Confiabilidade e validade de um dispositivo de célula de carga para avaliação da força de preensão palmar

Autores

  • Amanda Matias Barbosa Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. FMUSPRP. Brasil
  • Patrícia Aparecida da Silva Camassuti Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. FMUSPRP. Brasil
  • Guilherme Tamanini Centro Universitário Claretiano
  • Alexandre Marcio Marcolino Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. Brasil
  • Rafael Inácio Barbosa Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. Brasil
  • Marisa de Cássia Registro Fonseca Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. FMUSPRP. Brasil

DOI:

https://doi.org/10.590/1809-2950/14143922042015

Resumo

A força de preensão palmar é uma medida influenciada por diversos fatores como sexo, idade, motivação, treinamento muscular, dominância, altura, peso, variáveis socioeconômicas, participação em esportes específicos ou profissões. Pode ser mensurado por meio da dinamometria ou por medidores de tensão como as células de carga (strain gauges ). Confiabilidade e validade são importantes propriedades psicométricas que avaliam a reprodutibilidade da medida de um instrumento e sua aplicabilidade. Desse modo, o objetivo deste estudo foi avaliar a confiabilidade teste-reteste e a validade de constructo de uma célula de carga para medida da força de preensão palmar isométrica, em voluntários assintomáticos e portadores de disfunções no punho e mão. Foram utilizados métodos padronizados de posicionamento do membro superior e realizada aleatorização da ordem das coletas. A análise estatística de confiabilidade foi realizada pelo ICC e a validade de constructo pelo coeficiente de correlação de Pearson (r), com p <0,05, com IC de 95%, utilizando o SPSS versão 20(r). A amostra constou de 24 voluntários saudáveis com idade média de 22,25 anos, todos universitários, e 21 voluntários portadores de disfunções do membro superior e mão, de ambos os sexos. A confiabilidade teste-reteste para o grupo dos indivíduos assintomáticos foi ICC 0,90 (0,78-0,95), no grupo dos portadores de disfunções do punho e mão o ICC encontrado foi 0,94 (0,87-0,97), ambos considerados excelentes. Os gráficos de Bland e Altman mostraram que, embora a confiabilidade apresentasse níveis excelentes e com baixos valores de erro padrão de medida, alguns dados discrepantes foram encontrados. Os coeficientes de correlação de Pearson foram altos tanto para o grupo de indivíduos assintomáticos (r=0,85), como para o grupo de pacientes (r=0,83). Conclusão: baseado nos achados da amostra analisada é sugerido que a célula de carga seja um dispositivo confiável e válido para a medida de força de preensão palmar isométrica da mão, podendo ser utilizado em futuros estudos e na prática clínica.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Reis MM, Arantes PMM. Medida da força de preensão

manual-validade e confiabilidade do dinamômetro SAEHAN.

Fisioter Pesqui. 2011;18(2):176-18.

Amaral JF, Mancini M, Novo JM. Comparison of three hand

dynamometers in relation to the accuracy and precision of

the measurements. Rev Bras Fisioter. 2012;16(3):216-24.

Caporrino F, Faloppa F, Santos JBG, Réssio C, Soares FHC,

Nakachima LR, Segre NG.Estudo populacional da força de

preensão palmar com dinamômetro Jamar®. Rev Bras Ortop.

;33(2):150-4.

Ferreira A CC, Shimano AC, Mazzer N, Barbieri CH, Elui VMC,

Fonseca MCR. Força de preensão palmar e pinças em indivíduos

sadios entre 6 e 19 anos. Acta Ortop Bras. 2011;19(2):92-7.

Ly LP, Handelsman DJ. Muscle strength and ageing: methodological

aspects of isokinetic dynamometry and androgen administration.

Clin Experim Pharmacol Physiol. 2002;29:39-47.

Fess EE. Functional Tests. In: Skirven TM et al. (Ed.).

Rehabilitation of the hand and upper extremity. 6th ed.

Philadelphia: Mosby, 2011.cap 12, p.152-62.

Incel NA, Ceceli E, Durukan PB, Erdem HR, Yorgancioglu

ZR. Grip strength: effect of hand dominance. Singap Med J.

; 43(5): 234-7.

Schlüssel MM, Anjos LA, Kac G. A dinamometria manual

e seu uso na avaliação nutricional. Rev Nutr. 2008;21(2):

-35.

Mathiowetz V, Weber K, Volland G, Kashman N. Reliability

and validity of grip and pinch strength evaluations. J Hand

Surg. 1984; 9:222-6.

Figueiredo IM, Sampaio RF, Mancini MC, Silva FCM, Souza

MAP. Teste de força de preensão utilizando o dinamômetro

Jamar. Acta Fisiatr. 2007;14(2):104-10.

Abdalla LM, Brandão MCF. Forças de preensão palmar e da

pinça digital In: Sociedade Brasileira de Terapeutas da Mão.

Recomendações para a avaliação do membro superior. São

Paulo: SBTM, 2003. cap.13, p.38-41.

Innes E. Handgrip strength testing: A review of the literature.

Austr Occup Ther J. 1999; 46:120-40.

Stenlund B, Lindeback L, Karlsson D. Significance of house

painters’ work techniques on shoulder muscle strain during

overhead work. Ergonomics. 2002;45(6):455-68.

Irwin CB, Sesto ME. Reliability and validity of the Multiaxis

Profile Dynamometer with younger and older participants. J

Hand Ther. 2010; 23:281-9.

Shechtman O, Hope LM, Sindhu BS. Evaluation of the TorqueVelocity Test of the BTE-Primus as a Measure of Sincerity of

Effort of Grip Strength. J Hand Ther. 2007;20:326-35.

Turgeon TR, MacDermid JC, Roth JH. Reliability of the NK

Dexterity Board. J Hand Ther. 1999;12:7-15.

Kottner J, Gajewski BJ, Streiner DL. Guidelines for reporting

reliability and agreement studies (GRRAS) were proposed.

Intern J Nursing Stud. 2011;48:661-71.

Dancey C, Reidy J. Statistics Without Maths for Psychology.

Essex, England: Pearson/Prentice Hall; 2007.

De Vet HCW, Terwee CB, Mokkink LB, Knol DL. Measurement

in medicine: a practical guide. 4ª ed. New York: Cambridge,

cap 5, p.96- 149, 2011.

Bland JM, ALTMAN DG. Measuring agreement in

method comparison. Stud Stat Meth Med Res.

;8:135-60.

Soares AV, KerscherII C, UhligII L, DomenechIII SC, Borges

Jr NG. Dinamometria de preensão manual como parâmetro

de avaliação funcional do membro superior de pacientes

hemiparéticos por acidente vascular cerebral. Fisioter Pesqui.

;18(4):359-64.

Wimer B, Dong RG, Welcome DE, Warren C, McDowell TW.

Development of a new dynamometer for measuring grip

strength applied on a cylindrical handle. Med Eng Phys.

;31:695-704.

Aldien Y. Welcome D, Rakheja S, Dong R, Boileau P-E.

Contact pressure distribution at hand-handle interface: role

of hand forces and handle size. Intern J Indust Ergon. 2005;

:267-86.

Chourasia AO, Buhr KA, Rabago DP, Kijowski R, Irwin CB.

Effect of Lateral Epicondylosis on Grip Force Development. J

Hand Ther. 2012; 25(1):27-37.

Sodeberg G L, Knustson L M. A guide for use and

interpretation of kinesiologic electromyographic data. 2000.

Phys Ther; 80(5):485-98.

Hintermeister R A, Lange G W, Schultheis J M, Bey

MJ, Hawkins R J. Electromyographic Activity and

Applied Load During Shoulder Rehabilitation Exercises

Using Elastic Resistance. Amer J Sport Med. 1998;

(2):210-20

Publicado

2015-12-12

Edição

Seção

Pesquisa Original

Como Citar

Confiabilidade e validade de um dispositivo de célula de carga para avaliação da força de preensão palmar . (2015). Fisioterapia E Pesquisa, 22(4), 378-385. https://doi.org/10.590/1809-2950/14143922042015