Importância da experiência clínica para a mensuração da curva escoliótica de crianças pela técnica de Cobb

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/1809-2950/18001826032019

Palavras-chave:

Coluna Vertebral, Raios X, Reprodutibilidade dos Testes

Resumo

A escoliose é definida como uma deformidade com desvio lateral da coluna no plano coronal, torsão da coluna e do tronco e distúrbio no perfil sagital. Essa alteração postural é avaliada por meio de radiografia de incidência anteroposterior, utilizando-se o método de Cobb. O objetivo do estudo é verificar a influência da experiência do avaliador sobre a confiabilidade intraexaminador e interexaminador do ângulo Cobb em curvaturas escolióticas de crianças. Foram incluídas na pesquisa 39 crianças portadoras de escoliose idiopática, com idade entre 7 e 18 anos. Os exames foram avaliados por dois fisioterapeutas, um quiropraxista e um estudante de fisioterapia – cada um avaliando duas vezes cada exame. A segunda avaliação ocorreu após sete dias, para confiabilidade intraexaminador. Ademais, as primeiras avaliações forneceram dados para confiabilidade interexaminador. A análise estatística foi realizada com coeficiente de correlação intraclasse (CCI), análise de Bland e Altman e análise descritiva do desvio absoluto médio, erro-padrão de medição e mínima mudança detectável. Observou-se boa confiabilidade (CCI>0,5) para as análises intraexaminadores entre os profissionais, e confiabilidade fraca (CCI=0,4) para o avaliador inexperiente. A confiabilidade interexaminador dos profissionais foi boa (CCI=0,6), e com a presença do avaliador inexperiente foi fraca (CCI=0,3). As avaliações entre os profissionais apresentaram menor variabilidade das medidas e valores de desvio-padrão quando comparadas com as do avaliador inexperiente. A mensuração dos ângulos da escoliose por meio do método de Cobb realizada por profissionais experientes apresentou melhores índices de concordância e de confiabilidade intra e interexaminadores e menor desvio-padrão e variabilidade entre as medidas.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Weiss HR, Negrini S, Rigo M, Kotwicki T, Hawes MC, Grivas

TB, et al. Indications for conservative management of

scoliosis (guidelines). Scoliosis Spinal Disord. 2006;1(1):1. doi:

1186/1748-7161-1-5

Weinstein SL. Natural history. Spine. 1999;24(24):2592-600.

Rosenfeldt MP, Harding IJ, Hauptfleisch JT, Fairbank JT. A

comparison of traditional protractor versus Oxford Cobbometer

radiographic measurement: intraobserver measurement

variability for Cobb angles. Spine. 2005;30(4):440-3. doi:

1097/01.brs.0000153401.78638.cb

Gstoettner M, Sekyra K, Walochnik N, Winter P, Wachter, R,

Bach CM. Inter- and intraobserver reliability assessment of

the Cobb angle: manual versus digital measurement tools. Eur

Spine J. 2007;16:1587-92. doi: 10.1007/s00586-007-0401-3

Mehta SS, Modi HN, Srinivasalu S, Chen T, Suh SW, Yang

JH, Song HR. Interobserver and intraobserver reliability of

Cobb angle measurement: endplate versus pedicle as bony

landmarks for measurement: a statistical analysis. J Pediatr

Orthop. 2009;29(7):749-54. doi: 10.1007/s00247-009-1464-6

Zhang J, Lou E, Le LH, Hill DL, Raso JV, Wang Y. Automatic Cobb

measurement of scoliosis based on fuzzy Hough Transform

with vertebral shape prior. J Digit Imaging. 2009;22(5):463-72.

doi: 10.1007/s10278-008-9127-y

Carman DL, Browne RH, Birch JG. Measurement of scoliosis

and kyphosis radiographs. Intraobserver and interobserver

variation. J Bone Joint Surg Am. 1990;72(3):328-33.

Geijer H, Beckman KW, Jonsson B, Andersson T, Persliden

J. Digital radiography of scoliosis with a scanning method:

initial evaluation. Radiology. 2001;218(2):402-10. doi: 10.1148/

radiology.218.2.r01ja32402

Gross C, Gross M, Kuschner S. Error anlaysis of scoliosis curvature

measurement. Bull Hosp Jt Dis Orthop Inst. 1983;43(20):171-7.

Potter BK, Rosner MK, Lehman Jr RA, Polly Jr DW, Schroeder

TM, Kuklo TR. Reliability of end, neutral and stable vertebrae

identification in adolescent idiopathic scoliosis. Spine.

;30:1658-63. doi: 10.1097/01.brs.0000170290.05381.9a

Loder RT, Urquhart A, Steen H, Graziano G, Hensinger RN,

Schlesinger A, et al. Variability in Cobb angle measurements

in children with congenital scoliosis. J Bone Joint Surg Br.

;77(5):768-70.

Cobb J. Outline for the study of scoliosis. Instr Course Lect.

;5:261-75.

Fleiss JL. The design and analysis of clinical experiments. New

York: John Wiley & Sons; 1986.

Ritter R, Nagasse Y, Ribeiro I, Yamazato C, Oliveira FMD,

Kusabara R. Comparison of Cobb angle measurement in

scoliosis by residents and spine experts. Coluna/Columna.

;15(1):13-6. doi: 10.1590/S1808-185120161501147274

Lenke LG, Betz RR, Harms J, Bridwell KH, Clements DH, Lowe

TG, et al. Adolescent idiopathic scoliosis: a new classification to

determine extent of spinal arthrodesis. J Bone Joint Surg Am.

;83(8):1169-81. doi: 10.2106/00004623-200108000-00006

Ogon M, Giesinger K, Behensky H, Wimmer C, Nogler M, Bach

CM, et al. Interobserver and intraobserver reliability of Lenke’s

new scoliosis classification system. Spine. 2002;27(8):858-62.

Allen S, Parent E, Khorasani M, Hill DL, Lou E, Raso JV. Validity

and reliability of active shape models for the estimation of cobb

angle in patients with adolescent idiopathic scoliosis. J Digit

Imaging. 2008;21(2):208-18. doi: 10.1007/s10278-007-9026-7

Troyanovich SJ, Harrison DE, Harrison DD, Holland B, Janik

TJ. Further analysis of the reliability of the posterior tangent

lateral lumbar radiographic mensuration procedure: Concurrent

validity of computer- aided X-ray digitization. J Manipulative

Physiol Ther. 1998;21(7):460-7.

Ylikoski M, Tallroth K. Measurement variations in scoliotic angle,

vertebral rotation, vertebral body height, and d intervertebral

disc space height. J Spinal Disord. 1990;3(4):387-91.

Publicado

2019-03-04

Edição

Seção

Pesquisa Original

Como Citar

Importância da experiência clínica para a mensuração da curva escoliótica de crianças pela técnica de Cobb. (2019). Fisioterapia E Pesquisa, 26(3), 241-246. https://doi.org/10.1590/1809-2950/18001826032019