Instrumentos de avaliação sensorial pós-acidente vascular encefálico (AVE) descritos em português: uma revisão sistemática

Autores

  • Jennifer Souza Fagundes Universidade Estadual do Centro Oeste
  • Aline Cristiane Binda Universidade Estadual do Centro Oeste
  • Julia Garzim Faria Universidade Estadual do Centro Oeste
  • Daniele Peres Universidade do Estado de Santa Catarina; CEFID. SC. Brasil
  • Stella Maris Michaelsen Universidade do Estado de Santa Catarina; CEFID. SC. Brasil

DOI:

https://doi.org/10.590/1809-2950/13120122042015

Resumo

Grande parte dos sobreviventes de acidente vascular encefálico (AVE) apresenta, além de outras sequelas, algum déficit sensorial. Para avaliar o impacto desse déficit na atividade e o efeito de protocolos de reeducação sensorial é importante utilizar instrumentos objetivos. Os objetivos desta revisão sistemática foram analisar quais instrumentos de avaliação sensorial para pacientes pós-AVE estão disponíveis em português brasileiro e descrever suas características e/ou propriedades. Realizou-se uma busca nas bases de dados eletrônicas SciELO, LILACS, PubMed, CINAHL, MEDLINE via OVDI e Embase. Os estudos relevantes foram analisados quanto à acessibilidade, objetividade da pontuação e propriedades de medida, acrescentando-se artigos por meio de busca manual quando necessário. As buscas resultaram em 96 estudos, reduzidos a cinco estudos elegíveis. Um estudo foi adicionado por meio da lista de referências, e a busca manual foi utilizada para complementação. Entre os sete artigos analisados, há somente três instrumentos de avaliação sensorial disponíveis em português: Moving touch pressure (MTP), domínio sensibilidade da Escala de Fugl-Meyer (EFM) e Avaliação Sensorial de Nottingham (ASN). Além disso, embora a confiabilidade da EFM e da ASN possa ser considerada adequada, as demais propriedades de medida necessitam ser avaliadas em futuros estudos.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Garritano CR, Luz PM, Pires MLE, Barbosa MTS, Batista

KM. Análise da tendência da mortalidade por acidente

vascular cerebral no Brasil no século XXI. Arq Bras Cardiol.

;98(6):519-27.

Minelli C, Fen LF, Minelli DP. Stroke incidence, prognosis,

-day, and 1-year case fatality rates in Matao,

Brazil: a population-based prospective study. Stroke.

;38(11):2906-11.

Connell LA, Lincoln NB, Radford KA. Somatosensory

impairment after stroke: frequency of different deficits and

their recovery. Clin Rehabil. 2008;22(8):758.

Tyson SF, Hanley M, Chillala J, Selley AB, Tallis RC.

Sensory loss in hospital-admitted people with

stroke: characteristics, associated factors, and

relationship with function. Neurorehabil Neural Repair.

;22(2):166-72.

Kim JS, Choi-Kwon S. Discriminative sensory dysfunction

after unilateral stroke. Stroke. 1996;27(4):677-82.

Scalha TB, Miyasaki E, Lima NMFV, Borges G. Correlations

between motor and sensory functions in upper limb

chronic hemiparetics after stroke. Arq Neuropsiquiatr.

;69(4):624-9.

Carey LM. Somatosensory loss after stroke. Crit Rev Phys

Rehabil Med. 1995;7(1):51-91.

Reding MJ, Potes E. Rehabilitation outcome following initial

unilateral hemispheric stroke. Stroke. 1988;19(11):1354-8.

Han L, Law-gibson D, Reding M. Key neurological

impairments influence function-related group outcomes

after stroke. Stroke. 2002;33:1920-4.

Sommerfeld DM, von Arbin MH. The impact of

somatosensory function on activity performance and

length of hospital stay in geriatric patients with stroke. Clin

Rehabil. 2004;18(2):149-55.

Sullivan JE, Hedman LD. Sensory dysfunction following

stroke: incidence, significance, examination, and

intervention. Top Stroke Rehabil. 2008;15(3):200-17.

Wagner JM, Lang CE, Sahrmann SA, Hu Q, Bastian AJ,

Edwards DF, et al. Relationships between Sensorimotor

Impairments and Reaching Deficits in Acute Hemiparesis.

Neurorehabil Neural Repair. 2006;20(3):406-16.

Lin SI. Motor function and joint position sense in relation to

gait performance in chronic stroke patients. Arch Phys Med

Rehabil. 2005;86(2):197-203.

Lin PY, Yang YR, Cheng SJ, Wang RY. The relation between

ankle impairments and gait velocity and symmetry in people

with stroke. Arch Phys Med Rehabil. 2006;87(4):562-8.

Lee MJ, Kilbreath SL, Refshauge KM. Movement detection

at the ankle following stroke is poor. Aust J Physiother.

;51(1):19-24.

Winward CE, Halligan PW, Wade DT. Current practice and

clinical relevance of somatosensory assessment after stroke.

Clin Rehabil. 1999;13(1):48-55.

Connell LA, Tyson SF. Measures of sensation in

neurological conditions: a systematic review. Clin Rehabil.

;26(1):68-80.

Dannenbaum RM, Michaelsen SM, Desrosiers J, Levin

MF. Development and validation of the two new sensory

tests of the hand for patients with stroke. Clin Rehabil.

;16(6):630-9.

Lima DHF, Queiroz AP, Salvo G, Yoneyama SM, Oberg TD,

Lima NMFV. Versão brasileira da Avaliação Sensorial de

Nottingham: validade, concordância e confiabilidade. Rev

Bras Fisioter. 2010;14(2):166-74.

Moher D, Liberati A, Tetzlaff J, Altman DG; PRISMA Group.

Preferred reporting items for systematic reviews and

meta-analyses: the PRISMA statement. Ann Intern Med.

;151(4):264-9.

Terwee CB, Bot SDB, Boer MR, Van Der Windt DAWM, Knol DL,

Dekker J, et al. Quality criteria were proposed for measurement

properties of health status. J Clin Epidemiol. 2007;60:34-42.

Mokkink LB, Terwee CB, Patrick DL, Alonso J, Stratford PW,

Knol DJ, et al. COSMIN checklist manual. 2012. Disponível

em: www.cosmin.nl

Brasil-Neto JP, Lima AC. Sensory Deficits in the unaffected

hand of hemiparetic stroke pacients. Cog Behav Neurol.

;21(4):202-5.

Faria-Fortini I, Michaelsen SM, Cassiano JG, TeixeiraSalmela LF. Upper Extremity Function in Stroke Subjects:

Relationships between the International Classification of

Functioning, Disability, and Health Domains. J Hand Ther.

;24(3):257-65.

Michaelsen SM, Rocha AS, Knabben RJ, Rodrigues LP,

Fernandes CGC. Translation, adaptation and inter-rater

reliability of the administration manual of Fugl-Meyer

assessment/Tradução, adaptação e confiabilidade

interexaminadores do manual de administração da escala

de Fugl-Meyer. Rev Bras Fisioter. 2011;15(1):80-8.

Faria I. Estudo da função do membro superior em

hemiplégicos crônicos [dissertação − mestrado em Ciências

da Reabilitação]. Belo Horizonte: Universidade Federal de

Minas Gerais. Escola de Educação Física, Fisioterapia e

Terapia Ocupacional, 2008.

Maki T, Quagliato EMAB, Cacho EWA, Paz LPS, Nascimento

NH, Inoue MMEA, et al. Estudo de confiabilidade da Escala de

Fugl-Meyer no Brasil. Rev Bras Fisioter. 2006;10(2):177-83.

Connell LA. Sensory impairment and recovery after stroke

[tese]. Nottingham: Universidade de Nottingham, 2007.

Disponível em: http://etheses.nottingham.ac.uk/247/1/

PHD_final.pdf

Lincoln NB, Crow JL, Jackson JM, Waters GR, Adams SA,

Hodgson P. The unreliability of sensory assessments. Clin

Rehabil. 1991;5:273-82.

Lincoln NB, Jackson JM, Adams SA. Reliability and revision

of the Nottingham sensory assessment for stroke patients.

Physiotherapy. 1998;84(8):358-65.

Dutil E, Arsenaut AB, Corriveau H, Prévost R. Protocole

d`évaluation de la fonction sensori-motrice:Test de FuglMeyer. Montréal: La librairie de I`Université de Montréal;

Gadotti IC, Vieira ER, Magge DJ. Importance and clarification

of measurement properties in rehabilitation. Rev Bras

Fisioter. 2006;10(2):137-46.

Fugl-Meyer AR, Jaasko L, Leyman I, Olsson S, Steglind S. The

post stroke hemiplegic patient. 1. A method for evaluation of

physical performance. Scand J Rehabil Med. 1975;7(1):13-31.

Sanford J, Moreland J, Swanson LR, Stratford PW, Gowland

C. Reliability of the Fugl-Meyer assessment for testing

motor performance in patients following stroke. Phys Ther.

;73:447-54.

Bell-Krotowski J, Tomancik E. The repeatability of testing

with Semmes-Weinstein monofilaments. J Hand Surg.

;12:155-61.

Silva FSR. Efeito da postura no controle da força de preensão

do membro superior não parético ao acidente vascular

encefálico [dissertação − pós-graduação strictu sensu em

Ciências do Movimento]. Florianópolis: Universidade do

Estado de Santa Catarina, 2011.

Torriani C, Mota EPO, Sales ALM, Ricci M, Nishida P, Marques

L, et al. Efeitos da estimulação motora e sensorial no pé de

pacientes hemiparéticos pós acidente vascular encefálico.

Rev Neurociênc. 2008;16(1):25-9.

Sousa MJN. Eficácia de um programa de estimulação

sensorial na mão em indivíduos com déficits sensoriais,

sequela de AVC [monografia − licenciatura em Fisioterapia].

Barcarena: Escola Superior de Saúde da Universidade

Atlântica, 2011.

Publicado

2015-12-12

Edição

Seção

Revisão Sistemática

Como Citar

Instrumentos de avaliação sensorial pós-acidente vascular encefálico (AVE) descritos em português: uma revisão sistemática. (2015). Fisioterapia E Pesquisa, 22(4), 435-442. https://doi.org/10.590/1809-2950/13120122042015