Viés Analítico em Estudos Tafonômicos com Macroinvertebrados: Implicações (Paleo)Ambientais e (Paleo)Ecológicas
DOI:
https://doi.org/10.5327/Z1519-874X2009000100007Palavras-chave:
Braquiópodes, Assinaturas tafonômicas, Fracionamento granulométrico, Tamanho do bioclasto, Enseada de Ubatuba, HolocenoResumo
Recente revisão da literatura revelou que nos estudos com macroinvertebrados (fósseis e holocênicos) não há padronização dos métodos empregados na análise tafonômica. Assim, muitos dos resultados disponíveis não são comparáveis entre si, mesmo entre pesquisas que envolvem o mesmo grupo taxonâmico, de mesma idade e ambiente deposicional. O efeito que variáveis, tais como tamanho (= fração granulométrica) dos bioclastos, tem na análise tafonômica não é ainda totalmente conhecido. A fim de entender esse aspecto, as assinaturas tafonômicas (articulação, tipo de valva, fragmentação, abrasão, corrosão, modificação da margem, alteração da cor, bioerosão e incrustação) de conchas de braquiópodes [Bouchardia rosea (Mawe)] da enseada de Ubatuba, costa norte do Estado de São Paulo, foram investigadas, segundo diferentes frações granulométricas. Na área de estudo, o substrato de 14 estações de coleta foi amostrado via pegador Van Veen, ao longo do gradiente batimétrico de 0 a 35 m de profundidade. As amostras foram peneiradas com malhas de 8 mm, 6 mm, e 2 mm, totalizando 5.204 conchas de braquiópodes. Os resultados indicam que as assinaturas tafonômicas, quando investigadas independentemente para as conchas de cada fração (8 mm, 6 mm e 2 mm), são registradas de maneira complexa e aleatória. Em adição, análises de agrupamento para a distribuição das assinaturas mostram que a similaridade entre os grupos varia segundo a fração. Portanto, a escolha da fração granulométrica apresenta importante papel nas análises tafonômicas. Os resultados sugerem que a decisão metodológica de concentrar a análise tafonômica em uma única classe de tamanho não, necessariamente, é a melhor opção. Desse modo, o uso da fração total (todas as frações incluídas) forneceu os resultados mais acurados à análise tafonômica das acumulações bioclásticas estudadasDownloads
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Publicado
2009-01-01
Edição
Seção
Artigos
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Como Citar
Rodrigues, S. C., Simões, M. G., & Pires-Domingues, R. A. (2009). Viés Analítico em Estudos Tafonômicos com Macroinvertebrados: Implicações (Paleo)Ambientais e (Paleo)Ecológicas . Geologia USP. Série Científica, 9(1), 101-114. https://doi.org/10.5327/Z1519-874X2009000100007