Correlação entre os processos erosivos e sedimentares e o comportamento das espécies vegetais dos manguezais da foz do rio São Mateus, litoral norte do Estado do Espírito Santo

Autores

  • Cláudia Câmara do Vale Universidade Federal do Espírito Santo. Departamento de Geografia

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2010.74158

Palavras-chave:

Ecossistema manguezal, Geomorfologia costeira, Sedimentologia, Processos flúvio-marinhos, Espírito Santo

Resumo

O presente artigo trata das relações entre os processos erosivos e sedimentares que ocorrem na foz do rio São Mateus, localizada no município de Conceição da Barra, litoral norte do Espírito Santo, e o comportamento das espécies vegetais dos bosques dos manguezais a esses processos. Os dados apresentados foram levantados entre 1996 e 1998 e continuam a ser monitorados até a presente data, por meio de pesquisas desenvolvidas pelo Laboratório de Geografia Física da UFES. As alterações da composição mineralógica dos sedimentos que compõem o substrato do manguezal conduzem a importantes respostas da vegetação de mangue, enfatizando a capacidade de este tipo de vegetação ser utilizado como bio-indicador dos diferentes processos flúvio-marinhos, tanto aqueles decorrentes de alterações antrópicas quanto aqueles que podem estar ligados à elevação do nível do mar provocada por processos naturais.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

AQUACONCULT (Consul toria e Pro je tos de Engenharia Ltda). Projeto de proteção das margens, desobstrução e fixação do estuário e da foz do rio São Mateus na cidade de Conceição da Barra (ES). 1994, vol. 1, 23p.

BIRD, E. C. F. Mangroves as land-builders. Titus, J.G. (Ed.). Effects of changes in stratospheric ozone and global climate. vol.(4) Sea Level Rise. 1971, p. 83-98.

BIRD, E. C. F. & ONGKOSONGO, O. S. R. Environmental change s on the coas ts of Indonesia. The United Nations University, Toquio. 1980, 52p.

BLASCO, F. SAENGER , P.; JANODET, E. Mangroves as indicators of coastal change. In: Catena (27). 1990, p.167-178.

CARTER, R. W. Coastal Environments . An introduction to the physical, ecological and cultural systems of coastlines. Academic Press: London. 1988. 616p.

CARLTON, J. M. Land-Building and stabilization by mangroves. In: Environmental Conservation. vol. 1, nº 4, 1974, p.285-294.

CHAPMAN, V. J. Mangrove biogeography. In: Interna tional Symposium on Biology and Management of Mangroves. (Eds.) G.E. Wassh, S.C. Snedaker & H. J. Teas. East-West Center, Honolulu, Hawaii, 1975, p.3-22.

CINTRÓN, G.; LUGO, A. E.; MARTÍNEZ, R. Structural and functional properties of mangrove forests. In: W. G. Dárcy & M.D. Correa A. (eds), The Botany and Natural History of Panama, Missouri Botanical Garden, Saint Louis, Missouri. 1985, p.53- 66.

CLOUGH, B. F. Mangrove Ecosystems in Australia: structure, function and management. Australian Institute of Marine Science & Australian national University Press. Camberra, Australia. 1982, p.152-191.

DAVIS, J. H. The ecology and geology role of mangrove s in Florida. Carnegie Institute Washington Publication, 517. 1940, p.307-409.

EGLER, C. A. G. Os impactos da política industrial sobre a zona costeira. In: Série Gerenciamento Costeiro. Minist. Meio Amb., dos Recur. Hídri. e da Amaz. Legal. 1998, p. 1-40.

LUGO, A. E. & SNEDAKER, S. C. The ecology of mangroves . Anual Review o f Ecology and Systematic 5. 1974,p. 39-64.

LUGO, A. E.; CINTRÓN, G.; GOENAGA, C. Mangrove ecosystems under stress. 1979, p.1-33.

MACNAE, W. Mangrove swamps in south Africa. In: J. Ecol. 51. Blackwell Scientific Publication Oxford. Johanesburgo. 1963, p.1-25.

MARTIN, L., SUGUIO, K., DOMINGUEZ, J. L. M.;FLEXOR, J-M. Geologia do Quaternário costeiro do litoral norte do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. Belo Horizonte, CPRM/FAPESP. 1997, 112p.

MUEHE , D. O litoral brasileiro e sua compartimentação. In: Geomorfologia do Brasil. Sandra Baptista da Cunha e Antonio José Teixeira Guerra (Org.), Ed. Bertrand Brasil: Rio de Janeiro. 1998, p273-349.

PERNETTA, J. C. Mangrove forests, climate change and sea-level rise: hydrological influences on community structure and survival, with example from Indo-West Pacific. In: A marine Conservation and Development Report. IUCN, Gland, Switzerland. 1993, 46p.

SCHAEFFER-NOVELLI, Y.; VALE, C.C.; COELHO JR., C.; CASTRO, P. M. G. & SOUTO, M. A. Manguezais como indicadores biológicos para mudanças globais. In: Simpósio de Geografia Física Aplicada. I Fórum Latino Americano de Geografia Física Aplicada. Curitiba, PR. Anais vol.1. 1996, p.329.

SCHAEFFER-NOVELLI,Y. & CINTRÓN-MOLERO, G. Guia para estudo de áreas de Manguezal. Estrutura, função e flora. Caribbean Ecological Research, São Paulo, 1986, 150p.

SCHOLL, D. W. Mangrove swamps: geology and sedimentology. In: Rhodes W. Fairbrigde (Ed.), The Encyclopedia of Geomorphology, Reinhold Book Corp. N.Y., 1968, p.683-688.

SEMENIUK, V. Mangrove zonation along en eroding coastline in King Sound North-Western Australia. Blakwell Scientific Publication, 1980, p.789-812.

SNEDAKER, S. C. Mangrove species zonation: why? Division of Biology and Living. Rosenstiel School of Marine and Atmospheric Science, Miami, USA. 1982, p.111-125.

THOM, B. G. Mangrove ecology and deltaic geomorphology: Tabasco, Mexico. In: Journal of Ecology 55, 1967. p. 301-343.

THOM , B. G . Mang rove E cology – A geomorphological perspective. In: Mangroves Ecosystems in Australia: Structure, Function and Management. B.F. Clough (Ed.) Australian National University Press: Camberra. 1982. p. 3-18.

THOM , B . G . Coastal land forms and geomorphic processes. S.C. Snedaker, & J.G. Snedaker (eds.) The Mangroves Ecosystem: research methods. UNESCO/SCOR. 1984, p.3-17.

TWILLEY, R. R. Properties of mangrove ecosystems related to the energy signature of coastal environments. Maximum power (Ed.) C. Hall. University of Colorado Press, Bouder, Colorado. 1995, p.43-62.

VALE, C. C. Contribuição ao estudo dos manguezais como indicadores biológicos das alterações geomórficas do estuário do rio São Mateus (ES) . Di sser ta ção de Mest rado, Universidade de São Paulo, Departamento de Geografia/FFLCH. 1999, 171p.

VALE, C. C. & FERREIRA, R. D. Os manguezais do Estado do Espírito Santo. In: IV Simpósio de Ecossistemas Brasileiros. Águas de Lindóia, São Paulo. vol. 1. 1998, p. 88-94.

WALSH, G. E. Mangroves: a rewiw. R. e Queen, W. (eds.). Ecology of Halophytes. Reinhold, 1974, p.54-62.

WOODROFFE , C . D. Mangrove swamps stratigraphy and Holocene transgression, Grand Caiman Island. West Indies. In: Marine Geology 32. 1981, p.271-294.

WOODROFFE, C. D. Development of mangroves from a geomorfological perspective. Tasks for Vegetation Science. H.J. Teas Hagues: junk, 8. 1983. p.1-17.

WOODROFFE, C. D. The impact of sea level rise on mangrove shorelines. In: Prog. Phys. Geogr., 14: 1990, p.483-520.

WOODROFFE, C. D. & GRINDROD, J. Mangrove biogeography: the role o f Qua ternary environmental and sea-level change. In: Journal of Biogeography, 18. 1991, p. 479-492.

Downloads

Publicado

2010-04-30

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

VALE, Cláudia Câmara do. Correlação entre os processos erosivos e sedimentares e o comportamento das espécies vegetais dos manguezais da foz do rio São Mateus, litoral norte do Estado do Espírito Santo. GEOUSP Espaço e Tempo (Online), São Paulo, Brasil, v. 14, n. 1, p. 113–134, 2010. DOI: 10.11606/issn.2179-0892.geousp.2010.74158. Disponível em: https://revistas.usp.br/geousp/article/view/74158.. Acesso em: 19 abr. 2024.