A brinquedoteca hospitalar como fator de promoção no desenvolvimento infantil: relato de experiência

Autores

  • Lecila Duarte Barbosa Oliveira Universidade Federal de Santa Catarina; Departamento de Psicologia
  • Letícia Macedo Gabarra Universidade Federal de Santa Catarina; Programa de Pós Graduação em Psicologia
  • Claudete Marcon Universidade Federal de Santa Catarina; Hospital Universitário; Divisão de Pediatria
  • Julia Laitano Coelho Silva Universidade Federal de Santa Catarina; Curso de Psicologia
  • Juliana Macchiaverni Universidade Federal de Santa Catarina; Curso de Psicologia

DOI:

https://doi.org/10.7322/jhgd.19920

Palavras-chave:

hospitalização infantil, brinquedoteca hospitalar, desenvolvimento infantil

Resumo

A internação hospitalar, freqüentemente, é vista pela criança como uma experiência desagradável a qual é acompanhada de dor, ansiedade, medo, além de sensações de abandono e culpa. A brincadeira é a maneira mais autêntica pela qual a criança expressa e elabora suas vivências. O presente artigo tem, então, como objetivo apresentar as atividades desenvolvidas no Projeto: Brinquedoteca Hospitalar: Projeto de Recreação em Enfermaria Pediátrica, realizado no Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina, junto às crianças internadas e acompanhantes. Ele constitui-se num projeto de extensão e pretende ressaltar o papel da brincadeira como promotora de bem estar físico, emocional e amenizadora dos desequilíbrios advindos da doença e do processo de hospitalização, assim como possibilitar a continuidade do desenvolvimento da criança. As atividades realizadas diariamente abrangeram uma gama de situações lúdicas tais como jogos, desenhos, fantoches, entre outros. Observou-se que a intervenção das brinquedistas ajudou a criança a atender as solicitações feitas pelos médicos, entender o processo da doença e, ainda, possibilitou uma melhor interação com a equipe médica. Concluiu-se assim, que a brincadeira, de fato, ameniza os traumas da internação, portanto, não deve ser considerada como uma atividade de tempo livre, mas sim como parte do tratamento, otimizando a intervenção e diminuindo o tempo de internação.

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Publicado

2009-08-01

Edição

Seção

Pesquisa Original