Força da musculatura respiratória de pacientes tetraplégicos sentados e em supino

Autores

  • Cristina Matos Boaventura
  • Janne Marques Silveira
  • Patrícia Roberta dos Santos
  • Ada Clarice Gastaldi

DOI:

https://doi.org/10.1590/fpusp.v11i2.77285

Palavras-chave:

resistência das vias respiratórias, respiração com pressão positiva, capacidade inspiratória, respiração com pressão positiva intermitente, capacidade pulmonar total, quadriplegia, espirometria, modalidades de projeção.

Resumo

A maioria dos indivíduos com lesão medular alta (C4 a C6) apresentam diminuição na sua função respiratória a partir do momento da lesão, sendo esta a principal causa de mortalidade nesses indivíduos, nos
primeiros meses após a lesão. Assim, estes pacientes apresentam diminuição de volumes e capacidades pulmonares, da função pulmonar e da força dos músculos respiratórios, porém o percentual de perda de alguns destes parâmetros, avaliados na posição sentada, varia entre os autores. Dez pacientes com lesão medular (C4 a C7) foram avaliados para mensurar a pressão inspiratória máxima (PImáx), pressão expiratória máxima (PEmáx) e capacidade vital forçada (CVF), nas posições supina e sentada. O método de medidas seguiu padronização internacional, em seqüência aleatória, com o examinador "cego" sobre o valor das medidas. Os dados obtidos foram comparados com os valores
previstos e entre as duas posições, de acordo com a prova de Wilcoxon, com nível de significância de 0,05 ou 5%. Os valores obtidos de PImáx, PEmáx e CVF, na posição sentada, foram menores que os valores previstos (PImáx = 60 ± 17,15 cm H20, 50% do previsto; PEmáx = 22 ± 5,69 cm H20, 10% do previsto; CVF = 1,60 ± 0,55 L, 4 1% do previsto) (p < 0,05); quando comparadas as posições, os valores na posição sentada
foram menores que na posição supina (PImáx = 71 ± 25,42 cm H20, 60% do previsto; PEmáx = 31 ± 15,92 cmH20,14% do previsto; CVF = 2,22 ± 0,64L, 53% do previsto)(p < 0,05). Concluímos, portanto, que, pacientes tetraplégicos apresentam diminuição da força da musculatura respiratória
e da CVF e que as perdas de CVF são menores na posição supina do que na posição sentada.

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Biografia do Autor

  • Cristina Matos Boaventura
    Fisioterapeuta.
  • Janne Marques Silveira
    Fisioterapeuta
  • Patrícia Roberta dos Santos
    Fisioterapeuta
  • Ada Clarice Gastaldi
    Fisioterapeuta, PhD, Coordenadora do Mestrado em Fisioterapia.

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Publicado

2004-12-31

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Força da musculatura respiratória de pacientes tetraplégicos sentados e em supino. (2004). Fisioterapia E Pesquisa, 11(2), 70-76. https://doi.org/10.1590/fpusp.v11i2.77285