Da banalização das regiões metropolitanas ao Estatuto da Metrópole: será o fim das “metrópoles de papel”?

Autores

  • Eduardo Celestino Cordeiro Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2019.141746

Palavras-chave:

Regiões Metropolitanas, Estatuto da Metrópole, instituição metropolitana, metrópoles de papel

Resumo

O trabalho analisa implicações da lei federal denominada Estatuto da Metrópole sobre a banalização da criação de Regiões Metropolitanas (RMs) no país. Estudou-se o caso do Maranhão, a partir da perspectiva que entende essas regiões como meios institucionais pelo quais agentes políticos territorializam o espaço para viabilizarem seus objetivos. Como conclusão, constatou-se que a lei federal freou as tentativas de se criar novas RMs no Maranhão, porém não impediu a manutenção e inclusão de município para além da conurbação intermunicipal das “metrópoles” das regiões já existentes; o que pode vir a ocorrer também nos outros estados, significando não o fim das “metrópoles de papel”, mas o crescimento territorial das já existentes.

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Biografia do Autor

  • Eduardo Celestino Cordeiro, Universidade Federal do Rio de Janeiro
    Geógrafo, especialista em Gestão Pública Municipal, mestre em Desenvolvimento Socioespacial e Regional e doutorando em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.

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Publicado

2019-03-08

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Da banalização das regiões metropolitanas ao Estatuto da Metrópole: será o fim das “metrópoles de papel”?. GEOUSP Espaço e Tempo (Online), [S. l.], v. 23, n. 1, p. 040–058, 2019. DOI: 10.11606/issn.2179-0892.geousp.2019.141746. Disponível em: https://revistas.usp.br/geousp/article/view/141746.. Acesso em: 28 mar. 2024.