Estratigrafia da porção basal do grupo Bambuí na região de Arcos (MG): uma contribuição a partir de testemunhos de sondagem

Autores

  • Matheus Kuchenbecker Universidade Federal de Minas Gerais; Instituto de Geociências
  • Leonardo Lopes-Silva Lhoist do Brasil - Mineração Belocal Ltda.
  • Felipe Pimenta Lhoist do Brasil - Mineração Belocal Ltda.
  • Antônio Carlos Pedrosa-Soares Universidade Federal de Minas Gerais; Instituto de Geociências; Departamento de Geologia
  • Marly Babinski Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências; Centro de Pesquisas Geocronológicas

DOI:

https://doi.org/10.5327/Z1519-874X2011000200003

Palavras-chave:

Estratigrafia, Grupo Bambuí, Carbonato de capa, Diamictito

Resumo

Apresenta-se o resultado da investigação de dois furos de sondagem realizados em uma mina na região de Arcos (MG). Foram realizados estudos de petrografia macroscópica e microscópica, que permitiram o detalhamento de uma seção de aproximadamente 175 m, a qual contempla o embasamento cristalino e 10 unidades sedimentares. O embasamento é representado por granodiorito verde-escuro a cinza, de granulação fina a média, inequigranular. Na base da coluna sedimentar, a Unidade 1 representa uma camada decimétrica de diamictito polimítico, sobre o qual se assentam os calcários impuros da Unidade 2. A Unidade 3 é composta por calcilutito e eventuais camadas de folhelho carbonoso, apresentando gradação para a Unidade 4, composta por marga e argilito. A Unidade 5 corresponde a uma espessa sequência de calcarenito claro, maciço e estilolítico, que passa a apresentar estratos lamelares e estruturas microbianas na Unidade 6. A Unidade 7 é semelhante à anterior, porém com diversas camadas intraclásticos. A Unidade 8 representa um espesso intervalo com frequentes variações granulométricas que gradam para o calcarenito oolítico da Unidade 9. Capeando a sequência, a Unidade 10 é um espesso pacote de dolarenito estromatolítico. O arranjo estratigráfico observado permite a identificação de tendências progradacionais/retrogradacionais coerentes com o contexto regional da bacia. As características sedimentológicas presentes, principalmente na porção basal, sugerem que pelo menos parte do pacote carbonático possa representar um cap carbonate, apontando no sentido de uma origem glacial para o diamictito. Ainda nas unidades inferiores, os dados sugerem modificações na área fonte no início do preenchimento da bacia.

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Publicado

2011-08-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Kuchenbecker, M., Lopes-Silva, L., Pimenta, F., Pedrosa-Soares, A. C., & Babinski, M. (2011). Estratigrafia da porção basal do grupo Bambuí na região de Arcos (MG): uma contribuição a partir de testemunhos de sondagem . Geologia USP. Série Científica, 11(2), 45-54. https://doi.org/10.5327/Z1519-874X2011000200003