Influência da gravidade do traumatismo cranioencefálico na admissão hospitalar na evolução clínica

Autores

  • Thiago Henrique da Silva Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina; Graduate Program in Rehabilitation Sciences
  • Thais Massetti Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina; Graduate Program in Rehabilitation Sciences
  • Talita Dias da Silva Universidade Federal de São Paulo; Escola Paulista de Medicina; Graduate Program in Cardiology
  • Laercio da Silva Paiva Faculdade de Medicina do ABC; Department of Morphology and Physiology
  • Denise Cardoso Ribeiro Papa Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina; Graduate Program in Rehabilitation Sciences
  • Carlos Bandeira de Mello Monteiro Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina; Graduate Program in Rehabilitation Sciences
  • Fatima Aparecida Caromano Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina; Graduate Program in Rehabilitation Sciences
  • Mariana Callil Voos Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina; Graduate Program in Rehabilitation Sciences
  • Lucas Del Sarto Silva Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.1590/1809-2950/17019225012018

Palavras-chave:

Traumatismos Craniocerebrais/mortalidade, Respiração Artificial, Broncopneumonia, Traqueostomia

Resumo

O traumatismo cranioencefálico (TCE) é um problema de saúde pública com muitos casos de mortalidade e repercussões socioeconômicas. Este estudo visa investigar a influência da gravidade do TCE no tempo de ventilação mecânica (VM) e hospitalização, e na prevalência de casos de traqueostomia, pneumonia, neurocirurgia e morte. É um estudo retrospectivo e observacional, que avaliou prontuários de 67 pacientes com TCE na Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. A gravidade foi avaliada pela escala de Glasgow (ECG): leve (13-15 pontos; 36 pacientes; 53.7%); moderado (9-12 pontos; 14 pacientes; 20.9%); ou grave (3-8 pontos; 17 pacientes; 25.4%). Pacientes com TCE grave apresentaram maior prevalência de traqueostomia, pneumonia e neurocirurgia. Não houve diferença significativa entre gravidade do TCE, óbito e tempo em VM, apesar de a gravidade do TCE ter influenciado o tempo de hospitalização. A gravidade do TCE na admissão, avaliada pela ECG, influenciou a prevalência de traqueostomia, pneumonia, neurocirurgia e de maiores tempos de internação.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Bosel J, Schiller P, Hook Y, Andes M, Neumann J, Poli S, et

al. Stroke-related early tracheostomy versus prolonged

orotracheal intubation in neurocritical care trial (SETPOINT):

a randomized pilot trial. Stroke. 2013;44(1):21-8. doi: 10.1161/

strokeaha.112.669895

McArthur DL, Chute DJ, Villablanca JP. Moderate and

severe traumatic brain injury: epidemiologic, imaging and

neuropathologic perspectives. Brain Pathol. 2004;14(2):185-94.

doi: 10.1111/j.1750-3639.2004.tb00052.x

Maia BG, Paula F, Cotta GD, Cota MAL, Públio PG, Oliveira H.

Perfil clínico-epidemiológico das ocorrências de traumatismo

cranioencefálico. Rev Neurocienc. 2013;21(1):43-52. doi: 10.4181/

rnc.2013.21.786.10p

Morgado FL, Rossi LA. Correlação entre a escala de coma

de Glasgow e os achados de imagem de tomografia

computadorizada em pacientes vítimas de traumatismo

cranioencefálico. Radiol Bras. 2011;44(1):35-41. doi: 10.1590/

S0100-39842011000100010

Langlois JA, Rutland-Brown W, Thomas KE. The incidence of

traumatic brain injury among children in the United States:

differences by race. J Head Trauma Rehabil. 2005;20(3):229-

doi: 10.1097/00001199-200505000-00006

Pasini RL, Fernandes YB, Araújo S, Soares S. A influência da

traqueostomia precoce no desmame ventilatório de pacientes

com traumatismo crânioencefálico grave. Rev Bras Ter Intensiva.

;19(2):176-81. doi: 10.1590/s0103-507x2007000200006

Stocchetti N, Zanier ER. Chronic impact of traumatic brain

injury on outcome and quality of life: a narrative review. Crit

Care. 2016;20(1):[10 p.]. doi: 10.1186/s13054-016-1318-1

Brasil. Ministério da Saúde. Diretrizes de atenção à reabilitação

da pessoa com traumatismo cranioencefálico. Brasília, DF:

Ministério da Saúde; 2015.

Oliveira E, Lavrador JP, Santos MM, Antunes JL. Traumatismo

crânio-encefálico: abordagem integrada. Acta Méd Portug.

;25(3):179-92.

Saback LMP, de Almeida ML, Andrade W. Trauma cranioencefálico

e síndrome do desconforto respiratório agudo: como

ventilar? Avaliação da prática clínica. Rev Bras Ter Intensiva.

;19(1):44-52. doi: 10.1590/s0103-507x2007000100006

Pelosi P, Ferguson ND, Frutos-Vivar F, Anzueto A, Putensen C,

Raymondos K, et al. Management and outcome of mechanically

ventilated neurologic patients. Crit Care Med. 2011;39(6):1482-

doi: 10.1097/ccm.0b013e31821209a8

Diretrizes brasileiras para tratamento das pneumonias

adquiridas no hospital e das associadas à ventilação mecânica:

J Bras Pneumol. 2007;33(Supl 1):S1-30. doi: 10.1590/

S1806-37132007000700001

Gandía-Martínez F, Martínez-Gil I, Andaluz-Ojeda D, de

Lamo FB, Parra-Morais L, Díez-Gutiérrez F. Análisis de la

traqueotomía precoz y su impacto sobre la incidencia de

neumonía, consumo de recursos y mortalidad en pacientes

neurocríticos. Neurocirugía. 2010;21(3):211-21. doi: 10.1016/

S1130-1473(10)70078-6

Barquist ES, Amortegui J, Hallal A, Giannotti G, Whinney R,

Alzamel H, et al. Tracheostomy in ventilator dependent trauma

patients: a prospective, randomized intention-to-treat study. J

Trauma. 2006;60(1):91-7. doi: 10.1097/01.ta.0000196743.37261.3f

Bouderka MA, Fakhir B, Bouaggad A, Hmamouchi B, Hamoudi

D, Harti A. Early tracheostomy versus prolonged endotracheal

intubation in severe head injury. J Trauma. 2004;57(2):251-4.

doi: 10.1097/01.ta.0000087646.68382.9a

Lazaridis C, DeSantis SM, McLawhorn M, Krishna V. Liberation

of neurosurgical patients from mechanical ventilation and

tracheostomy in neurocritical care. J Crit Care. 2012;27(4):[8 p.].

doi: 10.1016/j.jcrc.2011.08.018

Kang Y, Chun MH, Lee SJ. Evaluation of salivary aspiration in

brain-injured patients with tracheostomy. Ann Rehabil Med.

;37(1):96-102. doi: 10.5535/arm.2013.37.1.96

Rosado CV, Amaral LKM, Galvão AP, Guerra SD, Furia

CLB. Avaliação da disfagia em pacientes pediátricos com

traumatismo crânio-encefálico. Rev CEFAC. 2005;7(1):34-41.

Toufen Junior C, Camargo FP, Carvalho CRR. Pneumonia

aspirativa associada a alterações da deglutição: relato de

caso. Rev Bras Ter Intensiva. 2007;19(1):118-22. doi: 10.1590/

s0103-507x2007000100016

Faleiro RM, Pimenta NJG, Faleiro LCM, Cordeiro AF,

Maciel CJ, Gusmão SN. Craniotomia descompressiva para

tratamento precoce da hipertensão intracraniana traumática.

Arq Neuropsiquiatr. 2005;63(2b):508-13. doi: 10.1590/

s0004-282x2005000300026

Wilke M, Grube R. Update on management options in the

treatment of nosocomial and ventilator assisted pneumonia:

review of actual guidelines and economic aspects of therapy.

Infect Drug Resist. 2013;2014(7):1-7. doi: 10.2147/idr.s25985

Bazarian JJ, McClung J, Shah MN, Cheng YT, Flesher W, Kraus J.

Mild traumatic brain injury in the United States, 1998-2000. Brain

Inj. 2005;19(2):85-91. doi: 10.1080/02699050410001720158

Rubinstein E, Stryjewski ME, Barriere SL. Clinical utility of

telavancin for treatment of hospital-acquired pneumonia:

focus on non-ventilator-associated pneumonia. Infect Drug

Resist. 2014;7:129-35. doi: 10.2147/idr.s25930

Carlson AP, Ramirez P, Kennedy G, McLean AR, Murray-Krezan C,

Stippler M. Low rate of delayed deterioration requiring surgical

treatment in patients transferred to a tertiary care center for

mild traumatic brain injury. Neurosurg Focus. 2010;29(5):E3.

doi: 10.3171/2010.8.focus10182

Joseph B, Pandit V, Aziz H, Kulvatunyou N, Zangbar B, Green

DJ, et al. Mild traumatic brain injury defined by Glasgow

Coma Scale: is it really mild? Brain Inj. 2015;29(1):11-6. doi:

3109/02699052.2014.945959

Moore MM, Pasquale MD, Badellino M. Impact of age and

anticoagulation: need for neurosurgical intervention in trauma

patients with mild traumatic brain injury. J Trauma Acute Care

Surg. 2012;73(1):126-30. doi: 10.1097/TA.0b013e31824b01af

Albanèse J1, Leone M, Alliez JR, Kaya JM, Antonini F, Alliez B,

et al. Decompressive craniectomy for severe traumatic brain

injury: evaluation of the effects at one year. Crit Care Med.

;31(10):2535-8. doi: 10.1097/01.ccm.0000089927.67396.f3

Andriessen TM, Horn J, Franschman G, van der Nalt, Haitsma

I, Jacobs B, et al. Epidemiology, severity classification, and

outcome of moderate and severe traumatic brain injury: a

prospective multicenter study. J Neurotrauma. 2011;28(10):2019-

doi: 10.1089/neu.2011.2034

Hoffmann M, Lehmann W, Rueger JM, Lefering R. Introduction of

a novel trauma score. J Trauma Acute Care Surg. 2012;73(6):1607-

doi: 10.1097/ta.0b013e318270d572

Nott MT, Gates TM, Baguley IJ. Age-related trends in late

mortality following traumatic brain injury: a multicentre

inception cohort study. Australas J Ageing. 2015;34(2):[6 p.].

doi: 10.1111/ajag.12151

El-Matbouly M, El-Menyar A, Al-Thani H, Tuma M, El-Hennawy

H, AbdulKahman H, et al. Traumatic brain injury in Qatar: age

matters: insights from a 4-year observational study. Sci World

J. 2013;2013:[6 p.]. doi: 10.1155/2013/354920

Brown AW, Leibson CL, Mandrekar J, Ransom JE, Malec JF.

Long-term survival after traumatic brain injury: a populationbased analysis controlled for nonhead trauma. J Head Trauma

Rehabil. 2014;29(1):[8 p.]. doi: 10.1097/htr.0b013e318280d3e6

Rincon-Ferrari MD, Flores-Cordero JM, Leal-Noval SR, MurilloCabezas F, Cayuelas A, Muñoz-Sánchez MA, et al. Impact

of ventilator-associated pneumonia in patients with severe

head injury. J Trauma. 2004;57(6):1234-40. doi: 10.1097/01.

ta.0000119200.70853.23

Wang KW, Chen HJ, Lu K, Liliang PC, Huang CK, Tang PL, et

al. Pneumonia in patients with severe head injury: incidence,

risk factors, and outcomes. J Neurosurg. 2013;118(2):358-63.

doi: 10.3171/2012.10.jns127

Downloads

Publicado

2018-04-04

Edição

Seção

Pesquisa Original

Como Citar

Influência da gravidade do traumatismo cranioencefálico na admissão hospitalar na evolução clínica. (2018). Fisioterapia E Pesquisa, 25(1), 3-8. https://doi.org/10.1590/1809-2950/17019225012018