Registros magmáticos extensionais e colisionais no Terreno Apiaí, sul-sudeste do Brasil: integração de dados U-PB - Zircão

Autores

  • Oswaldo Siga Junior Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências; Departamento de Mineralogia e Geotectônica
  • Miguel Angelo Stipp Basei Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências; Departamento de Mineralogia e Geotectônica
  • Allen Nutman University of Wollongong; School of Earth and Environmental Sciences
  • Kei Sato Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências; Departamento de Mineralogia e Geotectônica
  • Ian McReath Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências; Departamento de Mineralogia e Geotectônica
  • Cláudia Regina Passarelli Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências; Departamento de Mineralogia e Geotectônica
  • Dunyi Liu Chinese Academy of Geological Sciences; Institute of Geology; Beijing SHRIMP Center

DOI:

https://doi.org/10.5327/Z1519-874X2011000300009

Palavras-chave:

Terreno Apiaí, Registros do Paleo (1790 - 1750 Ma) e Mesoproterozoico (1600 - 1450 Ma), Registros do Neoproterozoico inferior e superior (1030 - 900 e 645 - 630 Ma), Evolução crustal policíclica, Integração de dados geocronológicos

Resumo

O principal objetivo deste trabalho é apresentar uma síntese dos dados geocronológicos disponíveis para as sequências metavulcano-sedimentares e núcleos de embasamento que ocorrem na porção sul do Terreno Apiaí, sul-sudeste do Brasil. Os dados obtidos, principalmente na última década, têm modificado substancialmente o cenário tectônico do sul-sudeste brasileiro, identificando a presença de bacias extensionais (rifts continentais) com magmatismo e sedimentação associada do final do Paleoproterozoico (1790 - 1750 Ma) e do Mesoproterozoico (1600 - 1450 Ma). O desenvolvimento desses processos parecem ter se iniciado no final do Paleoproterozoico (Núcleos Betara, Perau e Apiaí Mirim), evoluindo para bacias mais amplas durante o Mesoproterozoico com a deposição das sequências metavulcanossedimentares Betara, Perau, Votuverava e Água Clara. Padrão distinto é observado para a Sequência Itaiacoca, que ocupa a porção setentrional do Terreno Apiaí. O estudo geológico-geocronológico caracterizou a existência de dois conjuntos litológicos temporalmente distintos, o primeiro representado por uma associação plataformal metacarbonática, que inclui rochas metabásicas de natureza toleítica/subalcalina, com idades mínimas de deposição relacionadas ao final do Mesoproterozoico/início do Neoproterozoico (Sequência Itaiacoca: 1.030-900 Ma). O segundo conjunto é representado principalmente por rochas metapsamíticas com metavulcânicas associadas, incluindo traquitos ultrapotássicos, depositados na transição Criogeniano/Ediacarano (Sequência Abapã: 645-628 Ma). O presente cenário sugere histórias tectono-sedimentares distintas para o Terreno Apiaí, refletindo uma evolução policíclica. Durante o Mesoproterozoico predominaram condições relativamente estáveis com a deposição de grande parte das sequências metavulcanossedimentares (Lajeado, Água Clara, Betara, Perau, Votuverava), num contexto de margem passiva, sucedidos pela deposição da Sequência Itaiacoca, associada a regimes extensionais do Toniano. No Ediacarano prevaleceram condições instáveis, de margem ativa, caracterizadas por restrita sedimentação (Sequências Abapã, Antinha e Iporanga) e colocação dos batólitos graníticos Três Córregos, Cunhaporanga e Agudos Grandes, representantes de arcos magmáticos.

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Publicado

2011-12-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Registros magmáticos extensionais e colisionais no Terreno Apiaí, sul-sudeste do Brasil: integração de dados U-PB - Zircão . (2011). Geologia USP. Série Científica, 11(3), 149-175. https://doi.org/10.5327/Z1519-874X2011000300009