Avaliação da função do ombro em técnicos de trânsito pelo protocolo de Constant-Murley

Autores

  • Maria C. Santos FMUSP; Fofito
  • Selma Lancman FMUSP; Fofito

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1809-29502008000300008

Palavras-chave:

Dor, Efeito do trabalhador sadio, Ombro, Saúde do trabalhador, Transtornos traumáticos cumulativos

Resumo

O estudo visou verificar a associação entre capacidade funcional e atividade ocupacional em trabalhadores técnicos de trânsito expostos a movimentos repetitivos, associados ou não a esforço físico; e verificar a presença de queixas e sintomas de traumas cumulativos na região do ombro. Participaram do estudo 102 técnicos de trânsito, divididos em dois grupos: G1 expostos a movimentos repetitivos e esforço físico; G2 expostos só a movimentos repetitivos. Todos foram avaliados pelo método de Constant-Murley, que avalia intensidade de dor nas atividades de vida diária, mobilidade e força muscular dos ombros. Os dados foram tratados estatisticamente e o nível de signficância fixado em p<0,05. Queixas de dor nos ombros foram referidas por 66% dos trabalhadores no G1 e 28,8% no G2; com relação à intensidade da dor, o G1 referiu dor mais intensa no ombro direito (11,80±4,60) que o G2 (13,56±3,33; p=0,030). Foi encontrada uma tendência para o ombro esquerdo no G1 de dor mais intensa do que no G2 (p=0,054). Trabalhadores de ambos os grupos não apresentaram prejuízo da função em relação ao parâmetro normal. Não se verificou pois associação entre a capacidade funcional dos ombros e a atividade ocupacional em qualquer dos grupos, o que pode ser devido ao viés conhecido como efeito do trabalhador sadio. A queixa de dor no ombro do G1 foi associada ao movimento repetitivo e ao esforço físico presentes nas tarefas de trabalho desse grupo.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Downloads

Publicado

2008-01-01

Edição

Seção

Pesquisa Original

Como Citar

Avaliação da função do ombro em técnicos de trânsito pelo protocolo de Constant-Murley . (2008). Fisioterapia E Pesquisa, 15(3), 259-265. https://doi.org/10.1590/S1809-29502008000300008