BIODIVERSIDADE FLORESTAL E PAISAGÍSTICA DO TERRITÓRIO MUNICIPAL DE SELLANO - ÚMBRIA - ITÁLIA

Autores

  • Ettore Orsomando Università di Camerino. Dipartimento di Scienze Ambientali
  • Federico Maria Tardella Università di Camerino. Dipartimento di Scienze Ambientali
  • Marcello Martinelli Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2007.74060

Palavras-chave:

Biodiversidade florestal, Cartografia ambiental, Geobotânica, Habitat florestal, Unidade ambiental-paisagística, Valor naturalistico.

Resumo

O Município de Sellano, situado na Úmbria (Itália), ocupando uma superfície de cerca 86 km² no setor regional central mais oriental junto à fronteira com as Marcas, do ponto de vista florestal se destaca pelo elevado índice de cobertura florestal superior a 60% em relação aos 40% da Úmbria. A biodiversidade florestal é constituída por 7 formações de caducifólias naturais (florestas: de Quercus pubescens, de Ostrya carpinifolia, de Quercus cerris com a associação endêmica denominada Carici sylvaticae-Quercetum cerridis rica em Orquídeas, de Quercus cerris com Quercus pubescens, de Castanea sativa, de Fagus sylvatica, de Salix alba) e por um artificialismo (reflorestamentos de Pinusnigra e Pinus halepensis). Tais florestas, voltadas para a exploração econômica, em bom estado de conservação, contornadas por áreas de pastagem, por áreas antrópicas com ocupações humanas, áreas cultivadas e zonas de artesanato caracterizam 11 unidades ambientais paisagísticas do conjunto das 42 tipologias de paisagens da Região Úmbria como um todo: vertentes alto-colinares com florestas de Quercus pubescens ou de Ostrya carpinifolia, às vezes interrompidas por pequenas clareiras de pastagens, de origem secundária, de Bromus erectus; vertentes montanas com florestas de Fagus sylvatica e pequenas pastagens, de origem secundária, de Bromus erectus; áreas rupestres com agrupamentos casmofiticos; vertentes alto-colinares e submontanas, com fraca declividade e recobertas por paleossolos fersialíticos, com florestas mesófilas de Quercus cerris (Carpinion betuli) e florestas de Castanea sativa de origem antrópica; relevos alto-colinares com florestas de Ostryacarpinifolia ou Quercus pubescens, às vezes interrompidas por pequenas clareiras de pastagem, de origem secundária, de Brachypodium rupestre; leitos fluviais com florestas meso-higrófilas de Salixalba ou Alnus glutinosa; cimos e vertentes com pastagens de origem secundária de: Bromus erectus, Sesleria nitida e Cynosurus cristatus; implantações arbóreas (reflorestamentos por coníferas); áreas agrícolas dos relevos colinares com culturas anuais; aglomerados urbanos em área rural de encosta e de colina; áreas agrícolas das planícies aluvionares com culturas anuais. O objetivo fundamental desse artigo, além de divulgar a biodiversidade florestal e paisagística que caracteriza o patrimônio naturalístico do Município de Sellano, foi o de contribuir, através do estudo geobotânico-paisagístico a definição da zona fito-microclimática circunscrita ao território municipal.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Marcello Martinelli, Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

    Professor Dr. do Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo.

Referências

ALVES, T. “Paisagens: em busca do lugar perdido”. Finisterra, 36(72):67-74, 2001.

BEROUTCHACHVILLI, N. e BERTRAND, G. “Le géossystème ou système territoriel naturel”. Revue Géographique des Pyrénées, et du SudOuest, 49, (2): 167-180, 1978.

BERTALANFFY, L. v. General system theory: foundations, development, application. New York: George Braziller, 1968.

BERTIN, J. La graphique et le traitement graphique de l’information. Paris: Flammarion, 1977.

BERTIN, J. Sémiologie graphique: les diagrammes, les réseaux, les cartes. Paris: Mouton Gauthier-Villars, 1973.

BERTRAND, G. “Paysage et géographie physique globale: équisse méthodologique”. Revue Géographique des Pyrénées et du Sud-Ouest, 39(3): 249-272, 1968.

BLASI, C. et al. “Classificazione e cartografia del paesaggio: i sistemi e i sottosistemi di paesaggio del Molise”. Informatore Botanico Italiano, (32): 15-20, 2000.

BLASI, C., SMIRAGLIA, D. e CARRANZA, M. “Analisi multitemporale del paesaggio e classificazione gerarchica del territorio: il caso dei Monti Lepini (Italia Centrale)”. Informatore Botanico Italiano, 35(1): 31-40, 2003.

CARRÉ, J. “Cartographie et environnement”. Bull. Comité Français de Cartographie, (76): 40-56, 1978.

CASTRO, I.E. “O problema da escala”. In: CASTRO, I.E. Geografia: conceitos e temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995.

CATORCI A. e ORSOMANDO E. “Note illustrative della Carta della vegetazione del Foglio Nocera Umbra (N. 312 - Carta d’Italia I.G.M. - 1:50.000)”. Braun-Blanquetia, 23: 7-108, 2001.

CRUZ, O. “A escala temporal-espacial nos estudos dos processos geomorfológicos erosivos atuais”. Geomorfologia, (33): 1-12, 1985.

CULLOT, M. “Points de vue sur la perception des paysages”. L’Espace Géographique, 15(3): 211-217, 1986.

DRAGUT, L. Geografia peisajului. Cluj-Napoca: Presa Universitara Clujeana, 2000.

FALINSKI, J.B. e PEDROTTI, F. “The vegetation and dynamical tendencies in the vegetation of Bosco Quarto, Promontorio del Gargano, Italy”. Braun-Blanquetia, (5): 1-31, 1990.

FENAROLI L., GAMBI G. “Alberi. Dendroflora italica”. Museo Tridentino di Scienze Naturali. Trento, 1976.

FERREIRA, M. C. “Mapeamento de unidades de paisagem com Sistemas de Informação Geográfica: alguns pressupostos fundamentais”. Geografia, 22 (1): 23-36, 1997.

FORMAN, R.T.T. e GODRON, M. Ladscape ecology, New York: J. Wiley & Sons, 1986.

FRÉMONT, A. “Les profondeurs des paysages géographiques”. In: ROGER, A. (org.). La théorie du paysage en France. 1995.

FRÉMONT, A. “L’écologie et le paysage”. Notes Recherches, Soc. Géogr. Liège, (8): 37-48, 1987.

GÉHU, J.M. “L’analyse symphytosociologique et géographique de l’espace : théorie et méthodologie”. Collection Phytosociologique, (17): 11-46, 1991.

GODART, M.F. e DECONINK, M. “Les paysages à travers différents regards”. Contributii Botanice, 38(2): 5-11, 2003.

INGEGNOLI, V. Fondamenti di ecologia del paesaggio. Torino: Cittàstudi Edizioni, 1993.

INGEGNOLI, V. Landscape ecology: a widening foundation. Tokyo: Springer, 2002.

ISACHENKO, T.I. Principles and methods of vegetation mapping. Moscou : U.P.M., 1962.

JOURNAUX, A. “Présentations des cartes de l’environnement de Basse Normandie: réalisations actuelles; premiers resultats de la télèdetection”. In : Symposium Iternational sur la Cartographie de l’Environnement et de sa Dynamique. Caen, 1980.

JOURNAUX, A. Légende pour une carte de l’environnement et de sa dynamique. Caen: Centre de Géomorphologie du CNRS, 1975.

KONDRACKI, J. e OSTROWSKI, J. “Map of the synantropization of the environment in Poland”. In: IGU/ICA. Examples of environmental maps. Madrid: IGN, 1980.

LACOSTE, Y. “A quoi sert le paysage? Qu’est-ce qu’un beau paysage?” Herodote, (7): 3-41, 1977.

LECOEUR, C. “Le paysage comme cadre physique”. Herodote, (41): 45-50, 1987.

LEHANN, E. e BENEDICT, E. “The environmental situation of the Halle-Leipzig region; detail from a map 1: 500.000”. In: IGU/ICA. Examples of environmental maps. Madrid: IGN, 1980.

MAC. EACHREN, A.M. e TAYLOR, D.F. (ed.) Visualization in modern cartography. Londres: Elseiver Science Ltd., 1994.

MARFIL, A. et al. “Unidades de paisaje en el Parque Natural de Cabo de Gata-Nijar (Almeria, España)”. Colloques Phytosociologiques, (21): 127-147, 1993.

MARTINELLI, M. “Cartografia ambiental: que cartografia é essa?” In: Souza M.A.A. (org). O novo mapa do mundo. Natureza e sociedade de hoje: uma leitura geográfica. São Paulo: Hucitec-Anpur, 1993.

MARTINELLI, M. “Cartografia ambiental: uma cartografia diferente?”. Revista do Departamento de Geografia, (7): 61-80, 1994.

MARTINELLI, M. “Cartografia do turismo e imaginário”. In: RODRIGUES, A.B. (org.). Turismo rural: práticas e perspectivas. São Paulo: Contexto, 2001.

MARTINELLI, M. “Discussione metodologica su un approccio della rappresentazione cartografica dell’impatto ambientale. Esempio: Camerino ed i suoi dintorni”. Boll. Soc. Ital. Ecologia, 8 (5): 226. 1987.

MARTINELLI, M. “La cartografia delle unità ambientali come sintesi del paesaggio”. Colloques Phytosociologique: la vegetazione postglaciale, (35): 124-125, 1998.

MARTINELLI, M. “La cartographie environnementale: une cartographie de synthèse”. Phytocoenosis, (11): 123-130, 1999.

MARTINELLI, M. “Orientação semiológica para as representações da geografia: mapas e diagramas”. Orientação, (8): 53-62, 1990.

MARTINELLI, M. As representações gráficas da geografia: os mapas temáticos. São Paulo: USP, 1999.

MARTINELLI, M. Gráficos e mapas: construa-os você mesmo. São Paulo: Moderna, 1998.

MARTINELLI, M. Os mapas da geografia e cartografia temática. São Paulo: Contexto, 2003.

MARX, K. e ENGELS, F. The German ideology. New York: International Publishers, 1979.

MAYSTRE, Y. “Le concept d’environnement et sa dynamique cartographique”. In: Symposium Internationale sur la Cartographie de l’environnement et sa dynamique, (1): 109-119, 1979.

NAVEH, H. “Landscape ecology as an emerging branch of human ecosystem science”. Adv. Ecol. Res. (12): 189-237, 1982.

NAVEH, Z. e LIEBERMAN, A.S. Landscape ecology, theory and application. New York: Springer Verlag, 1984.

ORSOMANDO E. “Carta della vegetazione del Foglio Foligno (N. 324 - Carta d’Italia I.G.M.I. - 1: 50.000)”. Braun-Blanquetia, 10: 27-43, 1993.

ORSOMANDO E., BALLELLI S., CATORCI A., FORMICA E. “Atlante iconografico di piante rare o significative della Selva di Castelfidardo. Area Floristica delle Marche”. Dipartimento di Botanica ed Ecologia - Università di Camerino. Italia Nostra -Sezione di Castelfidardo. Comune di Castelfidardo. Recanati: Tecnostampa, 1992.

ORSOMANDO E., CATORCI A. “Carta del Paesaggio Vegetale. Consorzio della Bonificazione Umbra. Bacino idrografico dei Fiumi Topino e Marroggia (Scala 1: 100.000)”. Consorzio della Bonificazione Umbra. Dipartimento di Botanica ed Ecologia Università di Camerino. Regione dell’Umbria. Area Assetto del Territorio e P.U.T.. Comprensorio “Topino e Marroggia”. Firenze: SELCA, 1998.

ORSOMANDO E., CATORCI A. “Carta della vegetazione naturale potenziale dell’Umbria (Scala 1:200.000). Note Esplicative”. Regione dell’Umbria - Direzione Regionale Politiche Territoriali Ambiente ed Infrastrutture. Univ. di Camerino, Dipartimento di Botanica ed Ecologia. Firenze: SELCA, 1999.

ORSOMANDO E., CATORCI A. “Carta Geobotanica con principali classi di utilizzazione del suolo. Scala 1: 50.000. Fogli I.G.M.: 278, 279, 289, 290, 291,299, 300, 301, 309, 310, 311, 312, 321, 322, 323, 324, 325, 333, 334, 335, 336, 337, 345, 346, 347 e 356”. Regione dell’Umbria - Area Assetto del Territorio e P.U.T. Dipartimento di Botanica ed Ecologia, Università di Camerino. Firenze: SELCA, 1999.

ORSOMANDO E., CATORCI A., MARTINELLI M. e RAPONI M. “Carta delle unità ambientalipaesaggistiche dell’Umbria. Scala 1: 100.000”. Regione dell’Umbria, Direzione Regionale Politiche Territoriali Ambiente ed Infrastrutture. Univ. di Camerino, Dipartimento di Botanica ed Ecologia. Universidade de São Paulo, Departamento de Geografia. Firenze: SELCA, 2000.

ORSOMANDO E., CATORCI A., PITZALIS M., RAPONI M. “Carta fitoclimatica dell’Umbria. Scala 1: 200.000. Note esplicative”. Regione dell’Umbria. Università di Camerino. Università di Perugia. Firenze : SELCA, 1999.

OZENDA, P. “De la carte de la végétation à une carte de l’environnement”. Doc. Cart. Ecol., XIII: 1-8, 1974.

OZENDA, P. Biogéographie végétale. Paris: Armand Colin, 1964.

OZENDA, P. La cartographie écologique et ses applications. Paris: Masson, 1986.

PALSKY, G. Des chiffres et des cartes: la cartographie quantitative au XIXe siècle. Paris: Comité des Travaux Historiques et Scientifiques, 1996.

PEDROTTI, F. “Le serie di vegetazione nella cartografia ambientale”. Genio rurale. 61(1): 15-17, 1998.

PEDROTTI, F. “Vegetazione e stabilità”. Terra (1):8-14, 1987.

PEDROTTI, F. Carta delle unità ambientali dei Monti Sibillini. Firenze: SELCA, 1999.

PEDROTTI, F. Cartografia geobotanica. Bologna: Pitagora Editrice, 2004.

PEDROTTI, F. e MARTINELLI, M., “A cartografia das unidades de paisagem: questões metodológicas”. Revista do Departamento de Geografia, (14): 39-46, 2001.

PEDROTTI, F. et al. “Le unità ambientali de Parco Nazionale dello Stelvio”. L’uomo e l’ambiente, (28):1-104, 1997.

PIGNATTI, S. Ecologia del paesaggio. Torino: UTET, 1997.

PINTO-CORREIA, T. et al. “Identificação de unidades de paisagem: metodologia aplicada a Portugal Continental”. Finisterra, 36(72): 195-206, 2001.

REGIONE DELL’UMBRIA. GIUNTA REGIONALE. ASSESSORATO ASSETTO DEL TERRITORIO E PUT, Annuario delle statistiche territoriali. Perugia: SITER, 2000.

RIVAS MARTINEZ, S. Biogeografía y vegetación. Madrid: Real Acad. Ciencias Exactas, Físicas y Naturales, 1985.

RODRIGUEZ, J.M.M. e SILVA, E.V. da. “A classificação das paisagens a partir de uma visão geossistêmica”. Mercator. Revista de Geografia da UGC, 1(1): 95-112, 2002.

SANTOS, M. Técnica, espaço, tempo. Globalização e meio técnico-científicoinformacional. São Paulo: Hucitec. 1994.

SOTCHAVA, V.B. “The study of geosystems”. Special issue for the XXIII International Geographic Congress. (51): 3-40, 1976.

TANSLEY, A.G. “The use and abuse of vegetational concepts and terms”. Ecology, (16): 284-307, 1935.

TRICART, J. e KILIAN, J. L’éco-géographie et l’aménagement du milieu naturel. Paris: Maspero, 1979.

TRICART, J. Ecodinâmica. Rio de Janeiro: IBGE/SUPREN, 1977.

TROLL, C. “Landscape ecology”. Paper S. 4, Publ. ITC-Unesco, 1966.

TROLL, C. “Luftbildenplan und ökologische bodenforschung”. In: ZEITSCHRIFT, D. e GESELLSCHAFT, F. Erdkunde, Berlin, 1939.

TROPPMAIR, H. “A cobertura vegetal primitiva do estado de São Paulo”. Biogeografia, (1), 1969.

TUXEN, R. “Die heutige potentielle natürliche Vegetation als Gegenstand der Vegetationskartierung“, Angew. Pflanzensoziologie, (13):1-55, 1956.

VOS, W. e STORTELDER, A. Vanishing Tuscan landscapes: landscape ecology of a submediterranean-montane area. Wageningen: Pudor Scientific Publ., 1992.

ZONNEVELD, I.S. “The land unit: a fundamental concept in landscape ecology and its applications”. Landscape ecology, 3(2): 67-86. 1989.

Downloads

Publicado

2007-08-30

Edição

Seção

Intercâmbio

Como Citar

BIODIVERSIDADE FLORESTAL E PAISAGÍSTICA DO TERRITÓRIO MUNICIPAL DE SELLANO - ÚMBRIA - ITÁLIA. GEOUSP Espaço e Tempo (Online), [S. l.], v. 11, n. 1, p. 185–211, 2007. DOI: 10.11606/issn.2179-0892.geousp.2007.74060. Disponível em: https://revistas.usp.br/geousp/article/view/74060.. Acesso em: 29 mar. 2024.