TRÊS DÉCADAS DE EUCALIPTO NO EXTREMO SUL DA BAHIA

Autores

  • Sebastião Pinheiro Gonçalves Cerqueira Neto Instituto Federal de Bahia

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2012.74252

Palavras-chave:

Extremo Sul da Bahia, Eucalipto, Espaço, Desenvolvimento, Governo.

Resumo

As grandes empresas que têm no eucalipto sua principal matéria-prima encontraram no Extremo Sul da Bahia condições naturais favoráveis para o desenvolvimento de suas atividades. Contudo, as plantações de eucalipto não modificaram apenas a paisagem rural, transformaram e influenciaram a dinâmica urbana. Depois de mais de 30 anos na região, o eucalipto ainda provoca muitas discussões sobre seus efeitos que são sentidos desde o espaço natural, passando pela geração de trabalho e renda até a organização do espaço. Este novo ciclo econômico que o eucalipto representa é o resultado das metamorfoses dos espaços que estão abertos para o desenvolvimento. Desta forma, o eucalipto não deve ser tratado como se fosse algo imposto somente pelas empresas, mas, também, como parte de um projeto apoiado pelo governo brasileiro desde 1974. Compreender essa relação dialética será o objetivo principal deste artigo.

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Biografia do Autor

  • Sebastião Pinheiro Gonçalves Cerqueira Neto, Instituto Federal de Bahia
    Professor de Geografia do Instituto Federal da Bahia.

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Publicado

2012-08-30

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

TRÊS DÉCADAS DE EUCALIPTO NO EXTREMO SUL DA BAHIA. GEOUSP Espaço e Tempo (Online), [S. l.], v. 16, n. 2, p. 55–68, 2012. DOI: 10.11606/issn.2179-0892.geousp.2012.74252. Disponível em: https://revistas.usp.br/geousp/article/view/74252.. Acesso em: 29 mar. 2024.