Avaliação das habilidades sociais de mães de crianças em tratamento de doenças onco-hematológicas

Autores

  • Luziane de Fátima Kirchner Positivo University
  • Suzane Schmidlin Löhr Federal University of Paraná
  • Ana Tereza Bittencourt Guimarães Federal University of Paraná

DOI:

https://doi.org/10.7322/jhgd.44941

Palavras-chave:

habilidades sociais, relação mãe-criança, doenças onco-hematológicas

Resumo

A avaliação das habilidades sociais de mães de crianças em tratamento de doenças crônicas pode favorecer o planejamento de intervenções capazes de contribuir para a melhora da qualidade das relações estabelecidas entre a mãe e as pessoas que estão presentes durante o tratamento (a própria criança, profissionais da saúde, outras mães), propiciando assim uma maior adesão da criança ao tratamento. Este estudo tem como objetivo realizar uma análise descritiva das respostas relativas às habilidades sociais de mães de crianças entre cinco a onze anos, portadoras de doenças onco-hematológicas e que apresentam bom nível de adesão ao tratamento médico. A adesão ao tratamento foi medida inicialmente com 25 díades (mãe-crianca) pelo instrumento JAT-DH e as respostas maternas relacionadas às habilidades sociais foram levantadas pelo questionário "Se...você...", com as 20 díades que indicaram bom nível de adesão da criança ao tratamento. O questionário "Se...você..." enfocou predominantemente as classes de empatia e assertividade, em nove situações conflitivas do tratamento distribuídas em interação com a criança, a equipe médica e outros. Os dados indicaram a predominância de respostas assertivas+empáticas na interação com a criança, respostas não assertivas seguidas de respostas assertivas na interação com a equipe médica e não assertivas, assertivas e assertivas+empáticas na interação com outros. A discrepância entre as respostas confirmam que a avaliação das habilidades sociais deve ser realizada situacionalmente.

Referências

Rapaport S. Hematologia: introdução. 2nd ed. São Paulo: Roca; 1990.

Perrin JM, Shonkoff JP. Developmental disabilities and chronic illness: An overview. In: RE. Behrman RM, Kliegman HB. Jenson editors. Nelson textbook of pediatrics. Philadelphia: W.B. Saunders; 2000. p. 452-64.

Thompsom RJ, Gustafson KE. Adaptation to chronic childhood illness. Washington: American Psychological Association; 1996.

Ångström-Brännström C, Norberg A, Strand-berg G, Söderberg A, Dahlqvist V. Parents’ Experiences of What Comforts Them When Their Child is Suffering From Cancer. Journal of Pediatric Oncology Nursing. 2010: 27(5).p.266-75.

Fletcher PC, Schneider MA, Harry RI. How Do I Cope? Factors Affecting Mothers’ Abilities to Cope With Pediatric Cancer. Journal of Pediatric Oncology Nursing. 2010: 27. p.284-98.

Kovacs M, Iyengar S, Goldston D. Obrosky DS, Stewart J & Marsh J. Psychological function in gamong mothers of children with Insulin- De-pendent Diabetes Mellitus: A longitudinal study. Journal of Consulting and Clinical Psychology. 1990 58. p.189-95.

Van Dongen-Melman J. EWM, Sanders-Woudstra JAR. Psychosocial aspects of childhood cancer: a review of the literature. Journal of Child Psychology Psychiatry. 1986: 27: 145-80.

Power TG, Dahlquist LM, Thompson SM, Warren R. Interactions Between Children With Juvenile Rheumatoid Arthritis and Their Mothers. Journal of Pediatric Psychology.2003: 28(3). p. 213-21.

Ieverr-Landis CE, Brown RT, Drotar D, BunkeV, Lambert RG, Walker AA. Situational Analysis of Parenting Problems for Caregivers of Children with Sickle Cell Syndromes. Developmental and Behavioral Pediatrics. 2001: 22(3).p.169-78.

Tong A, Lowe A, Sainsbury P, Craig JC. Experiences of parents who have children with chronic kidney disease: a systematic review of qualitative studies. Pediatrics. 2008: 21(2).p. 349-60.

Sahler OJ, Fairclough DL, Phipps S, Mulhern RK, Dolgin MJ, Noll, RB. Using problem-solving skill straining to reduce negative affectivity in mothers of children with newly diagnosed cancer: report of a multisite randomized trial. Journal of Consulting and Clinical Psychology. 2005:73(2). p. 272-83.

Bobrow ES, AvRuskin TW, Siller J. Mother-daughter interaction and adherence to diabetes regimen. Diabetes Care. 1985: 8. p.146–51.

Hauser ST, Jacobson AL, Lavori P, Wolfsd orf JI, Herskovitz RD, Milley JE. Adherence among children and adolescents with insulin dependent diabetes mellitus over a four-year longitudinal follow-up. Journal of Pediatric Psychology.1990: 15 p. 527–42.

Wysocki T, Gavin l. Paternal Involvement in the Management of Pediatric Chronic Diseases: Associations with Adherence, Quality of Life, and Health Status. Journal of Pediatric Psychology. 2006:31(5). p. 501–11.

Castro EK, Piccinini CA. Implicações da doença orgânica crônica na infância para as relações familiares: algumas questões teóricas. [periódico online]. 2002. Psicologia Reflexão e Critica. 15(3), p. 625-35. [acesso em 28 mar 2011] Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-79722002000300016&lng=en&nrm=iso.

Maccoby EE, Martin JA. Socialization in the context of the family: Parent-child interaction. In PH. Mussen editor. Handbook of child psychology. 4th ed. New York: John Wiley;1983. p.1-101.

Del Prette ZAP, Del Prette A. Psicologia das relações interpessoais: vivências para o trabalho em grupo. 7th ed. Petrópolis: Vozes; 2008.

Bolsoni-Silva AT, Del Prette A, Oishi J. Habilidades sociais de pais e problemas de comportamento de filhos. Argumento. 2003: 5(9).p. 37-42.

Swallow V, Lambert H, Santacroce S, Macfadyen A. Fathers and mothers developing skills in managing children’s long-term medical conditions: how do their qualitative accounts com-pare? [online periodical]. 2011. Child: Care, Health and Development. 37.p.136-42. [accessed2 April 2011] Available at: http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1365-2214.2011.01219.x/abstract

Johns AL, Oland AA, Katz ER, Sahler OJZ, Askins MA, Butler RW et al. Qualitative analysis of the role of culture in coping themes of Latina and European American mothers of children with cancer. Journal of Pediatric Oncology Nursing.2009:26. p.167-75.

Cia F, Pereira CS, Del Prette ZAP, Del Prette A. Habilidades sociais das mães e envolvimento com os filhos: um estudo correlacional. [periódico online]. 2007. Estudos em Psicologia. 24(1) p. 3-11. [acesso em 04 jul 2008] Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103166X2007000100001&script=sci_pdf&tlng.

Ribeiro PG, Lohr SS. Diabetes Tipo 1: práticas educativas maternas e adesão infantil ao tratamento. In: Guilhardi HJ, Aguirre NC. editors. Sobre Comportamento e Cognição: Expondo a variabilidade. v. 16. Santo André: Esetec Editores Associados; 2005. p. 152-163.

Hair JF, Anderson RE, Tatham RL and Black WC. Multivariate data analysis. 5th ed. New Jersey: Prentice Hall; 1998.

Hodgson S, Foulkes W, Eng C, Maher E. A practical guide to human cancer genetics. 3 th. New York: Cambridge University Press; 2007.

Bolsoni-Silva AT, Del Prette A. O que os pais falam sobre suas habilidades sociais e de seus filhos? Argumento. 2002: 3 (7) p. 71-86.

Cia F, Pamplim RCO, Del Prette ZAP. Comunicação e participação pais-filhos: correlação com habilidades sociais e problemas de comportamento dos filhos. Paidéia. 2006:16(35). p.395-408.

Falcone EMO. Habilidades sociais e ajustamento: o desenvolvimento da empatia. In: Kerbauy, editor. Sobre comportamento e cognição: conceitos, pesquisa e aplicação, a ênfase no ensinar, na emoção e no questionamento clínico.v.5. Santo André: Esetec Editores Associados; 2001. p.273-78.

Mezzaroba SMB, Silva VLM. Ah! E...quando você não fala o que quer...ouve o que não gosta. In: Conte FC, Brandao MZS, editors. Falo ou não falo? Expressando sentimentos e comunicando idéias. Arapongas: Mecenas; 2003. p.15-22.

Huot-Marchand M. Parents child professional relationships in the hospital. Soins Pediatr Pueric. 2009: 249. p.16-20.

Brody AC, Simmons LA. Family resiliency du-ring childhood cancer: The father’s perspective. Journal of Pediatric Oncology Nursing. 2007:24. p.152-65.

Downloads

Publicado

2012-08-01

Edição

Seção

Pesquisa Original