Os professores podem fazer mapas conceituais? Sim, eles devem!

Autores

  • Paulo Rogério Miranda Correia Universidade de São Paulo. Escola de Artes, Ciências e Humanidades.
  • Raíssa dos Santos Ballego Universidade de São Paulo. Programa de Pós-Graduação Interunidades em Ensino de Ciências.
  • Thalita dos Santos Nascimento Universidade de São Paulo. Escola de Artes, Ciências e Humanidades.

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2525-376X.v4i1p29-39

Palavras-chave:

Mapas Conceituais, Organizador Prévio, Avaliação da Aprendizagem, Atividades de Ensino

Resumo

A busca por novas formas de ensinar e aprender tem colocado os mapas conceituais em evidência, como forma de representar e compartilhar o conhecimento. Entretanto, o tempo requerido para treinar os alunos na técnica de mapeamento conceitual e avaliar os mapas produzidos por eles é grande demais quando se considera a rotina profissional da maioria dos professores. Uma forma de superar esses obstáculos é colocar o professor na condição de mapeador, criando e usando os seus próprios mapas conceituais durante as aulas. Este artigo apresenta quatro diferentes atividades que podem ser elaboradas a partir de um único mapa conceitual feito pelo especialista: a visualização sistêmica dos conteúdos, a elaboração de proposições a partir de um mapa conceitual parcialmente desenvolvido, a verificação do engajamento dos alunos com os materiais de estudo e a identificação de erros no mapa conceitual. As atividades descritas são rápidas e facilmente adaptáveis pelos leitores interessados em fazer uso frequente dos mapas conceituais. A exposição regular dos alunos aos mapas feitos pelo professor pode ser o primeiro passo para que eles se tornem futuros mapeadores.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

AGUIAR, Joana G. & CORREIA, P. R. M. “Como Fazer Bons Mapas Conceituais? Estabelecendo Parâmetros de Referências e Propondo Atividades de Treinamento”. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, vol. 13, n. 2, 2013, pp. 141-157. Disponível em: <https://seer.ufmg.br/index.php/rbpec/article/view/2469>. Acessado em 3 set. 2018.

AUSUBEL, D. P. The Acquisition and Retention of Knowledge: A Cognitive View. Dordrecht: Kluwer Academic Press, 2000.

COOPER-CAPETINI, Vinícius; PEREIRA, A. G.; LINS, B. B.; SILVA-JUNIOR, J. S.; ASSIS, L. V. M.; BELPIEDE, L. T.; COSTA, M. R. J.; NUNES, P. P.; CASTELO-BRANCO, R. C. & NUNES, M. T. “A Utilização de Vídeos no Ensino: uma Experiência Prática com Alunos de Graduação”. Revista de Graduação da USP, vol. 2, n. 2, 2017, pp. 107-113. Disponível em: <https://doi.org/10.11606/issn.2525-376X.v2i2p107-113>. Acessado em 3 set. 2018.

CONCEIÇÃO, Simone C. O.; SAMUEL, A. & BINIECKI, S. M. Y. “Using Concept Mapping as a Tool for Conducting Research: An Analysis of Three Approaches”. Cogent Social Sciences, vol. 3, n. 1, 2017, 1404753. Disponível em: <https://doi.org/10.1080/23311886.2017.1404753>. Acessado em 3 set. 2018.

CORREIA, Paulo R. M. “The Use of Concept Maps for Knowledge Management: from Classrooms to Research Labs”. Analytical and Bioanalytical Chemistry, vol. 402, n. 6, 2012, pp. 1979-1986. Disponível em: <https://doi.org/10.1007/s00216-011-5694-8>. Acessado em 3 set. 2018.

CORREIA, Paulo R. M.; AGUIAR, J. G.; VIANA, A. D. & CABRAL, G. C. P. “Por que Vale a Pena Usar Mapas Conceituais no Ensino Superior?”. Revista de Graduação da USP, vol. 1, n. 1, 2016, pp. 41-51. Disponível em: <https://doi.org/10.11606/issn.2525-376X.v1i1p41-51>. Acessado em 3 set. 2018.

CORREIA, Paulo R. M.; CABRAL, G. C. P. & AGUIAR, J. G. “Cmaps with Error: why not? Comparing two Cmap-Based Assessment Tasks to Evaluate Conceptual Understanding”. In: CAÑAS, A.; REISKA, P. & NOVAK, J. (Eds.). Innovating with Concept Mapping. CMC 2016. Communications in Computer and Information Science, vol. 635, 2016, pp. 1-15. Cham: Springer. Disponível em: <https://doi.org/10.1007/978-3-319-45501-3_1>. Acessado em 3 set. 2018.

CUTRER, William B.; CASTRO, D.; ROY, K. M. & TURNER, T. L. “Use of an Expert Concept Map as an Advance Organizer to Improve Understanding of Respiratory Failure”. Medical Teacher, vol. 33, n. 12, 2011, pp. 1018-1026. Disponível em: <https://doi.org/10.3109/0142159X.2010.531159>. Acessado em 3 set. 2018.

DIAS, Sylmara L. F. G.; SCÓTOLO, D.; AGUIRRA, I.; SILVA, G. T. & LIMA, B. A. A. “Uso dos Mapas Conceituais na Dinâmica da Sala de Aula: Relato de Experiência na Disciplina Sociedade, Meio Ambiente e Cidadania (EACH-USP)”. Revista de Graduação da USP, vol. 2, n. 3, 2017, pp. 187-192. Disponível em: <https://doi.org/10.11606/issn.2525-376X.v2i3p187-192>. Acessado em 3 set. 2018.

GURLITT, Johannes; DUMMEL, S.; SCHUSTER, S. & NÜCKLES, M. “Differently Structured Advance Organizers Lead to Different Initial Schemata and Learning Outcomes”. Instructional Science, vol. 40, n. 2, 2012, pp. 351-369. Disponível em: <https://doi.org/10.1007/s11251-011-9180-7>. Acessado em 3 set. 2018.

KINCHIN, Ian M.; STREATFIELD, M. A. & HAY, D. B. “Using Concept Mapping to Enhance the Research Interview”. International Journal of Qualitative Methods, vol. 9, n. 1, 2010, pp. 52-68. Disponível em: <https://doi.org/10.1177/160940691000900106>. Acessado em 3 set. 2018.

KINCHIN, Ian M.; LYGO-BAKER, S. & HAY, D. B. “Universities as Centres of Non-Learning”. Studies in Higher Education, vol. 33, n. 1, 2008, pp. 89-103. Disponível em: <https://doi.org/10.1080/03075070701794858>. Acessado em 3 set. 2018.

McCLURE, John R.; SONAK, B. & SUEN, H. K. “Concept Map Assessment of Classroom Learning: Reliability, Validity, and Logistical Practicality”. Journal of Research in Science Teaching, vol. 36, n. 4, 1999, pp. 475-492. Disponível em: <https://doi.org/10.1002/(SICI)1098-2736(199904)36:4<475::AID-TEA5>3.0.CO;2-O>. Acessado em 3 set 2018.

MELO, Celso E. S. “Metodologias Ativas de Ensino e Aprendizagem no Curso de Direito: Breves Relatos de Experiência na Faculdade Ages”. Revista de Graduação da USP, vol. 3, n. 2, 2018, pp. 107-112. Disponível em: <https://doi.org/10.11606/issn.2525-376X.v3i2p107-112>. Acessado em 3 set. 2018.

MOREIRA, Marco A. “Organizadores Previos y Aprendizaje Significativo”. Revista Chilena de Educacíon Científica, vol. 7, n. 2, 2008, pp. 23-30. Versão em português disponível em: <https://www.if.ufrgs.br/~moreira/ORGANIZADORESport.pdf>. Acessado em 3 set 2018.

MOREIRA, Marco A. Mapas Conceituais e Aprendizagem Significativa. São Paulo: Centauro, 2010.

NOVAK, Joseph D. Learning, Creating and Using Knowledge: Concept Maps as Facilitative Tools in Schools and Corporations. 2a ed. New York, NY: Routledge, 2010.

NOVAK, Joseph D. & CAÑAS, A. J. “The Universality and Ubiquitousness of Concept Maps”. In: Proceedings of the Fourth International Conference on Concept Mapping. Vinã del Mar: Universidad de Chile, 2010, pp. 1-10. Disponível em: <http://cmc.ihmc.us/cmc2010papers/cmc2010-p1.pdf>. Acessado em 3 set. 2018.

RIBEIRO, Roberto P. & VIANA, A. B. N. “Estruturação do PBL para Aplicação em Disciplinas do Curso de Graduação em Administração”. Revista de Graduação da USP, vol. 3, n. 1, 2018, pp. 39-47. Disponível em: <https://doi.org/10.11606/issn.2525-376X.v3i1p39-47>. Acessado em 3 set. 2018.

SCHWENDIMANN, Beat A. “Concept Maps as Versatile Tools to Integrate Complex Ideas: from Kindergarten to Higher and Professional Education”. Knowledge Management & E-Learning, vol. 7, n. 1, 2015, pp. 73-99.

SILVA JUNIOR, Carlos A. P. & FONTENELE, H. B. & SILVA, A. N. R. “Mapas Conceituais para Avaliação do Ensino-Aprendizagem em uma Disciplina de Engenharia de Transportes”. Revista de Graduação da USP, vol. 2, n. 2, 2017, pp. 23-30. Disponível em: <https://doi.org/10.11606/issn.2525-376X.v2i2p23-30>. Acessado em 3 set. 2018.

WILLERMAN, Marvin & HARG, R. A. M. “The Concept Map as an Advance Organizer”. Journal of Research in Science Teaching, vol. 28, n. 8, 1991, pp. 705-711. Disponível em: <https://doi.org/10.1002/tea.3660280807>. Acessado em 3 set. 2018.

Downloads

Publicado

2020-07-23

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

CORREIA, Paulo Rogério Miranda; BALLEGO, Raíssa dos Santos; NASCIMENTO, Thalita dos Santos. Os professores podem fazer mapas conceituais? Sim, eles devem!. Revista de Graduação USP, São Paulo, Brasil, v. 4, n. 1, p. 29–39, 2020. DOI: 10.11606/issn.2525-376X.v4i1p29-39. Disponível em: https://revistas.usp.br/gradmais/article/view/150305.. Acesso em: 17 abr. 2024.