Avaliação da mecânica respiratória em gestantes

Autores

  • Anaelisa Venâncio Antunes Pinto Centro de Ensino Superior de Campos Gerais s (CESCAGE) – Ponta Grossa (PR), Brasil
  • Juliana Carvalho Schleder Universidade Federal do Paraná. PR. Brasil
  • Christoffer Penteado Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais s (CESCAGE) – Ponta Grossa (PR), Brasil
  • Rubneide Barreto Silva Gallo Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais s (CESCAGE) – Ponta Grossa (PR), Brasil

DOI:

https://doi.org/10.590/1809-2950/13667922042015

Resumo

A função respiratória é um dos processos do organismo mais afetados pela gravidez, podendo ser avaliada pela cirtometria e manovacuometria. Verificaram-se as alterações na expansibilidade torácica e nas pressões respiratórias geradas ao longo do período gestacional de mulheres sadias. Trata-se de uma pesquisa prospectiva, descritiva e analítica. Participaram deste estudo 93 gestantes acompanhadas pelas unidades de saúde de Ponta Grossa (PR). As gestantes foram divididas em três grupos: G1 (primeiro trimestre), G2 (segundo trimestre) e G3 (terceiro trimestre). Foram realizadas as seguintes avaliações em cada gestante: cirtometria em três pontos e manovacuometria. A mobilidade torácica apresentou diminuição com a progressão da gestação (coeficiente respiratório: linha axilar - G1>;G2>;G3, linha média - G1>;G2>;G3, apêndice xifoide - G1>;G2>;G3; inspiração-repouso: linha axilar - G1>;G2>;G3, linha média - G1>;G2>;G3, apêndice xifoide - G1>;G2>;G3; repouso-expiração: linha axilar - G1>;G2>;G3, linha média - G1>;G2>;G3, apêndice xifoide - G1>;G2>;G3), em todos os casos p<0,01. As pressões inspiratória e expiratória máximas diminuíram do G1 para o G2 (p<0,01 nos dois casos) e para o G3 (p<0,01 nos dois casos). Concluiu-se que a força muscular respiratória e a mobilidade torácica reduzem com a progressão da gestação.

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Publicado

2015-12-12

Edição

Seção

Pesquisa Original

Como Citar

Avaliação da mecânica respiratória em gestantes . (2015). Fisioterapia E Pesquisa, 22(4), 348-354. https://doi.org/10.590/1809-2950/13667922042015