Análise da ativação muscular durante o movimento de alcance nas condições ativo, ativo-assistido e autoassistido em pacientes pós-AVE
DOI:
https://doi.org/10.1590/1809-2950/17023226012019Palavras-chave:
Acidente Vascular Cerebral, Eletromiografia, Reabilitação, FisioterapiaResumo
O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é uma patologia que frequentemente causa limitações motoras nos Membros Superiores (MMSS) gerando prejuízos funcionais nos movimentos de alcance. O objetivo do estudo foi analisar o recrutamento muscular do membro superior parético durante três condições de alcance: ativo, ativo-assistido e autoassistido, através de dados eletromiográficos das fibras anteriores do Músculo Deltoide (MD), Bíceps Braquial (BB) e Tríceps Braquial (TB). Estudo do tipo transversal que utilizou como testes clínicos o miniexame do estado mental, escala de equilíbrio de Berg, medida de independência funcional, escala modificada de Ashworth e escala de Fugl-Meyer – seção MMSS. A coleta dos dados eletromiográficos de superfície foi realizada utilizando-se o eletromiógrafo e eletrodos de configuração bipolar da EMG System do Brasil com três canais posicionados nos pontos motores do MD (fibras anteriores), BB e TB de ambos os membros superiores. As variáveis clínicas apresentaram resultados de comprometimento motor, cognitivo e funcional leves. Os dados eletromiográficos mostraram que o MD e TB durante o alcance ativo-assistido contraíram mais que no alcance autoassistido (p<0.05). Os MD e TB apresentaram diferenças significativas durante os movimentos de alcance, enquanto que o músculo BB não mostrou alterações. Entre os diversos tipos de alcance, o ativo-assistido foi o que proporcionou maior ativação muscular. Sugere-se que sejam feitos ensaios clínicos para verificar a eficácia dos treinamentos
Downloads
Referências
Raimundo KC, Silveira LS, Kishi MS, Fernandes LFRM, Souza
LAPS. Análise cinemática e eletromiográfica do alcance em
pacientes com acidente vascular encefálico. Fisioter Mov.
;24(1):87-97. doi: 10.1590/S0103-51502011000100010
Frisoli A, Procopio C, Chisari C, Creatini I, Bonfiglio L, Bergamasco
M, et al. Positive effects of robotic exoskeleton training of upper
limb reaching movements after stroke. J Neuroeng Rehabil.
;9:36. doi: 10.1186/1743-0003-9-36
Marciniak C. Poststroke hypertonicity: upper limb assessment
and treatment. Top Stroke Rehabil. 2011;18(3):179-94. doi:
1310/tsr1803-179
Nielsen JB, Crone C, Hultborn H. The spinal pathophysiology
of spasticity from a basic science point of view. Acta Physiol. 1. Raimundo KC, Silveira LS, Kishi MS, Fernandes LFRM, Souza
LAPS. Análise cinemática e eletromiográfica do alcance em
pacientes com acidente vascular encefálico. Fisioter Mov.
;24(1):87-97. doi: 10.1590/S0103-51502011000100010
Frisoli A, Procopio C, Chisari C, Creatini I, Bonfiglio L, Bergamasco
M, et al. Positive effects of robotic exoskeleton training of upper
limb reaching movements after stroke. J Neuroeng Rehabil.
;9:36. doi: 10.1186/1743-0003-9-36
Marciniak C. Poststroke hypertonicity: upper limb assessment
and treatment. Top Stroke Rehabil. 2011;18(3):179-94. doi:
1310/tsr1803-179
Nielsen JB, Crone C, Hultborn H. The spinal pathophysiology
of spasticity from a basic science point of view. Acta Physiol.
;189(2):171-80. doi: 10.1111/j.1748-1716.2006.01652.x
Levin MF, Feldman AG, Mullick AA, Rodrigues M. A new
standard in objective measurement of spasticity. J Med Devices.
;7(3):1047. doi: 10.1115/1.4024488
Kitatani R, Ohata K, Hashiguchi Y, Sakuma K, Yamakami N, Yamada
S. Clinical factors associated with ankle muscle coactivation
during gait in adults after stroke. NeuroRehabilitation.
;38(4):351-7. doi:10.3233/NRE-161326
Mandon L, Boudarham J, Robertson J, Bensmail D, Roche N, RobyBrami A. Faster reaching in chronic spastic stroke patients comes
at the expense of arm-trunk coordination. Neurorehabil Neural
Repair. 2016;30(3):209-20. doi: 10.1177/1545968315591704
Meneghetti CHZ, Silva JA, Guedes CAV. Terapia de restrição e
indução ao movimento no paciente com AVC: relato de caso.
Rev Neurociênc. 2010;18(1):18-23
Borella MP, Sacchelli T. The effects of motor activities practice
on neural plasticity. Rev Neurociênc. 2009;17(2):161-9
Dinomais M, Lignon G, Chinier E, Richard I, Ter Minassian A, Tich
SN. Effect of observation of simple hand movement on brain
activations in patients with unilateral cerebral palsy: an fMRI
study. Res Develop Disabil. 2013;34(6):1928-37. doi: 10.1016/j.
ridd.2013.03.020
Summers JJ, Kagerer FA, Garry MI, Hiraga CY, Loftus A, Cauraugh
JH. Bilateral and unilateral movement training on upper limb
function in chronic stroke patients: a TMS study. J Neurol Sci.
;252(1):76-82. doi: 10.1016/j.jns.2006.10.011
Cheng A, Kessler D, Mackinnon R, Chang TP, Nadkarni
VM, Hunt EA, et al. Reporting guidelines for health care
stimulation research: extensions to the CONSORT and STROBE
statements. Simul Healthc. 2016;11(4):238-48. doi: 10.1097/
SIH.0000000000000150
Blum L, Korner-Bitensky N. Usefulness of the berg balance
scale in stroke rehabilitation: a systematic review. Phys Ther.
;88(5):559-66. doi: 10.2522/ptj.20070205
Lourenço RA, Veras RP. Mini-exame do estado mental:
características psicométricas em idosos ambulatoriais. Rev Saúde
Pública. 2006;40(4). doi: 10.1590/S0034-89102006000500023
Berg KO, Wood-Dauphinee SL, Williams JI, Maki B. Measuring
balance in the elderly: validation of an instrument. Can J Public
Health. 1992;83(2):7-11
Riberto M, Miyazaki MH, Jucá SSH, Sakamoto H, Pinto PPN,
Battistella LR. Validação da versão brasileira da medida de
independência funcional. Acta Fisiátr. 2004;11(2):72-6
Calota A, Feldman AG, Levin MF. Spasticity measurement based
on tonic stretch reflex threshold in stroke using a portable
device. Clin Neurophysiol. 2008;119(10):2329-37. doi: 10.1016/j.
clinph.2008.07.215
Fugl-Meyer AR, Jääskö L, Leyman I, Olsson S, Steglind S. The
post-stroke hemiplegic patient: 1. A method for evaluation of
physical performance. Scand J Rehab Med. 1975;7(1):13-31
Surface Electromyography for the Non-Invasive Assessment
of Muscles (SENIAM). 2017. Disponível em: www.seniam.org.
Acesso em 22 de setembro de 2017
Burne JA, Carleton VL, O’Dwyer NJ. The spasticity paradox:
movement disorder or disorder of resting limbs? J Neurol
Neurosurg Psychiatry. 2005;76(1):47-54. doi: 10.1136/
jnnp.2003.034785
Zhou P, Suresh NL, Rymer WZ. Model based sensitivity analysis
of EMG–force relation with respect to motor unit properties:
applications to muscle paresis in stroke. Ann Biomed Eng.
;35(9):1521-31. doi: 10.1007/s10439-007-9329-3
Lundy-Ekman E. Neurociência: fundamentos para reabilitação.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2008.
Suresh NL, Zhou P, Rymer WZ. Abnormal EMG–force slope
estimates in the first dorsal interosseous of hemiparetic stroke
survivors. Conf. Proc. IEEE Eng Med Biol Soc. 2008;2008:3562-
doi: 10.1109/IEMBS.2008.4649975
Kapandji A. Fisiologia Articular: membro superior. São Paulo:
Manole. 1990.
Rose DK, Winstein CJ. The co-ordination of bimanual
rapid aiming movements following stroke. Clin Rehab.
;19(4):452–62. doi: 10.1191/0269215505cr806oa
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2019 Fisioterapia e Pesquisa
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.