Tafonomia de tempestitos conchíferos amalgamados da formação Teresina em Rio Preto (Estado do Paraná, permiano médio, bacia do Paraná) e suas implicações paleoambientais: paleoenvironmental implications

Autores

  • Jacqueline Peixoto Neves Universidade Estadual Paulista J. M. Filho; Instituto de Biociências; Departamento de Zoologia
  • Rosemarie Rohn Davies Universidade Estadual Paulista J. M. Filho; Instituto de Geociências e Ciências Exatas; Departamento de Geologia Aplicada
  • Marcello Guimarães Simões Universidade Estadual Paulista J. M. Filho; Instituto de Biociências; Departamento de Zoologia

DOI:

https://doi.org/10.5327/Z1519-874X2011000300008

Palavras-chave:

Bacia do Paraná, Permiano, Grupo Passa Dois, Carbonato, Moluscos Bivalves, Tempestito

Resumo

Depósitos da Formação Teresina são tipicamente caracterizados por rochas siliciclásticas finas, com frequentes intercalações submétricas de tempestitos carbonáticos ou siliciclásticos (arenitos bioclásticos e coquinas). Estudos tafonômicos em rochas carbonáticas ainda são muito escassos, apesar de sua peculiar relevância em estudos paleoambientais. A concentração de conchas aqui estudada localiza-se em uma pedreira do município de Irati, distrito de Rio Preto/PR, possivelmente correspondente ao intervalo médio a superior da Formação Teresina, porém ainda distante do topo. A camada estudada, classificada como grainstone/packsone bioclástico-intraclástico-peloidal, é constituída por abundantes fragmentos de bivalves, intraclastos pelíticos e micríticos, peloides, raros ooides e oncoides, além de micrófilos permineralizados de licófitas e escamas de peixe. Trata-se um exemplo de acumulação carbonática cujos grãos evidenciam: elevado grau de mistura temporal; empacotamento variável entre denso e disperso; baixa seleção e estão, predominantemente, caóticos. A concentração apresenta uma mescla de elementos gerados em condições ambientais distintas: a) ambientes carbonáticos restritos de baixa energia (peloides, ooides com córtex espesso e oncoides); b) ambientes emersos próximos ao corpo d'água (micrófilos de licófitas) e c) ambientes calmos, porém pontuados por eventos de tempestades, onde viviam bivalves escavadores, suspensívoros. Na camada, podem ser discriminados pelo menos quatro episódios deposicionais controlados por fluxos combinados de tempestades, gerada em condições de baixa subsidência da bacia e mergulhos extremamente baixos do assoalho oceânico.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Downloads

Publicado

2011-12-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Neves, J. P., Davies, R. R., & Simões, M. G. (2011). Tafonomia de tempestitos conchíferos amalgamados da formação Teresina em Rio Preto (Estado do Paraná, permiano médio, bacia do Paraná) e suas implicações paleoambientais: paleoenvironmental implications . Geologia USP. Série Científica, 11(3), 131-147. https://doi.org/10.5327/Z1519-874X2011000300008