília: Oficina Universitária Unesp.

___________. (2008a). A transformação da filosofia em Jürgen Habermas: os papéis de reconstrução, interpretação e crítica, São Paulo: Singular.

Stahl, T. (2013). Habermas and the Project of Immanent Critique. Constellations, 20(4).

Strydom, P. (2011). Contemporary Critical Theory and Methodology. London/New York: Routledge.

Voirol, O. (2012). Teoria Crítica e Pesquisa Social: da dialética à reconstrução. Novos Estudos Cebrap, 93.

Downloads

Publicado

2016-06-02

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Reconstrução e crítica imanente: Rahel Jaeggi e a recusa do método reconstrutivo na Teoria Crítica. (2016). Cadernos De Filosofia Alemã: Crítica E Modernidade, 21(1), 13-27. https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v21i1p13-27