Rochas intrusivas básicas no sudeste do Cinturão Dom Feliciano, RS: petrografia e geoquímica das associações I e II

Autores

  • Laércio Dal Olmo Barbosa Programa de Pós-Graduação em Geociências, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS
  • Edinei Koester Departamento de Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS
  • Maria do Carmo Pinto Gastal Departamento de Mineralogia e Petrologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v18-125442

Palavras-chave:

Diorito, Gabros Passo da Fabiana, Magmatismo básico, Intrusões acamadadas, Intrusões estratiformes.

Resumo

Intrusões dioríticas, gabroicas e outras rochas máficas-ultramáficas registram tanto os processos de extração e transporte de magmas do manto, resultando na acresção vertical de material à crosta, quanto os processos de interação entre esses dois componentes. Recentemente, essas rochas têm sido apontadas como importantes marcadores petrogenéticos, quando associadas ao magmatismo intermediário a ácido, em ambientes orogênicos a pós-colisionais. Na porção sudeste do Cinturão Dom Feliciano, no Rio Grande do Sul, constituído majoritariamente por granitoides, ocorrem intrusões dioríticas e gabroicas de pequeno porte e caráter dominantemente básico, na região compreendida entre Pinheiro Machado e Pedro Osório. Este artigo apresenta a caracterização geológica, mineralógica, petrográfica e geoquímica dessas rochas, propondo assim a separação de duas associações principais. A Associação I (AI), constituída por rochas gabroicas, comumente cumuladas e por vezes estratificadas, engloba os corpos do Passo da Fabiana, Passo da Olaria, Arroio Santa Fé e Desvio Herval. A Associação II (AII), diorítica a gabroica, compreende rochas maciças a localmente foliadas, nas ocorrências do Alto Alegre, Passo dos Machados e Campo Bonito. As duas associações são subalcalinas, com afinidade cálcio-alcalina médio-K (AI) e médio a alto-K (AII), com altos teores de alumina (Al2O3 > 17%), mesmo para os termos não cumulados. Diferenças quanto aos elementos maiores (CaO, Mg# e álcalis), menores e traços (P2O5, Zr, Nb, Y, total e padrões de ETR) referendam a separação proposta. As assinaturas magnéticas sugerem o controle no posicionamento das intrusões por descontinuidades litosféricas, que teriam possibilitado a ascensão e a colocação desses magmas em níveis superiores da crosta. Processos petrogenéticos envolvendo a participação de líquidos derivados do manto em reservatórios supracrustais e a sua evolução nas deep crustal hot zones são propostos. 

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Publicado

2018-07-24

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Rochas intrusivas básicas no sudeste do Cinturão Dom Feliciano, RS: petrografia e geoquímica das associações I e II. (2018). Geologia USP. Série Científica, 18(2), 149-170. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v18-125442