Força muscular respiratória, função pulmonar e expansibilidade toracoabdominal em idosos e sua relação com o estado nutricional

Autores

  • Fernanda dos Santos Pascotini Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) - Santa Maria (RS), Brasil.
  • Elenir Fedosse Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) - Santa Maria (RS), Brasil.
  • Mônica de Castro Ramos Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) – Canoas (RS), Brasil
  • Vanessa Veis Ribeiro Universidade de São Paulo; Faculdade de Odontologia de Bauru; Programa de Pós-graduação em Fonoaudiologia
  • Maria Elaine Trevisan Universidade Federal de Santa Maria; Departamento de Fisioterapia e Reabilitação

DOI:

https://doi.org/10.1590/1809-2950/16843223042016

Palavras-chave:

Idosos, Força Muscular, Respiração

Resumo

Objetivou-se descrever a força muscular respiratória (FMR), função pulmonar (FP) e expansibilidade toracoabdominal (ET) e associá-las com seu estado nutricional. Trata-se de um estudo observacional transversal com 50 idosos de ambos os sexos, com idade entre 60 e 84 anos, sem diagnóstico prévio de patologias respiratórias, convidados através de mídia local. Foram avaliadas as pressões inspiratória (PImáx) e expiratória (PEmáx) máximas, capacidade vital forçada (CVF), volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1), cirtometria toracoabdominal e medidas antropométricas (peso, altura, índice de massa corporal - IMC - e estado nutricional). Os valores obtidos de PImáx, PEmáx, CVF e VFE1 apresentaram-se inferiores aos valores previstos para tal população (p<0,05), bem como as medidas de expansibilidade tóraco-abdominal. Com relação ao estado nutricional, 10 idosos foram classificados como desnutridos, 24 eutróficos e 16 obesos. Os valores dos parâmetros respiratórios não mostraram associação com o estado nutricional (p>;0,05). Concluiu-se que o envelhecimento influenciou os parâmetros respiratórios avaliados nesse grupo de estudo. O estado nutricional, por sua vez, não influenciou as medidas de FMR, FP e ET.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Síntese de

indicadores sociais: uma análise das condições de vida da

população brasileira – 2012. Rio de Janeiro: IBGE; 2012.

Pegorari MS, Ruas G, Patrizzi LJ. Relationship between frailty

and respiratory function in the community-dwelling elderly.

Braz J Phys Ther. 2013;17(1):9-16.

Francisco PMSB, Donalisio MR, Barros MBA, César CLG,

Carandina L, Goldbaum M. Fatores associados à doença

pulmonar em idosos. Rev Saúde Pública. 2006;40(3):428-35.

doi: dx.doi.org/10.1590/S0034-89102006000300010.

Freitas FS, Ibiapina CC, Alvim CG, Britto RR, Parreira VF.

Relação entre força de tosse e nível funcional em um grupo

de idosos. Rev Bras Fisioter. 2010;14(6):470-6. doi: dx.doi.

org/10.1590/S1413-35552010000600004.

Borges JBC, Santos DF, Munhoz F, Carvalho SMR. Pressões e

volumes pulmonares em idosos institucionalizados. Rev Bras

Med. 2009;15(72):27-32.

Gusmão MFS, Duarte SFP, Lago LS, Nascimento CP, Almeira

RFF, Reis LA. Mensuração das pressões respiratórias

máximas em idosos participantes de grupos de convivência.

InterScientia. 2015;3(2):133-41.

Matsudo SM, Matsudo VKR, Barro Neto TL. Impacto do

envelhecimento nas variáveis antropométricas, neuromotoras

e metabólicas da aptidão física. R Bras Ciênc Mov.

;8(4):21-32.

World Health Organization. Physical status: the use and

interpretation of anthropometry [Internet]. 1995 [citado em

ago 2016]. Disponível em: http://whqlibdoc.who.int/trs/

WHO_TRS_854.pdf

Burneiko RCVM, Melatto T, Padulla SAT, Matta MV, Giacomassi

IWS, Sato KT. Efeitos da inspiração fracionada ou

incentivador a volume no pós-operatório revascularização

do miocárdio. Rev Eletrônica Fisioter FCT/UNESP.

;1(1):124-38.

Pascotini FS, Ramos MC, Silva AMV, Trevisan ME. Espirometria

de incentivo a volume versus a fluxo sobre parâmetros

respiratórios em idosos. Fisioter Pesq. 2013;20(4):355-60.

doi: dx.doi.org/10.1590/S1809-29502013000400009.

Rocha CBJ, Araújo S. Avaliação das pressões respiratórias

máximas em pacientes renais crônicos nos momentos pré e

pós-hemodiálise. J Bras Nefrol. 2010;32(1):107-13. doi: dx.doi.

org/10.1590/S0101-28002010000100017.

Souza RB. Pressões respiratórias estáticas máximas. J

Pneumol. 2002;28(Supl 3):155-65.

Neder JA, Andreoni S, Lerario MC, Nery LE. Reference values

for lung function tests. II. Maximal respiratory pressures and

voluntary ventilation. Braz J Med Biol Res. 1999;32(6);719-27.

Pereira CAC, Neder JA. Diretrizes para testes de função

pulmonar. J Pneumol. 2002;28(Supl 3):S1-S41.

Caldeira VS, Starling CCD, Britto RR, Martins JA, Sampaio RF,

Parreira VF. Precisão e acurácia da cirtometria em adultos

saudáveis. J Bras Pneumol. 2007;33(5):519-26. doi: dx.doi.

org/10.1590/S1806-37132007000500006.

Cielo CA, Pascotini FS, Haeffner LSB, Ribeiro VV, Christmann

MK. Tempo máximo fonatório de /e/ e /ė/ não-vozeado e sua

Fisioter Pesqui. 2016;23(4):416-422

relação com índice de massa corporal e sexo em crianças.

Rev CEFAC. 2016;18(2):491-7. doi: dx.doi.org/10.1590/

-021620161825915.

Lipschitz DA. Screening for nutritional status in the elderly.

Prim Care. 1994;21(1):55-67.

Simões RP, Castello V, Auad MA, Dionísio J, Mazzonetto M.

Prevalência de redução da força muscular respiratória em

idosas institucionalizadas. São Paulo Med J. 2009;127(2):78-

doi: dx.doi.org/10.1590/S1516-31802009000200005.

Oyarzún M. Función respiratoria en la senectud. Rev Méd

Chile. 2009;137(3):411-8. doi: dx.doi.org/10.4067/S0034-

Fonseca MA, Cader SA, Dantas EHM, Bacelar SC, Silva EB,

Leal SMO. Programas de treinamento muscular respiratório:

impacto na autonomia funcional de idosos. AMB Rev

Assoc Med Bras. 2010;56(6):642-8. doi: dx.doi.org/10.1590/

S0104-42302010000600010.

Almeida RFF, Nascimento CP, Lago LS, Gusmão MFS, Duarte

SFP, Reis LA. Relação entre força muscular respiratória e faixa

etária em idosos participantes de grupos de convivência.

Rev Enferm Contempor. 2015;4(1):33-8.

El Hajjar, N. Avaliação da força muscular respiratória em

idosos. Pleiade. 2007;1(1):95-112.

Simões RP, Auad MA, Dionísio J, Mazzonetto M. Influência

da idade e do sexo na força muscular respiratória. Fisioter

Pesqui. 2007;14(1):36-41.

Simões RP, Castello V, Auad MA, Dionísio J, Mazzonetto

M. Força muscular respiratória e sua relação com a idade

em idosos de sessenta a noventa anos. RBCEH. 2010;7(1):

-61.

Pettenon R, Milano D, Bittencourt DC, Schneider RH.

Adaptação funcional do aparelho respiratório e da postura

no idoso. RBCEH. 2008;5(2):64-77.

Guimarães ACA, Pedrini A, Matte DL, Monte FG, Parcias SR.

Ansiedade e parâmetros funcionais respiratórios de idosos

praticantes de dança. Fisioter Mov. 2011;24(4):683-8. doi:

dx.doi.org/10.1590/S0103-51502011000400012.

Parreira VF, Bueno CJ, França DC, Vieira DSR, Pereira DR,

Britto RR. Padrão respiratório e movimento toracoabdominal

em indivíduos saudáveis: influência da idade e do sexo.

Rev Bras Fisioter. 2010;14(5):411-6. doi: dx.doi.org/10.1590/

S1413-35552010000500010.

Barreto SSM. Volumes pulmonares. J Pneumol. 2002;

(Supl 3): 83-94.

Ide MR. Estudo comparativo dos efeitos de um protocolo de

cinesioterapia respiratória desenvolvido em dois diferentes

meios, aquático e terrestre, na função respiratória de idosos

[dissertação]. São Paulo (SP): Faculdade de Medicina da

Universidade de São Paulo; 2004.

Ruivo S, Viana P, Martins C, Baeta C. Efeito do envelhecimento

cronológico na função pulmonar: comparação da função

respiratória entre adultos e idosos saudáveis. Rev Port

Pneumol. 2009;15(4):629-53.

Farrareze M, Piccoli JCJ, Souza RM. Gordura corporal e

função pulmonar: um estudo em idosas de Novo Hamburgo,

RS, Brasil. Rev Univ Educ Fis Deporte. 2014;7:69-75

Publicado

2016-12-12

Edição

Seção

Pesquisa Original

Como Citar

Força muscular respiratória, função pulmonar e expansibilidade toracoabdominal em idosos e sua relação com o estado nutricional. (2016). Fisioterapia E Pesquisa, 23(4), 416-422. https://doi.org/10.1590/1809-2950/16843223042016