Ansiedade no climatério: prevalência e fatores associados

Autores

  • Wendry Maria Paixão Pereira Universidade de São Paulo; Faculdade Saúde Pública; Departamento de Saúde Materno-Infantil
  • Ana Carolina Basso Schmitt Universidade de São Paulo; Faculdade Saúde Pública; Departamento de Saúde Materno-Infantil
  • Cássia Maria Buchalla Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública; Departamento de Epidemiologia
  • Alberto Olavo Advincula Reis Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública; Departamento de Epidemiologia
  • José Mendes Aldrighi Universidade de São Paulo; Faculdade Saúde Pública; Departamento de Saúde Materno-Infantil

DOI:

https://doi.org/10.7322/jhgd.19905

Palavras-chave:

ansiedade, climatério, menopausa, pós-menopausa

Resumo

Este estudo estimou a prevalência de ansiedade e caracterizou os possíveis fatores associados em 749 mulheres no climatério, cadastradas no Programa de Saúde da Família e integrantes do Projeto de Saúde de Pindamonhangaba (PROSAPIN). Trata-se de um estudo observacional transversal; o método consistiu na aplicação de um questionário auto-referido, contendo variáveis sócio-demográficas, de ansiedade e antropometria. A análise estatística foi feita pela distribuição de freqüências e Odds Ratio (intervalo de confiança de 95%), considerando o nível de significância em p< 0,05. Os resultados mostraram que a prevalência de ansiedade foi de 49,8% (IC 95%: 46,2 a 53,4) e, entre os principais fatores associados à ansiedade destacaram-se a escolaridade (OR:1,20 p=0,005), atividade remunerada (OR:0,68 p=0,001) e o período da transição menopausal (OR:1,21 p=0,003). Em conclusão, a ansiedade foi muito prevalente, atingindo quase metade da população estudada e os principais fatores associados à ansiedade foram os hábitos de vida e as condições socioeconômicas.

Referências

Notelovitz M. Climacteric medicine and science: a societal need. in: notelovitz m, ed. The climacteric in perspective. lancaster, 1988:19-21.

Soules MR, Sherman S, Parrott E, Rebar R, Santoro N, Utian W, Woods N. Executive summary: Stages of Reproductive Aging Workshop (STRAW)Climacteric. 2001;4(4):267-72.

Gracia CR, Sammel MD, Freeman EW, Lin H, Langan E, Kapoor S, Nelson DB. Defining menopause status: creation of a new definition to identify the changes of the menopause transition. Menopause. 2005; 2(2):128-135.

Aldrighi JM, Aldrighi CMS, Aldrigh APS. Alterações sistêmicas no climatério. Rev Bras Méd. 2002;15:21.

NAMS Menopause practice: a clinician’sguide. USA: NAMS, 2004.

Aldrighi JM, Alecrin IN, Oliveira PR, Shinomata HO. Tabagismo e antecipação da idade da menopausa. Rev. Assoc. Med. Bras. 2005; 51(1): 51-53.

Silva Filho CR, Baracat EC, Conterno LO, Haidar MA, Ferraz MB. Sintomas climatéricos e qualidade de vida: validação do questionário da saúde da mulher. Rev Saúde Pública. 2005;39:333-9.

Freeman EW, Sammel MD, Lin H, Gracia CR, Kapoor S, Ferdousi T. The role of anxiety and hormonal changes in menopausal hot flashes. Menopause.2005;12: 258-66.

Callegari C, Buttarelli M, Cromi A, Diurni M, Salvaggio F, Bolis P. Female psychopathologic profile during menopausal transition: a preliminary study. Maturitas. 2007;56:447-51.

Tangen T, Mykletun A. Depression and anxiety through the climacteric period: an epidemiological study (HUNT-II)..J Psychosom Obstet Gynaecol. 2008;29(2):125-31.

Cunha JA. Manual da versão em português das Escalas de Beck. Casa do Psicólogo; São Paulo, 2001:171.

Matsudo SM, Araújo, TL, Matsudo VKR, Andrade DR, Andrade EL, Oliveira LC. Questionário internacional de atividade física (ipaq): estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil. Rev Bras Ativ Saúde. 2001;10:5-18.

Souza CL. Grupos informativos sobre menopausa – informação, suporte cognitivo-comportamental e prevenção. Tese de doutorado não-publicada, Curso de Pós-graduação em Psicologia, Universidadede São Paulo, 2004.

Barlow DH. Anxiety and its disorders: the nature and treatment of anxiety and panic. 2nd ed. New York: the Guilford Press, 2002.

Almeida AB; Almeida SB. Aspectos neuropsicológicos do climatério. Rev Méd Santa Casa. 1996;7(14):1449.

Rodríguez JAP. Endocrinología clínica: publicaciones técnicas mediterráneo. Santiago de Chile. 2000.

Yonkers KA, Bradshaw K, Halbreich U. Estrogens, progestins and mood. in: Steiner M, Yonkers ka, ericson e (eds). Mood disorders in women. London, uk: martin dunitz; 2000: 207-232.

Melby MK, Lock M, Kaufert P. Culture and symptom reporting at menopause, Hum Reprod Update.2005; 11: 495-512.

Veras AB, Rassi A, Valença AM, Nardi AE. Prevalência de transtornos depressivos e ansiosos em uma amostra ambulatorial brasileira de mulheres na menopausa. Rev Psiquiatr. 2006;28:130-4.

Thomas JL, Brantley PJ. Factor structure of the center for epidemiologic studies depression scale in low-income women attending primary care clinics. Eur J Psychol Assess.2004; 0(2):106-15.

Mendito A, Cassese E, Balbi C. Climaterio e qualitá della vita. Minerva Ginecol. 1999;51:83-9.

La Rosa J. Anxiety, sex, socioeconomic status, and birth order. Psicol. Reflex. Crit. 1998;11(1):59-70.

Maevsky EI, Peskov AB, Uchitel ML, Pogorelov AG, Saharova NY, Vihlyantseva EF, et al. A succinate-based composition reverses menopausal symptoms without sex hormone replacement therapy. Adv Gerontol. 2008;21(2):298-305.

Thomas JL, Brantley PJ. Factor structure of the center for epidemiologic studies depression scale in low-income women attending primary care clinics. Eur J Psychol Assess. 2004;20(2):106-15.

Hay AG, Bancroft J, Johnstone EC. Affective symptoms in women attending menopause clinic. Br j Psychiatry.1994;164:513-6.

Gambacciani M, Ciaponi M, Cappagli B, Monteleone P, Benussi C, Bevilacqua G, et al. Effects of low-dose, continuous combined estradiol and noretisterone. Maturitas, 2003;44 (2):157-163.

Bossemeyer RP. Atividade física no climatério. In: Fernandes CE. Menopausa e tratamento. São Paulo:2003: 201-9.

Lopes FL, Nascimento I; Zin WA.Smoking and psychiatric disorders: a comorbidity survey. Braz J Med Biol Res. 2002;35(8):961-967.

Downloads

Publicado

2009-04-01

Edição

Seção

Pesquisa Original