Geografia e arqueologia: análise espacial e contextual de sítios arqueológicos no estuário amazônico
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2016.123728Palavras-chave:
Paisagem. Arqueologia. Patrimônio. Estuário. Amazônia.Resumo
As contribuições teórico-metodológicas da ecologia de paisagem com enfoque geográfico foram aplicadas à análise espacial e contextual de três sítios arqueológicos (PA-BA-83: Bittencourt, PA-BA-84: Alunorte e PA-BA-85: Jambuaçu) do projeto Arqueológico Bauxita Paragominas, no estuário amazônico. Os resultados mostraram que os artefatos, biofatos e ecofatos resgatados remetem à tradição ceramista Tupi-Guarani, que, no último milênio, desenvolveu atividades de horticultura em floresta tropical, sendo o plantio de mandioca, a caça e a coleta de frutos silvestres a principal economia do grupo, embora também mantivessem forte ligação com a planície flúvio-marinha, sobretudo para obter recursos alimentares como frutos de palmeiras, crustáceos e peixes.
Downloads
Referências
AB’SÁBER, A. N. Brasil, paisagens de exceção: o litoral e o Pantanal mato-grossense, patrimônios básicos. Cotia, SP: Ateliê, 2006.
AITKEN, M. J. Physics and Archaeology. Nova York: Interscience, 1961.
ALVES, J. J. A.; LOURENÇO, J. S. Métodos geofísicos aplicados à arqueologia no estado do Pará. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, Série Geologia, v. 26, p. 1-52, 1981.
ALVES, M. A. M. S. et al. Morfodinâmica das praias de meso-macromarés da zona costeira do estado do Pará. In: X CONGRESSO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ESTUDOS DO QUATERNÁRIO (ABEQUA), 10., 2005, Guarapari, ES. CD-ROM de resumos expandidos, n. 0258.pdf.
BARRETO, C. A construção de um passado pré-colonial: uma breve história da arqueologia no Brasil. Revista USP, São Paulo, n. 44, p. 32-51, dez. 1999/fev. 2000.
BUTZER, K. W. Arqueología – una ecología del hombre: método y teoría para un enfoque contextual. Barcelona: Bellaterra, 1989.
COSTA, F. H. J. A. Projeto baixo Tocantins: salvamento arqueológico na região de Tucuruí (Pará). Dissertação (Mestrado em Antropologia Social e Arqueologia) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1993.
HODDER, I. New Generations of Spatial Analysis in Archeology. In: COLOQUIO SOBRE DISTRIBUCIÓN Y RELACIONES ENTRE LOS ASENTAMIENTOS – ARQUEOLOGÍA ESPACIAL, 1984, Teruel, ES. p. 7-24.
LEHMANN, J. et al. Amazonian Dark Earths: Origin, Properties and Management. Dordrecht: Kluwer Academic, 2003.
LIGHTFOOT, K. G. Culture Contact Studies: Redefining the Relationship Between Prehistoric and Historical Archaeology. American Antiquity, Cambridge: Society for American Archaeology, v. 60, n. 2, p. 199-217, 1995.
LIMA, R. R.: TOURINHO, M. M.; COSTA, J. P. C. Várzeas flúvio-marinhas da Amazônia brasileira: características e possibilidades agropecuárias. Belém: Ficap, 2000.
LOPES, D. F.; SILVEIRA, M. I.; MAGALHÃES, M. Levantamento arqueológico. In: Projeto Estudo e Preservação de recursos Humanos e Naturais da Área do Projeto Ferro Carajás. Relatório final, vol. 1. Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi, 1988.
LOPES, P. R. C. et al. Programa de Arqueologia Preventiva na Área do Projeto Bauxita Paragominas/PA. Relatório final. Belém: MPEG/Vale/Fidesa, 2008.
MARTÍNEZ, V. M. F.; ZAPATERO, G. R. El análisis de territorios arqueológicos: una introducción crítica. In: COLOQUIO SOBRE DISTRIBUCIÓN Y RELACIONES ENTRE LOS ASENTAMIENTOS – ARQUEOLOGÍA ESPACIAL, 1984, Teruel, ES. p. 55-71.
MUNSELL COLORS COMPANY. Munsell Soil Colors Charts. Baltimore, 1975.
NEVES, E. G. Duas interpretações para explicar a ocupação pré-histórica na Amazônia. In: TENÓRIO, M. C. (Org.). Pré-História da Terra Brasilis. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ, 1999. p. 75-88.
OLIVEIRA, R. D. Zoneamento agro ambiental do município de Barcarena-Pará. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Ciências Agrárias do Pará, Belém, 2002.
PEARSALL, D. M. Paleoethnobotany: A Handbook of Procedures. 2. ed. Cambridge: Academic Press, 2000.
PEREIRA, E. S. O potencial arqueológico na área da UHE-Santa Isabel. Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi, 1999.
PEREIRA, E. M. B. Ecologia de paisagem aplicada à análise ambiental do sítio arqueológico Pa-Ba-84: Alunorte em Barcarena-PA. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal do Pará, Belém, 2008.
RENFREW, C.; BAHN, P. Arqueología: teorías, métodos y práctica. Madri: Akal, 1993. (Serie Textos.)
ROOSEVELT, A. C. Arqueologia amazônica. In: CUNHA, M. C. (Org.). História dos índios no Brasil. São Paulo: Fapesp/SMC/Companhia das Letras, 2006. p. 53-86.
ROOSEVELT, A. C. Moundbuilders of the Amazon: Geophysical Archaeology on Marajo Island, Brazil. San Diego: Academic Press, 1991.
ROSSETTI, D. F.; GÓES, A. M. O neógeno da Amazônia oriental. Belém: MPEG, 2004. (Coleção Fredrich Katzer.)
SCHIFFER, M. Archaeological Context and Systemic Context. American Antiquity, v. 37, n. 2, p. 156-165, 1972.
SENNA, C. F. S. Condições paleoambientais relacionadas à ocupação da Baía de Guanabara, litoral de Cabo Frio e planície costeira do rio São João por sociedades pré-históricas: coletores-pescadores do litoral. Rio de Janeiro: Instituto de Geociências/UFRJ, 1991.
SENNA, C. S. F. et al. Paleoambientes e ocupação humana pré-histórica do estuário do rio Pará, Amazônia, no último milênio. In: CONGRESSO LATINO AMERICANO DE CIÊNCIAS DO MAR – COLACMAR, 12., 2007, Florianópolis, SC. CDROM de Resumos Expandidos.
SIMÕES, M. F. A pré-história da bacia Amazônica: uma tentativa de reconstrução. Aspectos da arqueologia amazônica. Instituto de Arqueologia Brasileira, Rio de Janeiro (catálogo), p. 5-21, 1983.
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2016 Cristina do Socorro Fernandes Senna
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho com licença de uso da atribuição CC-BY, que permite distribuir, remixar, adaptar e criar com base no seu trabalho desde que se confira o devido crédito autoral, da maneira especificada por CS.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho on-line (ex.: em repositórios institucionais ou em sua página pessoal) a qualquer altura antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).