Avaliação da satisfação dos usuários de fisioterapia em atendimento ambulatorial

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/1809-2950/18044826032019

Palavras-chave:

Satisfação do Paciente, Fisioterapia, Inquéritos e Questionários, Setor Público, Setor Privado

Resumo

A satisfação é determinada pela reação do paciente ao serviço recebido, sendo, portanto, um indicador sensível da qualidade do atendimento. O objetivo deste estudo foi comparar a satisfação dos usuários que realizam tratamento fisioterapêutico ambulatorial em clínicas públicas (CP), em clínicas privadas de convênio (CC) e em clínica-escola (CE). Foram avaliados 382 pacientes, com idade mínima de 18 anos, que haviam sido submetidos a, no mínimo, cinco atendimentos. Os pacientes foram divididos em três grupos e utilizouse um questionário com perguntas sobre dados sociodemográficos e satisfação nos domínios interação paciente-terapeuta, acesso e atendimento da recepção, conveniência, ambiente e satisfação geral. A maior parte dos pacientes eram do sexo feminino (68,60%), com média de 51,96 anos de idade. Na comparação entre os serviços, a CE apresentou maior satisfação que a CP em equipe de apoio, conveniência e ambiente físico, e a CC em relação terapeuta-paciente e satisfação geral. A CC foi mais bem avaliada que a CP em conveniência e ambiente físico. A análise de correlação entre a satisfação geral e cada um dos domínios mostrou valores de bom a moderado para relação terapeuta-paciente, e os menores valores para o domínio conveniência. O questionário mostrou boa consistência interna e coerência nos três serviços (α≥0,94). Esses resultados representam um importante indicador da impressão dos usuários nos serviços investigados, permitindo melhor direcionamento na implementação de políticas públicas, privadas e acadêmicas, visando a melhora da qualidade dos atendimentos de fisioterapia.

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Publicado

2019-03-04

Edição

Seção

Pesquisa Original

Como Citar

Avaliação da satisfação dos usuários de fisioterapia em atendimento ambulatorial. (2019). Fisioterapia E Pesquisa, 26(3), 322-328. https://doi.org/10.1590/1809-2950/18044826032019