Proveniência e idade do metamorfismo das rochas da Faixa Brasília, na Região de Tapira (SW de Minas Gerais)

Autores

  • Carlos Humberto da Silva Universidade Federal de Mato Grosso; Instituto de Ciências Exatas e da Terra; Departamento de Geologia Geral
  • Luiz Sergio Amarante Simões Universidade Estadual Paulista; Instituto de Geociências e Ciências Exatas; Departamento de Petrologia e Metalogenia
  • Robert Krymsky Universidade Federal do Pará; Centro de Geociências e Ciências Exatas; Laboratório de Geologia Isotópica
  • Moacyr José Buenano Macambira Universidade Federal do Pará; Centro de Geociências e Ciências Exatas; Laboratório de Geologia Isotópica

DOI:

https://doi.org/10.5327/S1519-874X2006000200005

Palavras-chave:

Grupo Canastra, Grupo Araxá, Sm/Nd

Resumo

A Faixa Brasília na região de Tapira, no SW do estado de Minas Gerais, exibe quatro domínios litotectônicos diferentes, imbricados através de falhas de empurrão, com vergência para o Cráton do São Francisco. Foram conduzidos estudos isotópicos através do método Sm/Nd, que revelam diferentes idades modelo e de metamorfismo para estas escamas. As rochas da escama inferior apresentam idade de metamorfismo de 543 Ma, enquanto a escama que a superpõem, apresentam idade de metamorfismo de 581 Ma. As idades modelo (T DM) são similares para as duas escamas, variando entre 1,7 e 2,2 Ga. Em função das características litológicas essas escamas são interpretadas como derivadas de rochas depositadas em plataforma continental distal, que tiveram como fonte principal rochas de idades paleoproterozóicas do Cráton do São Francisco. As rochas da escama superior apresentam idade de metamorfismo de 612 Ma e uma distribuição bimodal das idades modelo (T DM), 1,3 e 1,9 - 2,0 Ga. Em função das características litológicas e isotópicas as rochas dessas escamas são interpretadas como depositadas em ambiente de talude continental ou assoalho oceânico, tendo os sedimentos fonte mista, de idades paleo- e mesoproterozóicas do Cráton do São Francisco. Embora, com as limitações impostas tanto pelo pequeno número de amostras analisadas, quanto pelas incertezas do método Sm/Nd, interpreta-se que o metamorfismo não foi síncrono nas diferentes escamas. Isto é esperado em um sistema de cavalgamento, no qual as escamas mais metamórficas justapõem-se às escamas menos metamórficas.

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Publicado

2006-07-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Silva, C. H. da, Simões, L. S. A., Krymsky, R., & Macambira, M. J. B. (2006). Proveniência e idade do metamorfismo das rochas da Faixa Brasília, na Região de Tapira (SW de Minas Gerais) . Geologia USP. Série Científica, 6(1), 53-66. https://doi.org/10.5327/S1519-874X2006000200005