Patência nasal e postura craniocervical em crianças em idade escolar

Autores

  • Jovana M. Milanesi Universidade Federal de Santa Maria
  • Luana C. Berwig Universidade Federal de Santa Maria
  • Angela R. Busanello-Stella Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) - Santa Maria (RS), Brasil.
  • Maria Elaine Trevisan Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) - Santa Maria (RS), Brasil.
  • Ana Maria T. da Silva Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) - Santa Maria (RS), Brasil.
  • Eliane C. R. Corrêa Universidade Federal de Santa Maria; Department of Physical Therapy

DOI:

https://doi.org/10.1590/1809-2950/17648424032017

Palavras-chave:

Respiração Bucal, Nasal Obstruction, Fotogrametria, Postura

Resumo

Mudanças na postura da cabeça têm sido observadas como um mecanismo de compensação para a perda de fluxo de ar nasal. Este estudo teve como objetivo comparar a postura craniocervical entre crianças com patência nasal normal e reduzida e patência nasal correlacionada com postura craniocervical. Crianças de seis a doze anos passaram por avaliações de patência nasal e craniocervical. As medidas biofotogramétricas de postura craniocervical utilizadas foram distância cervical (CD), alinhamento horizontal cabeça (HHA) e flexo-extensão da cabeça (FE), avaliadas pelo software SAPO (v.0.68). A patência nasal foi medida utilizando o medidor de pico de fluxo inspiratório nasal (PNIF) e escala de avaliação dos sintomas de obstrução nasal (NOSE). Cento trinta e três crianças foram distribuídas em dois grupos: G1 (patência nasal normal - PNIF superior a 80% do valor previsto) com 90 crianças; G2 (patência nasal reduzida - PNIF menor que 80% do valor previsto) com 43 crianças. Não foram encontradas diferenças entre os grupos nas medidas CD e HHA. FE foi significativamente superior em G2 do que em G1 (p=0,023). Foram encontradas fraca correlação negativa entre FE e %PNIF (r=-0,266; p = 0,002) e fraca correlação positiva entre CD e PNIF (r=0,209; p=0,016). A contagem NOSE foi negativamente correlacionada com o PNIF (r =-0,179; p=0,039). Crianças com patência nasal reduzida apresentaram maior extensão de cabeça. Este desvio postural é propenso a aumentar à medida que o fluxo de ar nasal diminui, o que indica a relação entre postura craniocervical e patência nasal. Valores mais baixos de PNIF refletem sobre problemas adicionais causados por sintomas de obstrução nasal.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Fernandes SSC, Andrade CR, Ibiapina CC. Application of

peak nasal inspiratory flow reference values in treatment

of allergic rhinitis. Rhinology. 2014;52(2):133-6. doi: 10.4193/

Rhino13.158.

Chohan A, Lal A, Chohan K, Chakravarti A, Gomber S.

Systematic review and meta-analysis of randomized

controlled trials on the role of mometasone in adenoid

hypertrophy in children. Int J Pediatr Otorhinolaryngol.

;79(10):1599-608. doi: 10.1016/j.ijporl.2015.07.009.

Franco LP, Souki BQ, Cheib PL, Abrão M, Pereira TBJ, Becker

HMG, et al. Are distinct etiologies of upper airway obstruction

in mouth-breathing children associated with different

Milanesi et al. Nasal patency and craniocervical posture

cephalometric patterns? Int J Pediatr Otorhinolaryngol.

;79(2):223-8. doi: 10.1016/j.ijporl.2014.12.013.

Ardehali MM, Zarch VV, Joibari ME, Kouhi A. Cephalometric

assessment of upper airway effects on craniofacial

morphology. J Craniofac Surg. 2016;27(2):361-4. doi: 10.1097/

SCS.0000000000002388.

Silveira W, Mello FCQ, Guimarães FS, Menezes SLS. Alterações

posturais e função pulmonar de crianças respiradoras bucais.

Braz J Otorhinolaryngol [Internet]. 2010 [acesso em 17 ago.

;76(6):683-6. Disponível em: https://goo.gl/7UUXYd

Okuro RT, Morcillo AM, Sakano E, Schivinski CIS, Ribeiro

MAGO, Ribeiro JD. Capacidade ao exercício, mecânica

respiratória e postura em respiradores bucais. Braz J

Otorhinolaryngol [Internet]. 2011 [acesso em 17 ago.

;77(5):656-62. Disponível em: https://goo.gl/BYC7NS

Sforza C, Colombo A, Turci M, Grassi G, Ferrario VF. Induced

oral breathing and craniocervical postural relations: an

experimental study in healthy young adults. Cranio.

;22(1):21-6. doi: 10.1179/crn.2004.004.

Milanesi JM, Borin G, Corrêa ECR, Silva AMT, Bortoluzzi DC,

Souza JA. Impact of the mouth breathing occurred during

childhood in the adult age: biophotogrammetric postural

analysis. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2011;75(8):999-1004.

doi: 10.1016/j.ijporl.2011.04.018.

Teixeira RUF, Zappelini CEM, Alves FS, Costa EA. Avaliação

do peak flow nasal inspiratório como método objetivo de

mensuração do fluxo de ar nasal. Braz J Otorhinolaryngol

[Internet]. 2011 [acesso em 17 ago. 2017];77(4):473-80.

Disponível em: https://goo.gl/nzg95k

Bezerra TF, Pádua FG, Pilan RR, Stewart MG, Voegels RL.

Cross-cultural adaptation and validation of a quality of life

questionnaire: the nasal obstruction symptom evaluation

questionnaire. Rhinology. 2011;49(2):227-31. doi: 10.4193/

Rhino10.019.

Souza JA, Pasinato F, Corrêa ECR, Silva AMT. Global body

posture and plantar pressure distribution in individuals with

and without temporomandibular disorder: a preliminary

study. J Manipulative Physiol Ther. 2014;37(6):407-14.

doi: 10.1016/j.jmpt.2014.04.003.

Bolzan GP, Silva AMT, Boton LM, Corrêa ECR. Estudo das

medidas antropométricas e das proporções orofaciais em

crianças respiradoras nasais e orais de diferentes etiologias.

Rev Soc Bras Fonoaudiol [Internet]. 2011 [acesso em 17 ago.

;16(1):85-91. Disponível em: https://goo.gl/Bei1ks

Weber P, Corrêa ECR, Milanesi JM, Soares JC, Trevisan

MA. Craniocervical posture: cephalometric and

biophotogrammetric analysis. Braz J Oral Sci [Internet]. 2012

[acesso em 17 ago. 2017];11(3):416-21. Disponível em: https://

goo.gl/9fZVLG

Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia.

Diretrizes para testes de função pulmonar. J Bras Pneumol.

;28(3):S1-S238.

American Thoracic Society. Lung function testing: selection

of reference values and interpretative strategies. Am Rev

Respir Dis. 1991;144(5):1202-18. doi: 10.1164/ajrccm/144.5.1202.

Trevisan MA, Bellinaso JH, Pacheco AB, Augé LB,

Silva AMT, Corrêa ECR. Modo respiratório, patência

nasal e dimensões palatinas. CoDAS. 2015;27(2):201-6.

doi: 10.1590/2317-1782/20152014177.

Ibiapina CC, Andrade CR, Camargos PAM, Alvim CG, Cruz AA.

Reference values for peak nasal inspiratory flow in children

and adolescents in Brazil. Rhinology. 2011;49(3):304-8.

doi: 10.4193/Rhino10.266.

Landis JR, Koch GG. The measurement of observer

agreement for categorical data. Biometrics 1977;33(1):159-77.

Chan YH. Biostatistics 104: correlational analysis. Singapore

Med J [Internet]. 2003 [acesso em 17 ago. 2017];44(12):614-

Disponível em: https://goo.gl/MhDfCs

Weber P, Corrêa ECR, Ferreira FS, Milanesi JM, Trevisan MA.

Análise da postura craniocervical de crianças respiradoras

bucais após tratamento postural em bola suíça. Fisioter

Pesq [Internet]. 2012 [acesso em 17 ago. 2017];19(2):109-14.

Disponível em: https://goo.gl/pf9xkM

Huggare JA, Laine-Alava MT. Nasorespiratory function

and head posture. Am J Orthod Dentofacial Orthop.

;112(5):507-11.

Tecco S, Capuli S, Festa F. Evaluation of cervical posture

following palatal expansion: a 12-month follow-up controlled

study. Eur J Orthod. 2007;29(1):45-51. doi: 10.1093/ejo/cjl021.

Cuccia AM, Lotti M, Caradonna D. Oral breathing

and head posture. Angle Orthod. 2008;78(1):77-82.

doi: 10.2319/011507-18.1.

Corrêa ECR, Bérzin F. Mouth breathing syndrome: cervical

muscles recruitment during nasal inspiration before and

after respiratory and postural exercises on swiss ball. Int J

Pediatr Otorhinolaryngol. 2008;72(9):1335-43. doi: 10.1016/j.

ijporl.2008.05.012.

Melo DL, Santos RVM, Perilo TVC, Becker HMG, Motta AR.

Avaliação do respirador oral: uso do espelho de Glatzel e

do peak nasal inspiratory flow. CoDAS 2013;25(3):236-41.

doi: 10.1590/S2317-17822013000300008.

Ottaviano G, Scadding GK, Scarpa B, Accordi D, Staffieri

A, Lund VJ. Unilateral peak nasal inspiratory flow, normal

values in adult population. Rhinology. 2012;50(4):386-92.

doi: 10.4193/Rhino12.071.

Mozzanica F, Urbani E, Atac M, Scottà G, Luciano K,

Bulgheroni C, et al. Reliability and validity of the italian

nose obstruction symptom evaluation (I-NOSE) scale. Eur

Arch Otorhinolaryngol. 2013;270(12):3087-94. doi: 10.1007/

s00405-013-2426-z.

Larrosa F, Roura J, Dura MJ, Guirao M, Alberti A, Alobid I.

Adaptation and validation of the spanish version of the Nasal

Obstruction Symptom Evaluation (NOSE) scale. Rhinology.

;53(2):176-80. doi: 10.4193/Rhin14.137.

Zicari AM, Occasi F, Montanari G, Indinnimeo L, De Castro

G, Tancredi G, et al. Intranasal budesonide in children

affected by persistent allergic rhinitis and its effect on

nasal patency and Nasal Obstruction Symptom Evaluation

(NOSE) score. Curr Med Res Opin. 2015;31(3):391-6.

doi: 10.1185/03007995.2015.1009532.

Yilmaz MS, Guven M, Akidil O, Kayabasoglu G, Demir D,

Mermer H. Does septoplasty improve the quality of life in

children? Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2014;78(8):1274-6.

doi: 10.1016/j.ijporl.2014.05.009

Downloads

Publicado

2017-09-09

Edição

Seção

Pesquisa Original

Como Citar

Patência nasal e postura craniocervical em crianças em idade escolar. (2017). Fisioterapia E Pesquisa, 24(3), 327-333. https://doi.org/10.1590/1809-2950/17648424032017