Atividade eletromiográfica e cocontração dos músculos do tronco durante exercícios realizados com haste oscilatória: uma análise do efeito de diferentes posturas

Autores

  • Luis Renato Garcia Martinez Martins Universidade do Estadatual Paulista UNESP. SP. Brasil
  • Nise Ribeiro Marques UNESP; curso de Fisioterapia
  • Juliana Rodrigues Soares Ruzene Universidade Estadual Paulista. SP. Brasil
  • Ângela Kazue Morita UNESP; Centro de Estudos da Educação e da Saúde
  • Marcelo Tavella Navega UNESP; Instituto de Biociências; Programa de pós-graduação em Desenvolvimento Humano e Tecnologias

DOI:

https://doi.org/10.590/1809-2950/12976422022015

Resumo

O objetivo deste estudo foi analisar a atividade eletromiográfica (EMG) e cocontração dos músculos do tronco durante a realização de exercícios com haste oscilatória em duas diferentes posturas (pelve neutra e pelve em retroversão).Participaram do estudo 20 mulheres jovens (idades entre 18 e 28 anos),sem dor lombar, recrutadas em uma população universitária. Para a coleta de dados foi realizado um exercício com haste oscilatória posicionada verticalmente ao solo, sendo segurada com ambas as mãos e oscilando no plano sagital. Este exercício foi realizado em duas diferentes posturas da pelve (neutra e retrovertida). Os sinais EMG foram coletados bilateralmente, sobre os músculos: oblíquo interno (OI), reto abdominal (RA), iliocostal lombar (IL) e multífidos (MU). A análise de variância (ANOVA) de medidas repetidas demonstrou interação entre músculos e posturas (F=5,18; p=0,003), sendo que a ativação do músculo IL na postura neutra foi 7,93% maior do que a postura retrovertida (p=0,055), e a ativação do músculo OI foi 13,62% maior na postura retrovertida do que durante o exercício em postura neutra (p=0,002). De acordo com os nossos resultados, a realização do exercício em postura com retroversão da pelve aumentou a ativação do músculo OI, enquanto o músculo IL apresentou maior ativação durante a realização do exercício em postura neutra. Futuros estudos são necessários para o entendimento das adaptações neuromusculares geradas pelo treino com exercícios com haste oscilatória e sua relevância para a prevenção e tratamento da dor lombar inespecífica.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Knoplich J. Enfermidades da coluna vertebral. 3. ed. São

Paulo: Robe Editorial, 2003.

Gonçalves M, Barbosa F. Análise de parâmetros de força e

resistência dos músculos eretores da espinha lombar durante

a realização de exercício isométrico em diferentes níveis de

esforço. Rev Bras Med Esp. 2005;11(2):102-14.

Van Dieen JH, Cholewicki J, Radebold A. Trunk muscle

recruitment patterns in patients with low back enhance the

stability of lumbar spine. Spine. 2003;28:834-41.

Panjabi MM. The stabilizing system of the spine: part I:

function, dysfunction, adaptation, and enhancement. J

Spinal Disord. 1992;5(4):383-9.

Granata KP, Marras WS. Cost-benefit of muscle

cocontraction in protecting against spinal instability. Spine.

;25(11):1398-404.

Newcomer KL, Jacobson TD, Gabriel DA, Larson DR, Brey RH,

An KN. Muscle activation patterns insubjects with and without

low back pain. Arch Phys Med Rehab. 2002;83(6):816-21.

Mac Donald D, Moseley GL, Hodges PW. Why do some

patients keep hurting their back? Evidence ongoing back

muscle dysfunction during remission from recurrence back

pain. Pain. 2009;142(3):183-8.

O’Sullivan PB, Grahamslaw KM, Kendell M, Lapenskie SC,

Möeller NE, Richards KV. The effects of different standing

and sitting postures on trunk muscle activity in a pain free

population. Spine. 2002;27(11):1238-44.

França FJR, Burke TN, Claret DC, Marques AP. Estabilização

segmentar da coluna lombar nas lombalgias: uma revisão

bibliográfica e um programa de exercícios. Fisioter Pesq.

;15(2):200-6.

Marques NR, Hallal CZ, Goncalves M. Padrão de co-ativação

dos músculos do tronco durante exercícios com haste

oscilatória. Motriz. 2012;18(2):245-52.

Hallal CZ, Marques NR, Goncalves M. O uso da vibração como

método auxiliar no treinamento de capacidades físicas: uma

revisão da literature. Motriz. 2010;16(2):527-33.

Anders C, Wenzel B, Scholle HC. Activation characteristics

of trunk muscles during cyclic upper-body perturbations

caused by an oscillating pole. Arch Phys Med Rehab.

;89(7):1314-22.

Anders C, Wenzel B, Scholle HC. Cyclic upper body

perturbations caused by a flexible pole: influence of

oscillation frequency and direction on trunk muscle coordination. J Back Musculoskel Rehab. 2007;20(4):167-75.

Moreside JM,Vera-Garcia FJ,McGill SM. Trunk muscle activation

patterns, lumbar compressive forces, an spine stability when

using the body-blade. Phys Ther. 2007;87(2):153-64.

Gonçalves M, Marques NR, Hallal CZ,Van Dieen JH.

Electromyographic Activity of trunk muscles during exercises

with flexible and non-flexible poles. J Back Musculoskel

Rehab. 2011;24(4):209-14.

Hermens HJ, Freriks B, Disselhorst-K, Rau G. Development

of recommendation for SEMG sensors and sensor placement

procedures. J Electromyogr Kines. 2000;10(5):361-74.

O’Sullivan PB, Dankaerts W, Burnett AF, Farrel GT, Jefford

E, Naylor CS, et al. Effect of different upright postures on

spinal-pelvic curvature and trunk muscle activation in a pain

free population. Spine. 2006;31(19):E707-12.

Candotti CT, Loss JF, Begatini D, Soares DP, Rocha EK,

Oliveira AR, Guimarães ACS. Cocontraction and economy of

triathletes and cyclistsat different cadences during cycling

motion. J Electromyogr Kines. 2009;19(5):915-21.

Winter, D.A. Biomechanicsand Motor Control of Human

Movement.4 ed. New York:Wiley, 2009.

Kendall FP; Kendall E; Provance PG. Músculos provas e

funções. 4. ed. São Paulo: Manole, 1995.

Publicado

2015-06-06

Edição

Seção

Pesquisas Originais

Como Citar

Atividade eletromiográfica e cocontração dos músculos do tronco durante exercícios realizados com haste oscilatória: uma análise do efeito de diferentes posturas. (2015). Fisioterapia E Pesquisa, 22(2), 119-125. https://doi.org/10.590/1809-2950/12976422022015