Coníferas pensilvanianas da tafoflora interglacial de Monte Mor, Grupo Itararé, São Paulo, Brasil: as mais antigas da Bacia do Paraná

Autores

  • Sandra Eiko Mune Universidade de São Paulo – USP, Instituto de Geociências, Laboratory of Paleobotany and Palynology. Secretaria Municipal de Educação, São Paulo
  • Mary Elizabeth Cerruti Bernardes-de-Oliveira Universidade de São Paulo – USP, Instituto de Geociências, Laboratory of Paleobotany and Palynology
  • Pauline Sabina Kavali Universidade de São Paulo – USP, Instituto de Geociências, Laboratory of Paleobotany and Palynology. Birbal Sahni Institute of Palaeosciences, Lucknow
  • Mahesh Shivanna Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS, Instituto de Geociências, Porto Alegre
  • Carla Abranches Universidade de São Paulo – USP, Instituto de Geociências, Laboratory of Paleobotany and Palynology
  • Isabel Christiano-de-Souza Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, Instituto de Geociências – IGE, Campinas

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v16i4p7-22

Palavras-chave:

Coníferas primitivas, Associação Paranocladus-Ginkgophyllum-Brasilodendron, Bacia do Paraná.

Resumo

A macroflora pré-glossopterídea do sítio Volpe, em Monte Mor (Estado de São Paulo), depositou-se, durante um interglacial do Grupo Itararé. Essa ocorrência caracteriza a Associação Paranocladus-Ginkgophyllum-Brasilodendron da porção médio‑basal do Grupo Itararé aflorante no NE da bacia do Paraná. Corresponde à associação macroflorística argentina Fitozona Krauselcladus-Asterotheca (ex-Zona Intervalo) e seu conteúdo palinoflorístico pertence à Palinozona Crucisaccites monoletus (Kasimoviano a Gzheliano). As coníferas dessa associação estão representadas por macro e microfósseis e registram o nível mais inferior de ocorrência do grupo na bacia. São impressões e compressões de ramos folhosos de Paranocladus dusenii Florin e Buriadia heterophylla (Feistmantel) Seward and Sahni emend. Singh e de sementes platispérmicas do gênero Paranospermum. Estudos cuticulares possibilitaram relacionar a presença de Paranocladus dusenii com as sementes platispérmicas Paranospermum cambuiense Ricardi-Branco e detectar uma nova espécie de Paranospermum. Estudos palinológicos anteriores, neste nível, permitiram identificar a presença de grãos de pólen afins às gimnospermas (coniferales, ginkgoales e pteridospermales) compreendendo formas monossacadas e bissacadas dos gêneros: Cannanoropolis, Plicatipollenites, Potonieisporites e Caheniasaccites, indicando já certa diversidade do grupo no Pensilvaniano. A associação das coníferas e Ginkgophyllum representaria uma comunidade arbórea mesoxerofítica. A abundância de seu material fragmentado, na assembleia fitofossilífera, sugere aloctonia com transporte em direção a uma planície deltaica onde associa-se a material parautoctone. A matriz fossilífera arenosa, sobreposta ao carvão, também evidencia um agente transportador de maior energia.

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Publicado

2016-12-16

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Mune, S. E., Bernardes-de-Oliveira, M. E. C., Kavali, P. S., Shivanna, M., Abranches, C., & Christiano-de-Souza, I. (2016). Coníferas pensilvanianas da tafoflora interglacial de Monte Mor, Grupo Itararé, São Paulo, Brasil: as mais antigas da Bacia do Paraná. Geologia USP. Série Científica, 16(4), 7-22. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v16i4p7-22