A geografia crítica e a economia política

Autores

  • Rita de Cássia Ariza da Cruz Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2018.152491

Palavras-chave:

Geografia radical, Geografia crítica, Economia política, Desenvolvimento geográfico desigual

Resumo

Como é amplamente sabido pelos geógrafos,  estivemos e ainda estamos bem distantes de ter uma unidade na Geografia dada pelo movimento de renovação do pensamento geográfico ocorrido a partir dos anos 1970 e ao qual se chamou Geografia Radical, nos EUA, e Geografia Critica, na França, Alemanha e  Brasil, entre outros. A despeito disso, este foi e é um dos movimentos mais importantes na história do pensamento geográfico. Isto posto, este artigo analisa esse movimento considerando sua relação com a economia política de orientação marxista, destacando o protagonismo de autores brasileiros (entre os quais diversos professores do Departamento de Geografia da FFLCH/USP) e estrangeiros que contribuíram para sua disseminação e consolidação, principalmente no Brasil. Um enfoque especial é dado à noção de desenvolvimento geográfico desigual.

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Biografia do Autor

  • Rita de Cássia Ariza da Cruz, Universidade de São Paulo

    Geógrafa, com mestrado e doutorado em Geografia, área de Geografia HUmana. Docente do Deprtamento de Geografia da FFLCH/USP. 

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Publicado

2018-12-12

Edição

Seção

Dossiê 40 anos da Geografia Crítica

Como Citar

A geografia crítica e a economia política. GEOUSP Espaço e Tempo (Online), [S. l.], v. 22, n. 3, p. 492–503, 2018. DOI: 10.11606/issn.2179-0892.geousp.2018.152491. Disponível em: https://revistas.usp.br/geousp/article/view/152491.. Acesso em: 28 mar. 2024.